terça-feira, 31 de julho de 2007

PARABÉNS

Hoje é o DIA INTERNACIONAL DO ORGASMO.
Portanto, aproveitem!
Soltem a franga!
Liberou total!
Esta data foi criada a 8 anos em Londres, pelas sex-shops, como uma maneira de incrementar as vendas e para chamar a atenção para as dificuldades femininas em conseguir o orgasmo. (Blog é Cultura)
Bons orgasmos hoje e daqui para a frente!

Obrigadão

GENTE, OBRIGADO PELA PRESENÇA DE VOCÊS, JÁ ULTRAPASSAMOS AS 2000 ENTRADAS.
Beijos e abraços de agradecimento.
Carrion

segunda-feira, 30 de julho de 2007

EU e EU


De repente me peguei olhando para mim mesmo. Trinta e seis anos nos separam. Mas não são só anos. É todo um modo de ver a vida.
Naquele dia, pouco antes, Pedro Carneiro Pereira morria, carbonizado dentro de seu Opalão, ali em Tarumã. Era o dia 21 de outubro de 1973. E eu, naqueles momentos de melancolia e reflexão que a morte traz, começava a pensar que a minha vida iria mudar e eu não sabia como.
Estava no último ano de Medicina. Já fora aprovado para a Residência em Anestesiologia. Partia para a disputa de um lugar na Residência em Psiquiatria, onde seria aprovado.
Mas olhava o futuro. Para o desconhecido.
Sabia que não teria problemas com a sobrevivência. Meus dois anos no Pronto Socorro Municipal e na UTI/Recuperação do Clínicas me garantiam conseguir trabalhar a um nível de subsistência com facilidade. Portanto o que eu tinha que escolher era que caminho seguir, e o que eu queria conseguir. E não tinha nenhum projeto definido.
Portanto olhava para frente com melancolia.
Nunca imaginei que iria me encontrar onde hoje estou.
Como será que eu me sentiria ao saber que eu seria assim trinta e seis anos depois? Surpreso? Decepcionado? “Olha só mamãe aonde eu cheguei?”
É bem verdade que eu era muito crítico, portanto é bem possível que fizesse algumas críticas e houvesse algum sentimento de decepção.
Por outro lado, vejo um cara que sabe que está às portas de uma mudança. Só que não sabe qual ela será.
Que os tempos do Fuscão 1500, comando P2, rodas aro 14, tala 7, pneus Cinturatto da Pirelli, carburador Webber 40 corpo duplo, estavam agonizantes.
Que o Filipito (da Mafalda) que estava embaixo do meu braço (ver a foto) não teria muito lugar na nova vida.
Que talvez as fitas, tipo cassetão, do Jetro Thrull, e o dos Animals, que estavam na bolsinha da porta ainda teriam lugar; substituídos apenas por substratos mais atualizados.
Mas ele sabe que vai haver a mudança. O que era impossível para ele saber é que iria, trinta e seis anos depois, se transformar neste que vos escreve.


Agradeço a Ana Lia Duarte, ao Décio Guimarães ou ao Caio Duarte por haverem tirado a fotografia.

E agradeço mais ainda para o meu primo Glauco Tholozan por me haver mandado esta fotografia, que fora queimada, por uma iconoclasta com quem me relacionei.

JURO QUE NÃO É (SÓ) IMPLICÂNCIA

Vocês já repararam que, praticamente, só se observam pessoas de paises, ditos socialistas, que fogem de seu pais, indo para outros paises, não socialistas?
Porque seus países não os liberam? Porque o país tem de criar uma cortina de grades, para eles não irem embora?
Sei que tem muita gente que sai de seu país porque este não lhes dá condições de viver, tipo Brasil, dignamente. Mas este país não impede que a pessoa se vá. Se ela vai, ou não, ser recebida em outro, isto é problema dela.
Porque será que nos países socialistas as grades são criadas por seus próprios governos? Para impedir que os masoquistas fujam?

sábado, 28 de julho de 2007

O ACIDENTE DA TAM

Este comentário é para uma leitora muito especial que eu tenho, a Marcia Benetti Machado que, além de ser uma pessoa maravilhosa, é uma JORNALISTA de primeiríssima linha.
No meu comentário anterior a respeito do acidente, o que eu quis dizer é que existem responsáveis, e imagino-os muitos. O que me chamava a atenção é que, a não ser de uma maneira genérica, a turma do alto escalão, do governo e da TAM não tinha ainda sido responsabilizada de uma maneira mais clara e objetiva.
Hoje a VEJA explicita a responsabilidade do piloto num provável mau manejo nos manetes das turbinas, uma vez que um dos reversores não funcionava.
Até agora não se explicitou quem são os responsáveis pelo tráfego além da capacidade do Congonhas?
Quem dispensou as ranhuras da pista?
Quem permitiu a construção do arranha céu que prejudica a aproximação na aterrissagem?
Quem não tomou as medidas necessárias para que se tivesse um número adequado de controladores de voo?
Houve uma pressão explícita do Presidente da República quando disse que ele queria uma data para o fim do caos aéreo.
Esta pressão teria concorrido de alguma maneira para o acidente?
Que pressões um piloto recebe para chegar no horário? Para não deixar de aterrissar em Congonhas? Imagino que se um avião vai para Guarulhos, ou Viracopos, por uma alegada incapacidade de aterrissar em Congonhas por um risco de problemas, será criado um enorme transtorno em termos de conexões e prejuízos no atendimento de compromissos, com, além de reclamações, até o risco de processos?
Não quero culpados. Estes são sempre fáceis de serem achados. O que eu desejo é que se mexa nesta estrutura que é a fabricadora de acidentes. E nisto todos nós somos responsáveis. Desde eu, passageiro, até o Presidente da República.
E nunca vai se resolver muita coisa se o andar de cima também não mudar.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Et la nave va....

Passada uma semana o desastre da TAM continua sendo o grande assunto. Não vou entrar na questão da dor. Mas o da irresponsabilidade nacional.
Vocês repararam que nenhum grandão do GOVERNO, ou da TAM foi responsabilizado por coisa alguma?
Se alguém falou algo foi de uma maneira genérica a vol d'oiseau.
Não sairam nomes.
Os nomes são sempre os dos lambaris.
E eu, o chato, continuo a perguntar?
QUANDO É QUE VAI DAR PARA VIAJAR EM SEGURANÇA NESTE PAÍS?

TROCA DE CASAIS V

- Mas aí me bate outra dúvida. Acharam o casal. Será que o P. vai se agradar da mulher? Será que tu vais Te agradar do homem? Será que a mulher vai se agradar do P.? Cá pra nós, o P. não é nenhum Apolo.
- E, supondo que todo mundo se agrade de todo o mundo, ou pelo menos fique na base do “na falta de tu, vem tu mesmo”. Como ficamos em termos de gostos?
- Mas tu é complicado! Ô gurizinho complicador. Desde pequeno.
- Complicadora era tu, que sempre arranjava um motivo pra não dar pra mim!
- Não dei e continuo não dando!
- Azar o teu! A terra há de comer!
Segue-se um momento de reflexão de lado a lado, para não se perder o fio da meada ou ver a conversa descambar.

UM EXEMPLO EDIFICANTE DO NÃO MEDO DO FRACASSO

Só para complementar o artigo O MEDO DO FRACASSO.
Tenho um amigo que, verdadeiramente, já transou com mais de 1000 mulheres.
Um dia, à mesa, no Barranco, alguém comentava este assunto, quando foi interrompido por ele (que justiça seja feita, nunca foi de se vangloriar, sabíamos, apenas, porque em sociedade tudo se sabe).
- Meu mérito não é ter feito isto, se é que fiz. O meu mérito é ter chegado em 10 mil mulheres com esta proposta e não ter tido medo de receber um não. Como recebi na maior parte das vezes. Mas era o preço para chegar onde eu queria.
Falou e disse!

DO MEDO DO FRACASSO - BROCHAR OU NÃO BROCHAR

Um dos medos maiores que eu conheço é o medo do fracasso.
Ele é tão grande que consegue paralisar a criatividade de muita gente, que acabam, pela necessidade de segurança, tornando-se pessoas medíocres (que vem de médio).
No entanto o fracasso é sempre temporário e é uma questão de ângulo.
Alguém pode haver, por exemplo, dando várias brochadas. Ele pode se sentir um fracassado. Alguém pode lançar-lhe, em face, pejorativamente estes acontecimentos.
Mas bem que ele poderia nos responder.
- Não brochei nestas vezes. Apenas experimentei um monte de jeitos de como não se consegue uma ereção e por conseguinte trepar. Com isto aprendi como se brocha e não se trepa. Assim como também sei como se faz para não brochar e trepar.

terça-feira, 24 de julho de 2007

O INCÊNDIO NO SHOPPING



Duas pessoas (mas que não se conhecem) das minhas relações estavam assistindo ao Transformers, quando a sessão foi interrompida por uma mulher que ansiosa mandou todo mundo sair porque estava ocorrendo um incêndio no Shopping. Que guardassem os tickets de entrada, para usarem outro dia e se dirigissem para uma saída que fica ao lado do Mac Donald’s.
Saíram por onde haviam entrado, que dá para a área vizinha a praça de alimentação.
Esta estava tomada pela fumaça e já se sentia o calor do incêndio. Quem se abaixasse veria o fogo na outra extremidade do Shopping.
No caminho até a tal porta a cena d’habitude, mulheres gritando, querendo proteger os filhos. Crianças chorando. E os homens jogando cadeiras e mesas para tudo quanto era lado.
A supradita porta ainda estava fechada. Demorou uns dois minutos até que alguém, provavelmente um funcionário, a abrisse.
A partir daí, saiu todo mundo em relativa calma e ordem.
Minhas questões:
a) Os cinemas não tem saídas que não passassem pela área de alimentação? Pois se o fogo fosse em frente ao cinema, não havendo saídas teríamos um forno de incineração.
b) Nenhum dos dois viu spinklers em ação. Num lugar em que milhares de pessoas circulam, não teriam de existir? Nem que fossem para retardar a progressão do fogo?
c) Não é necessário ter uma brigada de incêndio preparada para enfrentar estas situações? Nos EUA é normal se ver exercícios de prevenção de incêndios em shoppings, hospitais, hotéis, etc. Uma sinalização de rota de fuga clara?
d) E, finalmente, porque houve tão pouca repercussão na mídia a respeito deste incêndio? Só porque não morreu ninguém? Porque ele foi encoberto pela tragédia maior do avião da TAM?
Será que os incêndios das Lojas Americanas e da Renner não nos ensinaram nada?

domingo, 22 de julho de 2007

TROCA DE CASAIS V

Pelo contrário, deixei meu lado infantil e curioso dirigir o nosso diálogo, até por que, com a Zu, a gente sempre tem de ser um pouco pueril para poder criar um colóquio que valha a pena.
- Legal! Mas como é que vocês pretendem por isto em prática?
- Muito simples. Eu e mon mari trocamos de parceiros com um outro casal.
- Ô Zu, eu não sou idiota! Sei o que é uma troca de casais. To perguntando como vocês vão fazer isto acontecer. Quem é o outro casal?
- Ah! Não sei. Algum outro casal que queira.
- Tá. E como é que vocês vão achar este outro casal? Vão sair perguntando por aí quem tá a fim de uma troca de casal?
- Claro que não! Não pensamos nisto ainda. Mas não deve ser muito difícil. Total tem muita gente fazendo.
- Tudo bem! Internet, classificados, boates especializadas, boca a boca.

SOBRE A MORTE


Coloquei há uns dois dias atrás no blog da Débora Elman, http://modanaacademia.blogspot.com, minha mulher, um comentário sobre as perdas, num artigo em que ela falava sobre o acidente do avião da TAM.
Comentei sobre o vazio que uma perda, seja da vida, amorosa, de um modus vivendi, traz para todos nós.
Deixei de falar em algo que, acho eu, concorre para tornar a morte, qualquer morte, muito mais dolorosa.
Aquilo que o corvo crocitava, acho que em um livro do Edgar Alan Poe.
Nunca mais ... Nunca mais ...
Este nunca mais é o que eu acho de mais terrível. Mais do que o próprio vazio. Este, de alguma maneira, ou outra, a gente acaba preenchendo.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

ANTONIO CARLOS MAGALHÃES – TONINHO MALVADEZA – ACM



Imagino que, no mínimo, serei sufocado pelos perdigotos dos indignados.
Mas, se fosse escrever só para agradar aos outros, eu trataria de ser, ou um político, ou um escritor de panegíricos agradáveis às maiorias.
Corria o Ano Domini de 1985. A campanha eleitoral ia aquecendo se com as candidaturas de Tancredo Neves e Paulo Maluf.
A maioria arenista tergiversava entre apoiar Tancredo, que contava, aparentemente, com o apoio da maior parte do povo brasileiro e Paulo Maluf com seu séqüito de áulicos e sabujos. Sim, porque A GLORIOSA, já nos seus estertores, ainda fazia os ratos se enfiarem nas tocas, aquiescendo com tudo, sempre que um rugido, ou um estertor que pudesse ser confundido com um rosnar, fosse escutado
Sim queridos senhores, porque naqueles anos todos a ARENA contava com incontáveis eleitores, políticos e acólitos. Depois sumiram. Hoje em dia, com exceção de alguns coronéis, generais e de uns poucos políticos, ninguém defende a ARENA, a REVOLUÇÃO REDENTORA DE 31 DE MARÇO. Ninguém diz que votou nela, ninguém diz que a apoiou.
Aqueles que estavam do lado da ARENA, parecem haver sido abduzidos por alienígenas. Todo mundo que conheço era oposição. Imagino que deva haver ocorrido um genocídio de arenistas e simpatizantes. Porque, que os havia, havia.

Nesta época houve um racha no sucessor da ARENA, o PDS, do qual emergiu o PFL, que fazia oposição a Maluf.
Mas sempre todo mundo com muita luva de pelica, pois ninguém era de bancar o machão. Exceção seja feita ao pessoal do MDB (depois PMDB), PCs e PDT. Mas, no colégio eleitoral estes eram minoria.
Vai daí que o brigadeiro Délio Jardim de Mattos, ministro da Aeronáutica, vai a Bahia para, em ultima análise, dar um quedate quieto nos indecisos da bancada governista. Lança um furioso ataque contra aqueles que estariam pensando em trair a causa do governo, que, num primeiríssimo momento, conseguiu arrefecer o ânimo de muita gente, quando o ACM, tomando ciência do conteúdo do discurso vai para casa, e dá uma resposta virulenta. Diz que traidores da causa revolucionária eram aqueles que apoiavam um corrupto e por aí foi.
Délio Jardim embainha a espada, fica caladinho, os ratos saem da toca com fauces de leão, e Tancredo foi eleito no colégio eleitoral.
Se não houvesse um ACM, e aí está a minha provocação, teria vencido o Tancredo? Teria ali terminado A GLORIOSA?
Não nego que sempre achei ACM com jeito de corrupto, prepotente, reacionário. Mas não nego que, naquele momento, eu o admirei.
Só para finalizar, não era partidário da GLORIOSA e se mais não me opus à época a ela, foi porque já perdera a maior parte das ilusões com o outro lado.
Não era e não sou um malufista; aliás não sou de nenhum partido político, pois não acredito nos que aí estão, pela sua falta de coerência.
Também não vou negar que votei num deputado estadual da ARENA em 1970, o Dr. Adolpho Puggina, que era pai do meu amigo, já falecido, Márcio Puggina, ambos excelentes seres humanos. Se querem um mea culpa, aqui o tem.
Mas acho que, se ACM tem de ser enterrado junto com todos os seus defeitos, deve também ir a sepultura com este mérito.


quinta-feira, 19 de julho de 2007

TROCA DE CASAIS IV


Aí lembrei de um psicanalista que conheci ainda na faculdade. Sempre que lhe perguntavam algo mais complexo, ele pegava um pouco de fumo numa bocetinha que tinha junto de si, um cachimbo e começava a enche-lo, vagarosamente, olhando para o interlocutor. Depois respondia. O detalhe é que ele não fumava.

Utilizava-se deste expediente, que julgava, à época, podre de chic (Ah! Estes galicismos ainda vão me matar!) para ter um tempo de pensar. Não fumo, e não tenho as manias dele, mas com o tempo aprendi a fazer um ar de inteligente intrigado, que escolhe as palavras, a fim de ganhar tempo.
Não queria cair naquele lugar comum de devolver a pergunta. “- E tu, o que tu achas?” Tampouco iria dar uma de professor, desenvolvendo uma tese instantânea a respeito de relacionamentos humanos e conjugais e sua evolução nos tempos hodiernos. “- Olha, eu enquanto psiquiatra e especialista em sexualidade humana, com a minha incomensurável experiência, sendo o grande sabe-tudo, penso que ....”

O CULPADO

Não tenhamos dúvidas. Vai começar a caça às bruxas, no que diz respeito ao acidente com o avião da TAM.
Devo antecipar quem será o culpado.
Antes de tudo o piloto. Morto não se defende. E, se a família e amigos o defenderem, é por pouco tempo.
Depois pode ser que seja acusado alguém, ou alguns, do terceiro, ou quarto escalão, da área oficial.
E, finalmente, algum pobre coitado que deixou um furo qualquer. Um mecânico, um engenheiro de obras, um controlador de vôo (Este eu acho mais difícil porque pode envolver alguém mais alto. Além de haverem aprendido alguma coisa, sobre se defender, desde o acidente com o avião da GOL).
Ontem foi patético observar ministros defendendo o Presidente, mesmo antes de ter sido acusado. Ele pediu para seus subordinados hora e dia para terminar o caos aéreo. Acho isto, ou demagógico, ou imprudente, de vez que muitos dos problemas exigirão um tempo maior do que a nossa paciência gostaria de conceder. Meu medo é que, em função do desejo do chefão, alguns apressem a carroça além do bom senso, como parece haver acontecido com a pista do aeroporto de Congonhas, que foi entregue incompleta (Embora até agora não dê para atribuir o acidente a algum defeito nela.) Seria melhor se ele exigisse que se tomassem atitudes para melhorar a situação o quanto antes.
Patéticos também foram os do primeiro escalão, mostrando como estavam consternados, como já vinham tomando providências, como estavam prontos para novas providências.
Ou seja, vão ser tomadas um monte de medidas que, após algum tempo, por contrariarem interesses, vão, ou ser revogadas, ou cair no esquecimento.
E a minha pergunta vai continuar a mesma do artigo anterior.
- É, ou, quando será seguro embarcar num avião comercial no Brasil?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O LUGAR


Há algum tempo atrás elogiei o restaurante comandado por Carolina Heckmann em Gramado.
Gostaria de ratificar isto agora.
Carol não é uma restauranteur pura e simplesmente. Ela é uma artista. Quando ela não está o que temos é um excelente restaurante. Quando ela está o que observamos é uma galeria de arte gastronômica.
Uma galeria em constante mutação, porque Carol não se repete. Como uma coreógrafa ela comanda os acepipes que constituirão le corps du bal.
O LUGARnão é um restaurante que se possa chamar de barato. Mas um restaurante que serve obras de arte não pode ter um custo de carrocinha de cachorro que nte, ou de um bastantão a quilo.
É um lugar para momentos únicos. Para isto eu o recomendo.

domingo, 15 de julho de 2007

DAS LUST

Uma das coisas intrigantes, para mim, da mente humana, quando a penso de uma maneira mais ampla, é:
Por que um indivíduo não busca, se está em condições de buscar, algo que ele sabe que lhe dará prazer?
Mesmo que me expliquem psicanaliticamente através de neuroses, mecanismos de defesa, masoquismo et caterva, continuo a me perquirir.
O que o fêz, e faz, enveredar por este caminho?
Porque esta necessidade de punição, de NÃO VIVER PRAZEIROSAMENTE?
Como disse, não quero explicações psicanalíticas ou psiquiatricas. Acho que devem haver razões filosóficas e antropológicas que não conheço, ou ainda não foram abordadas.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Troca de casais III

Combinamos o encontro numa cafeteria. Achei melhor. Um lugar bem público. Dá menos asas para a imaginação dos maliciosos de plantão. Os quais, devo confessar, muitas vezes tem mais razão do que pensamos.
Lá me chega ela, pulcra e bela (Redundância, eu sei, mas a frase fica mais sonora.).
Beijinhos, beijinhos, holas qué tal, e nos sentamos. Pede um cortado com minúcias de quem está encomendando a lapidação de um diamante para uma jóia, e me pergunta quase que abruptamente.
- O que é que tu achas de uma troca de casais?
- Como assim?
- Mon mari vem me propondo. De início não queria nem ouvir falar, mas de tanto ele insistir, que nós tínhamos que experimentar de tudo na vida, que o momento era agora, comecei a pensar no assunto. Mas já fiz muita coisa na vida né chéri, agora não quero mais entrar em frias, daí conversar com o maior especialista em sexo que eu conheço.
- Não deves haver conhecido muitos então...
- Deixa de ser bobo, tu ficou de reserva de mercado, um dia me dá uma louca, já sei o que fazer. Mas o que tu achas?

(segue outro dia)

terça-feira, 10 de julho de 2007

Troca de casais II

Foi intransigente. Só não fomos ao rompimento porque eu tinha a fé inquebrantável dos justos que ela um dia mudaria de opinião. Não mudou, mas eu mudei.
A título de consolo comecei a me convencer que, com tanta mulher no mundo, porque eu iria pôr em risco uma amizade de tantos anos e outros que-que-qués que a gente lança mão para se justificar e dar uma de Polyana.
Agora quem não quer sou eu (Em verdade ela não acena com esta possibilidade, mas esta convicção sempre ajuda para não se ter a sensação de sair derrotado.). Daria muita confusão. Mas, é lógico, se isto fosse verdade, os meus motivos seriam melhores, mais justos e fortes que os delas.
(segue numa próxima edição)

Vida de Estudante na Austrália sem cartão de crédito do papai

Para os que acham que a vida da gurizada que vai para a Austrália é moleza, deêm um olhada nesta reality letter (só para implicar com os puristas da língua). Foi mantida a grafia original para manter o clima.

Fazia um bom tempo q eu nao escrevia nada entao resolvi mandar noticias. Dia 13 fazem 4 meses que eu sai do Brasil. Se eu parar pra pensar em tudo que eu ainda quero aprender, as coisas q eu pretendo fazer, os lugares q eu quero conhecer, 4 meses eh muito pouco. Mas se eu paro e penso que sao 4 meses longe da minha casa, dos meus amigos, da minha familia, dae ja parece MUITO tempo!

Nova Casa
Na verdade "nova" nao eh bem a palavra pra definir a nossa casa! Ja faz um bom tempo q sai da homestay (desde a Pascoa) e q estou morando em outro lugar (por sinal a saida da homestay foi bizarra, o meu "pai" tava bebado dae falou pra A. e a I. q estavam comigo q elas estavam me levando pq soh queriam se aproveitar do meu corpo e do meu big dick, isso com toda familia dele reunida pra celebrar a Pascoa, coisa muito d nivel pra provar q eles tinham me adorado e iam sentir muito a minha falta, pra mostrar q tb ia sentir saudades deles roubei uns copos e uns cabides pra levar d lembranca). Moro agora em Bondi Junction, q eh perto da praia e da city ao mesmo tempo. Moro com a A., a C. e a I., tdas brasileiras, tdas ja conhecidas daí! A casa eh bizarra! Nao tem mesa nem cadeiras, a geladeira (o "frigorifico" segundo o dono portugues do apartamento) vive pingando e a porta tem que ser presa por uma cadeira (a unica da casa q a gente roubou dos vizinhos). Eu ainda nao me dei ao trabalho d comprar uma cama aqui (o preco das camas tah pela hora da morte heheheh) entao durmo em um colchao no chao. Tambem nao comprei edredom pq ia ter q ficar dobrando e arrumando a cama (q eu nao tenho) todo dia, dae durmo num saco d durmir em cima do colchao, coisa muito fina! O banheiro dessa casa tb eh uma beleza, o chuveiro vive pingando e o ralo tah sempre cheio d cabelo (axei q tava me dando tri bem morando com 3 gurias, q o q, a unica diferenca eh q elas perdem uma peruca por dia, a casa tem mais cabelo q mobilia) e o vaso vive entupido dae a D. sempre eh chamada pra desentupir pq ela faz isso melhor do q ninguem (oh guria q subiu na vida na Australia). Mas apesar d tudo isso adoro a casa. Os vizinhos sao legais, eh perto d tudo e o aluguel naum eh muito caro!

Vida de Pobre
Eh, digamos q meu padrao de vida baixou um pouco. Tento economisar em tudo, ate ando roubando papel higienico na escola q eh pra ver se baixo o preco do super. Agora corto meu cabelo na estacao de trem (fundo do poço) e soh compro produtos da marca do supermercado (fundo do poço e cavando). Computador, soh na escola. Festa, soh as d graca. Banho, d 5 minutos com agua quente, mas depois se gostar d agua gelada pode ficar quanto tempo quiser, um luxo! No super eh mais triste ainda, alem d soh comprar a marca do supermercado (do chocolate ao leite) eu aindo compro as carnes q estao na promocao (as q estao vencendo eh obvio). A gente ainda resolveu separar as compras d cada um, entao as comidas tudo tem nome, deprimente, eh um tal de bife da A. pra ca, tomate do T. pra la. Um nojo!

Trabalho
Tenho trabalhado bastante, como nunca axei q fosse trabalhar. Continuo no cafe. As coisas andam melhores por lah, to me dando melhor com os meus chefes (o dono eh legal, apesar d esses dias ele ter me perguntado se eu pintava meu cabelo d preto pq ele axava q eu era loiro - me tirando muito pra burro - eu aqui tdo garboso tendo q ouvir q nao sou inteligente o suficiente pra trabalhar na porra d um cafe. A dona eh uma vaca mas parou d pegar no meu pe) mas o problema eh a outra brasileira q trabalhar lah, vaca filha da puta, eh ajudante d cozinha e axa q eh dona daquela birosca, dando ordem e reclamando, passa o dia todo lavando pratos e axa q chegou no apice da carreira. Nesse cafe faco umas 26hs por semana, eles pagam bem mas sao poucas horas, da pra pagar todas as contas mas nao sobra muito dinheiro pra guardar entao peguei um emprego a noite. Esse sim eh horrivel. Eh d lavar pratos e fritar batata frita (eh uma cena linda eu d toquinha na cabeca gritando "batata frita em 3 minutos"). O lugar eh legal, as pessoas tb, tudo gringo, dae tenho q fica lah lavando prato e improvisando no ingles (a metade das coisas q eles falam eu nao entendo dae soh fico sorrindo, melhor q eles me axem um burro simpatico do q soh burro). O trabalho eh bem cansativo, fico em pe o tempo todo, esfregando panela e fritando batata, mas a pior parte eh quando o restaurante fecha e eu tenho q ajudar a limpar a cozinha. Sem nocao, imagina limpar uma cozinha d um restaurante q soh vende batata frita, cachorro quente e hamburguer, eh fritura, graxa e oleo pra todo lado! Nao sei se vou aguentar muito nesse, pq tenho chegado morto em casa, tenho acordado as 9:30hs pra chegar no cafe as 11h, termino as 4h, dae tenho soh uma hora pra almocar e chegar no outro, comeco nesse as 5h da tarde e fico ate as 11h e dae ainda tenho q ir pra casa tomar banho e dormir! Vo ve se faco pelo menos alguns dias, mas todos os dias nao vai dar! E de vez em quando faco uns bico (bah serio fazer bico eh muito d pobre) num estadio onde foram as olimpiadas, eh legal, fico soh servindo cerveja, todo mundo bebado e feliz (menos eu obvio q tenho q trabalhar num frio do caralho - 7 graus - d camiseta d manga curta e ainda naum posso tomar uma ceva se quer) mas eles pagam bem, 20 dolares a hora e o trabalho eh facil.

Viagens
Bom, o q eu mais queria fazer aqui q era viajar nao consigui muito ainda, pq agora vou ter varias despesas entao o dinheiro q to juntando eh pra isso. Tenho q me mudar no inicio d agosto e ae ja vai uma grana pagando semana adiantada e o cheque calcao. Em novembro tenho q renovar meu visto e meu curso, se eu fizer o mais barato vai sair no minimo 1500, dinheiro q dava pra conhecer a thailandia ou fazer a gold coast. Mas tb quero conhecer bem sydney antes d viajar pra outros lugares. Ja fui pra Blue Mountains (legal mas nada d mais, tipo Gramado soh q com um monte d japa) fui no aquarium (um dos passeios mais legais, ainda mais q eu entrei d graca - eh o jeitinho brasileiro) e agora quero ir nos zoologicos (sao 2) e numa torre q tem aqui q eh o predio mais alto da cidade. Ah ja fui no Olympic Park (trabalhando, mas nao interessa ja deu pra conhecer). Fora as praias, q agora q tah frio (Muito frio) eu naum tenho ido mas q sao realmente muito bonitas, mar muito azul, nada d guarda sol e neguinho gritando agua, cafe, cachorro quente, milho... e as mulheres tudo d topless, inclusive as velha com os peito murcho despencando pra tudo q eh lado. Trabalho na frente da Harbour Bridge e do Opera House e ainda nao enjooei d ver, todo dia chego uns 20 minutos antes pra dar uma volta por lah

Bom eh isso, sem muitas novidades. To muito feliz aqui, aproveitando muito, mas com muita saudades de todos! Vou tentar escrever mais vezes! Saudades...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Troca de casais I


Mais uma novelinha para vocês que não tem tempo para ver a da Globo. Escrevo sobre o tema porque me surgiram no consultório alguns casos envolvendo o tema. Como ela é mais complexo do que os simplórios definidores acham (Sacanagem! Putaria! Falta de Vergonha! No meu tempo - o tempo dele é unico, pois para, o meu está sempre rodando, é sempre o meu tempo - não era assim.), achei melhor contar esta história, que é 90% verídica, para ilustrar um pouco a questão.


Quando a minha amiga Zu me mandou um e-mail dizendo que precisava muito falar comigo senti que havia algo a mais no ar que os aviões de carreira. sem controladores, e que no fundo ela me queria de controlador.
Antes de mais nada devo dizer que a Zu é daquelas amigas de entrar em casa sem bater e ir se servir na geladeira (para não dar um exemplo mais chulo e escatológico).
Deu pra todo mundo, menos pra mim. Dizia que não queria confundir as coisas, por mais que em um período eu jurasse de pés juntos, por todos os santos, santas, chagas, que derribaria qualquer confusão que pudesse existir, nem que fosse a tapa.

Segue no próximo capítulo...

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Para não dizerem...

... que eu exagero, vai aqui o relato de uma amiga minha, que omito o nome por razões óbvias, a respeito do CAOS AÉREO.
Cheguei ontem, depois de 18 horas tentando voltar de SP, p onde fui por interesses profissionais.
Comprei uma passagem pela Oceanair, que me transferiu para a BRA, alegando um convênio.
Quando cheguei no aeroporto, no chek-in da BRA me informaram que não havia qualquer vôo para POA e me mandaram para a loja da OCean, que depois de 20 minutos me mandou para outra loja da ocean, na outra asa do aeroporto de guarulhos.
Não havia outra loja da ocean neste local. Voltei para o primeiro local, na BRA (enfrentado novamente uma fila enorme e tendo certeza de que já tinha perdido meu vôo) e fui finalmente informada que meu vôo havia sido cancelado desde que eu tinha chegado no aeroporto e pedido a primeira informação.
Depois de mais 30 minutos, fomos recolocados na GOL, onde ficamos mais 1,5 hora na fila do chek-in.
No portão de embarque, depois de trocado 2 X, fui pedir explicações sobre mais este atraso e fui informada que o portão de embarque havia sido trocado de novo, e eu e mais 8 pessoas não sabíamos por que sequer havia sido anunciado.
No novo portão de embarque, fui informada de que todos já estavam no avião, e que só não perdi o vôo por que ESTE NÃO ACONTECERIA e o aeroporto estava fechado por tempo indeterminado.
Exausta, eu nem questionava mais nada. Fui para o balcão da GOL remarcar meu bilhete, enfrentado mais fila. Depois outra, para pegar de volta a bagagem (na segunda tentativa por que a primeira havia sido negada por que o vôo não estava oficialmente cancelado então não era possível liberar).
Embarquei no dia seguinte, às 13:40. Durante o vôo, 2 aviões passaram por nós e, segundo um piloto que viajava no banco de trás, estavam a 1km mais ou menos do nosso.
Fui alimentada equilibradamente com 1 barra de cereal considerada suficiente depois de 18 horas de confusão, stress, sono, cansaço.
Vou te dizer, com toda a certeza: NÃO ESTÁ SEGURO VIAJAR DE AVIÃO. NÃO TENHA DÚVIDAS

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Mais uma do nosso Herói de adolescência

Como não pararam de chegar cartas com outras histórias do E., me vejo obrigado a publicar pelo menos uma delas.
Bueno, corria o início dos anos 70, ditadura, etc. e tal, mas E. não se metia em política. E nem tirava proveito dela. Era daqueles que dizia “no pido y ni doy arreglo”. Trabalhava de sol a sol e ia ficando cada vez mais rico.
E, sabem como é, fama de rico, de veado e de corno não se tira mais. Com isto muita gente, quando precisava de dinheiro, vinha falar com o gaudério.
Não que ele fosse um benemérito, nem dado a piedades cristãs. Costumava dizer “eu cuido das minhas coisas aqui e o hôme véio das dele lá”. Mas também não era um prevalecido. Acreditava que negócio bom tinha que ser pros dois lados. “Já não me bastasse os olho grande, ainda vou querê gente querendo o meu pelego por eu ter me aproveitado”?
Pois estava lá ele, numa das fazendas, apartando um gado, de manhã cedito, junto da peonada, “prá dá exemplo”, quando chegou um vizinho com o ar abichornado de cachorro que levou uma sumanta de pau.
“Seu E. me surgiu um imprevisto dum dinheiro na justiça e eu tenho que pagá até as duas da tarde. O senhor não me compra uma ponta de gado? Umas 30 vaquilhonhas, todas com cria ao pé? O Sr. conhece o gado, é aquele que fica junto da pontecita do arroio do Salso.”
E. deu uma pensada, viu que o preço era bom e disse.
“Bueno, vamo vê se eu consigo este dinheiro agora de manhã, pois me pego desprivinido.”
“Mas não se esqueça que tem de sê até as 2!”
Lá se vai o E., como um balaço, até a cidade mais próxima, entra na agência do Banrisul, que estalava de nova, e vai ao gerente, que era novo.
“Tchê, me consegue quarenta contos de réis (Já era tempo do cruzeiro, mas não se tinha ainda perdido a mania de falar em mil réis.), mas tem que sê em dinheiro e ligerito.”
O gerente, que era novo, ficou assustado, pois E. não mostrara nenhum documento, nem talão de cheque, mas tinha uma pinta que não deixava dúvidas de que tinha bala na agulha. Dera o seu nome, que já deveria bastar.
“O senhor não me leve a mal, mas pra isto eu tenho que conversar com a matriz no Alegrete.”
“Bueno, conversa, mas não me faz perder tempo que eu tenho que tá em Livramento antes das quatro.”
O gerentezinho vai ao telefone, liga para a matriz, fala com o ex-gerente que era quem lhet inha colocado ali, e explica que o Sr. E, chegara assim e assado, e que queria este empréstimo antes do meio dia.
O antigo gerente pergunta:
“Este E. não veio numa camioneta Chevrolet, bem novinha, mas tapada de barro?”
“Sim senhor!”
“Ele não está vestido de jaqueta de couro, das boas, mas mal cuidada, e de bota de cano alto, toda suja?”
“Sim senhor!”
“Ele não tem pinta de homem fino, que sabe mandar?”
“Sim senhor!”
“Pois então entrega a chave do cofre pra ele, porque isto que ele pediu pra ele é trocado. O dinheiro que ele tem no Banco é tanto que esta tua agência só foi aberta pela quantidade de negócios que ele faz nesta zona”.
Meia hora depois já estava de volta o nosso herói com o dinheiro da ponta de gado, que serviu pro compadre se acertar com a Justiça. Sem mostrar documento nenhum!
























domingo, 1 de julho de 2007

Por que CHAVES se arma?



No inicio me era fácil entender. Chaves tentava impor o socialismo, num mundo em que este, como fora imposto ao longo do século XX, batia em franca retirada.

Na Venezuela a direita tinha, talvez tenha ainda, muita força. É concebível, pois, que ele houvesse comprado milhares de fuzis metralhadoras e outras armas pequenas. Armando a população, supondo-se que esta realmente estivesse do seu lado, o que parece de fato ocorrer, pelo menos por enquanto, teria como repelir um golpe da elite direitista, ou militar.

Depois começa a comprar caça-bombardeiros soviéticos de longo raio de ação. Não numa quantidade que só servisse como arma de propaganda. Também não numa quantidade que pudesse ao menos fazer cosquinha numa hiper potência como os Estados Unidos. Para quem, então, apontarão estes bombardeiros, que são máquinas de guerra ofensiva?

Servem muito pouco para uma guerra civil, onde dificilmente ocorrem batalhas tradicionais, com inimigos ocupando uma área geográfica bem definida para ser bombardeada.

Logo, estes aviões não são para serem utilizadas contra inimigos internos, ou contra o Grande Satã Capitalista.

Agora é anunciada a compra de submarinos russos. Ora, submarinos são armas eminentemente ofensivas. Não foi à toa que Churchill protestou violentamente quando, no tratado naval anglo-germânico, foi permitido a Hitler reconstruir a frota de submarinos. Submarinos não tinham, já naquela época, função defensiva.

Estes submarinos também não servem para nada num confronto contra os Estados Unidos. Tampouco para uma guerra civil.

Para que eles, e os aviões, foram comprados? Se o fossem para manter as forças armadas treinadas, num nível mais moderno, dez aviões e dois, ou três, submarinos já bastariam.

Por que tantos? A quem Chaves quer impressionar, ou pressionar?