Em 1982, no embalo da Abertura, a censura foi perdendo força.
Como os nossos valientes de después podiam ser loucos, mas não eram bobos, no cinema exploraram primeiro a área sexual. Mas tentando dar a ela uma aparência de séria, daí um filme do Walter Hugo Khouri, que se baseava no que ocorreria em um cabaré de luxo de Belo Horizonte, onde estava o governador mineiro da época, que era um dos candidatos a presidência da república naquele ano de 1937. Nesta noite Getúlio dá o golpe do Estado Novo.
Mas o que ocorria naquela casa de tolerância? Havia sido importada uma virgem, a Xuxa, que seria servida pela dona do estabelecimento, Vera Fischer, ao governador, Tarcisio Meira. Ou seja, um filme daqueles que se apresentava como tendo um grande elenco, uma história que não tinha coragem de ser pornográfica, que não chegava nem a ser erótica e que fantasiava ser um drama histórico, em que a realidade e a ficção faziam uma orgia.
Pois bem, a Xuxa se tornou a rainha dos baixinhos, uma das figuras emblemáticas da Globo, um exemplo de postura moral.
O problema todo é que o tal filme, que não foi nenhum sucesso, seu único mérito foi mostrar a Xuxa pelada, e que já estava nas prateleiras do arquivo morto, tinha uma cena de pedofilia que a moça participava junto a um menino de 12 anos. É interessante a gente se dar conta que os moralistas de plantão da época, fora uns balbucios agônicos, quase protocolares, não se manifestaram mais enfaticamente.
Pois agora, frente à possibilidade de ser relançado o filme, em virtude do lançamento da autobiografia do menino, a Xuxa entra na justiça para retirar o filme de circulação.
Nada mais justo. Alguém faz algo que se expõe no passado, na juventude, depois se arrepende e tenta concertar. O problema é que vivemos em tempos de Internet. Bastou falar em proibição e lá está o fato em milhares de sites, da noite para o dia. O tal relançamento, que ficaria restrito a meia dúzia de gatos pingados, saudosistas, ou curiosos, passou a ter uma divulgação enorme.
Procurando por imagens de “filme pornográfico”, ou “filmes pornográficos” no Google, para escrever o artigo “O CINEASTA”, encontrei várias imagens do filme da Xuxa.
Agora vos pergunto? Não acham que ela deu um tiro no pé?
Continuo a favor da tese que é melhor deixar os mortos descansarem. Principalmente por conta do próprio morto.
Como os nossos valientes de después podiam ser loucos, mas não eram bobos, no cinema exploraram primeiro a área sexual. Mas tentando dar a ela uma aparência de séria, daí um filme do Walter Hugo Khouri, que se baseava no que ocorreria em um cabaré de luxo de Belo Horizonte, onde estava o governador mineiro da época, que era um dos candidatos a presidência da república naquele ano de 1937. Nesta noite Getúlio dá o golpe do Estado Novo.
Mas o que ocorria naquela casa de tolerância? Havia sido importada uma virgem, a Xuxa, que seria servida pela dona do estabelecimento, Vera Fischer, ao governador, Tarcisio Meira. Ou seja, um filme daqueles que se apresentava como tendo um grande elenco, uma história que não tinha coragem de ser pornográfica, que não chegava nem a ser erótica e que fantasiava ser um drama histórico, em que a realidade e a ficção faziam uma orgia.
Pois bem, a Xuxa se tornou a rainha dos baixinhos, uma das figuras emblemáticas da Globo, um exemplo de postura moral.
O problema todo é que o tal filme, que não foi nenhum sucesso, seu único mérito foi mostrar a Xuxa pelada, e que já estava nas prateleiras do arquivo morto, tinha uma cena de pedofilia que a moça participava junto a um menino de 12 anos. É interessante a gente se dar conta que os moralistas de plantão da época, fora uns balbucios agônicos, quase protocolares, não se manifestaram mais enfaticamente.
Pois agora, frente à possibilidade de ser relançado o filme, em virtude do lançamento da autobiografia do menino, a Xuxa entra na justiça para retirar o filme de circulação.
Nada mais justo. Alguém faz algo que se expõe no passado, na juventude, depois se arrepende e tenta concertar. O problema é que vivemos em tempos de Internet. Bastou falar em proibição e lá está o fato em milhares de sites, da noite para o dia. O tal relançamento, que ficaria restrito a meia dúzia de gatos pingados, saudosistas, ou curiosos, passou a ter uma divulgação enorme.
Procurando por imagens de “filme pornográfico”, ou “filmes pornográficos” no Google, para escrever o artigo “O CINEASTA”, encontrei várias imagens do filme da Xuxa.
Agora vos pergunto? Não acham que ela deu um tiro no pé?
Continuo a favor da tese que é melhor deixar os mortos descansarem. Principalmente por conta do próprio morto.
Não teria sido mais justo, valorizante, para a Xuxa deixar tudo como estava e poder dizer de cabeça erguida:
-Eu já fui assim, agora não sou mais!
Mostrando que é uma pessoa que não tem, ou teve, medo de evoluir.
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