quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

UNS VÃO PARA A HISTÓRIA, OUTROS PARA A LATA DE LIXO DA HISTÓRIA

Neste episódio em que o Grêmio enfrentou o Flamengo e que, se vencesse, tornaria o Internacional, ou o São Paulo, ou o Palmeiras, campeão, me dei conta de uma coisa.
As pessoas estavam às voltas com o dilema. Vencer o Flamengo e dar o título para o arqui-rival?
Em nenhum momento um jogador do Grêmio parece haver pensado. “Eu vou dar o meu sangue e vou calar o Maracanã. Eu vou ser um novo Odublio Varela.”
“EU VOU FAZER HISTÓRIA! Foda-se se o Inter, ou quem quer que seja, for campeão. Azar se os dirigentes não gostarem. Que a torcida fique furiosa. Volto de ônibus daqui a dez, quinze dias, quando os ânimos esfriarem! EU VOU FAZER HISTÓRIA!
E com sangue, suor e lagrimas, mobilizaria o time todo, faria um novo
maracanasso, como a seleção uruguaia fez em 1950.
Mas quem sou eu para imaginar que estes pobres meninos fossem ter uma visão histórica, uma visão de estadista. Se os nossos homens públicos não têm esta visão, e deveriam tê-la, de onde foi que tirei eu esta tresloucada idéia, de que estes rapazes, cuja grande maioria irá acabar na vala comum da História, pudessem tê-la?
Dou-me conta que faltam Homens capazes de fazer História neste país. Com seu suicídio Getúlio saiu da Vida para entrar na História. Um dia antes estava quase soterrado pelo “mar de lama” que o Lacerda corneteava. No outro, era o herói máxime da defesa do povo desasistido.
Por isto é que homens como o Getúlio são inesquecíveis e a grande maioria dos nossos governantes será sepultada pelo pó do esquecimento.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PUBLICO-A POR QUE A ACHO MUITO IMPORTANTE

Dúvida: Dr.Tenho um filho de 22 anos, faz pouco tempo descobri que ele é homossexual, conversamos e ele me falou que há 6 meses teve uma crise quando descobriu que estava apaixonado por um amigo que é gay. Bom para mim este golpe foi fatal, pois ele já teve namoradas, sempre foi muito vaidoso, mas sempre foi "normal". ESTOU SOFRENDO MUITO, pois tenho certeza que o pai e a família não o aceitarão. Qual o melhor caminho?
Enviado em 15/11/2009 às 12h37
por mãe desesperada, 49 - Gaurama (RS)
Mãe Desesperada - O homossexualismo é uma condição humana como tantas outras. Não é doença, não é crime e não é proposital. O sujeito já nasce homossexual, provavelmente por conta da genética, mas por conta das pressões sociais segura os seus impulsos. Mas um dia eles acabam prevalecendo e a condição homossexual se revela. Agora, pensa bem, se este momento foi difícil para ti, imagina para ele que está pressionado a ser quem ele não é só para agradar os outros. Não é a toa que tantos homossexuais vão viver longe da família, ou se suicidam. Imagino que não seja isto o que tu, e a tua família desejam. Portanto deixem de ser machistas e preconceituosos e o aceitem, como a gente tem de aceitar a cor dos olhos, ou o tipo de cabelo de um filho porque ninguém é culpado por características humanas que herdamos. Se fosse uma questão de “opção”, como dizem os desinformados, quem optaria pelo caminho mais difícil?
Copiado do Dúvida Entre Lençois, do CLIC RBS

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MULHERES DEPOIS DOS 40

Balzac criou a figura da balzaquiana, aquela mulher acima dos trintas que, segundo ele, eram as que valiam a pena.
Estou convencido que, com as mudanças da vida, as que valem a pena são aquelas com mais de
40.
Explico.
Já cumpriram com os papéis impostos. Ou seja. Já casaram, já tiveram filhos, já encaminharam estes filhos, já adquiriram autoconfiança a respeito de si e de sua sexualidade, já conseguiram uma relativa independência econômica.
Ou seja, podem ser donas delas mesmas. Podem exercer o ser “EU MESMA”.
Pena que a maior parte dos homens ainda não está preparado para elas. É melhor uma ninfetinha, inexperiente e dependente del gran macho que todo sabe y todo puede, que não vai questioná-lo.
Pena que a maior parte das mulheres ainda não se deu conta disto.
Mas em todo o caso quero patentear a minha idéia.
O quente agora é uma mulher CARRIONICA, ou seja, uma que já passou dos quarenta.
E tenho dito!

PARA QUE ISTO?

Só por curiosidade digitei Brazil, no site do New York Times. Existe apenas uma citação. Diz respeito a fraude dos vistos. A notícia anterior era do dia 2 de novembro. Isto me dá a sensação de que não somos muito importantes para eles. Digitei Argentina e o resultado foi mais pobre ainda. Uruguay e a última notícia era do resultado da eleição, noticia de várias semanas atrás. Taquei então Venezuela. Duas notícias, a respeito dos bancos que foram nacionalizados. Antes delas um vazio.
Ou seja, América Latina e nada é quase a mesma coisa para eles.
Aí abro o Estadão e uma das manchetes era a compra de três bilhões de dólares em armamentos
da Rússia pela Venezuela. Mísseis Igla-S (“milhares segundo Chaves), 82 tanques T-72, 24 caças-bombardeiros Sukhoi-30, helicópteros e fuzis AK-103.
O fato do jornal da “matriz” não noticiar me dá a idéia de que isto, para eles, não tem a menor importância. Os aviões são em menor número do que os que um porta-aviões carrega, devem ser obsoletos; já devem ter um sistema antimissil que neutraliza o Igla-S e os 82 T-72 devem ser neutralizados num piscar de olhos.
Portanto, tudo me leva a crer que todas estas compras de armamento são só para poder fazer pressão nos vizinhos. Colombia e Brasil, mais precisamente. Mas sem provocar muito os “gringos”.
Minhas dúvidas são:
O que o Brasil vai fazer?
Existirão outros elementos que este escriba ignora?
Aguardo sugestões.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Estávamos eu e a Débora na av. Carlos Gomes em Porto Alegre quando eu comentei que me dava conta que nossa cidade lembrava aqueles casos em que a arteriosclerose vai tomando conta do sujeito e ele continua comendo os seus pastéis, doces, carne gorda, tudo isto regado a muito chopp. Não toma medidas efetivas para interromper o processo. O mesmo vejo ocorrer com o nosso trânsito. As medidas são paliativas e tardias.
Ai a Debora disse algo que me parece fundamental.
Não se pensa em termos de 20, 30 anos. Quando muito para um mandato. Sendo que não se leva adiante, em muitos casos, o que o prefeito anterior criara, pois jamais se deve dar colher de chá para os adversários.
A sociedade civil não se mobiliza, engenheiros, administradores, médicos e outros não apresentam planos concretos para longo prazo. Em geral a justificativa é a mesma. “Não adianta, os políticos só pensam neles mesmos, se não der voto, se contrariar interesses imediatísticos, qualquer plano vai pras cucuias. Prá que perder tempo?”
Continua-se a pensar que Porto Alegre tem 400.000 habitantes e tem todo o tempo do mundo para tomar alguma providência.
E aí vamos nós.
Uns são míopes.
Outros interesseiros.
Outros desistem.
Outros, como eu, se limitam a protestos isolados.
E la nave va... A caminho do atoleiro. Junto com a vaca que foi pro brejo.

NEGOCIATA É UM BOM NEGÓCIO PARA O QUAL NÃO FOMOS CONVIDADO - Barão de Itararé - Humorista brasileiro

Frente a série de vídeos mostrando “otoridades” embolsando o seu em bolsos, cuecas, meias, não houve quem não ficasse indignado. Alguns tanto, que uma outra máxima do Barão, “ou nos locupletamos todos, ou restaure-se a moralidade” tem de ser lembrada.
Desconfio que muitos dos indignados, talvez os mais indignados, sejam aqueles que se sentem excluídos desta “boca”.
Não estamos no país do “é dando que se recebe”?
Do “achado não é roubado”?
Do “levar vantagem, certo?”
Dos DVD’s piratas, dos espertos que usam o acostamento para driblar engarrafamentos, dos que, depois de passarem em um concurso público e do período probatório, fazem com que se tenham recordes de atestados médicos (Comparem com os empregados da iniciativa privada similar.)
São tantos os expedientes que poucos escapam, se é que alguém escapa.
É verdade que sempre se ouve como explicação que a irregularidade feita é ínfima se comparada com a que os outros fazem.
Mas com isto, de grão em grão, construímos um Everest.
Por isto, confesso, sou um pessimista, quanto ao nosso futuro com tantos desvios de conduta e de verbas.

sábado, 5 de dezembro de 2009

SOBRE NÚS E TRANSAS

As vezes me fazem perguntas que acho muito interessantes. Como este meu blog também tem a pretensão de ser de utilidade pública, resolvi por a pergunta e a resposta para vocês.

Dr. Carrion. O meu namorado quer fazer umas fotografias minhas nuas e nos filmar transando. Confesso que a idéia me atrai. Mas tenho medo. A gente sempre ouve histórias de fotos e filmes que acabam na internet. O que o senhor acha disto?
Leila, 20 anos, Porto Alegre

Em princípio me agrada a idéia de guardar uma lembrança de como já fui. Não é à-toa que a gente tira fotografias de datas comemorativas, ou de viagens. Mas...
Uma foto é um documento. No caso dos nus um documento da nossa intimidade. O filme mais ainda. Portanto, tem-se que ter alguns cuidados prévios.
Há quanto tempo conheces o teu namorado? Sim, porque precisas conhece-lo, principalmente no básico.
Ele é um cara vingativo (Mesmo tendo razão?)? Rancoroso? Um daqueles que fazem o que lhe dá na telha sem medir bem as conseqüências? Ele costuma falar sobre o que já fez com outras namoradas, ou mulheres, expondo-as? Acha “bárbaro” aprontadas deste tipo que amigos tenham feito? Se a resposta for SIM, para qualquer um destes itens, acho bom não tirares as fotos e, muito menos, fazer o filme.
Se a resposta for não, tens um bom nível de segurança para documentares uma fase que imagino bonita da tua vida, ou para se excitarem.
A foto acima me foi enviada por e-mail (spam). É um exemplo do que falo.

domingo, 29 de novembro de 2009

CUIDANDO DO PINTO

Várias vezes já disse que “o homem é o seu pinto”.
Claro, sei que existem exceções, blá-bla-blá, que “eu não sou assim”, ou “para mim não é bem assim”.
Mas tudo bem. Não vou polemizar a respeito disto. Que cada um se imagine como bem entender. O que não impedirá um sorrisinho sardônico da minha parte.
Mas, para estes que acham que seu pinto é a coisa mais importante, vão aqui algumas dicas.
Mas também aviso que não sou daqueles que acham que o cara tem de transar de escafrando para ficar com o pinto em segurança.
Não fumem. Ou o cara fuma, ou o cara f.... . E aquele que me diz, depois dos 35/40 anos, que fuma e f.... , me faz pensar que estou frente a um fenômeno, ou, o que é mais provável, de um baita de um mentiroso.
Mantenham “o animal” limpo. Nada mais desagradável para uma mulher do que dar de cara com um pinto sujo. Por mais que o sujeito pense que seu pinto é a sétima maravilha do mundo, acho difícil que muita gente vá compartilhar este ponto de vista.
Usem camisinha quando forem transar com uma parceira nova. Por mais linda, angelical e limpinha que ela seja. Você não sabe com quem ela já saiu antes. No filme Bela da Tarde, com a Catherine Deneuve, esta tinha uma predileção por tipos sórdidos. E ela era linda, limpinha e angelical. A Arte imita a Vida, não se esqueçam. Também não se fiem com o discurso de pureza e cuidados que as mulheres contam terem tido toda vida. No início de um relacionamento, a respeito da sua vida sexual passada as mulheres mentem. Depois que o relacionamento fica mais firme, que existe mais mutua confiança, a verdade começa a surgir à conta gotas.
Mantenha-o em funcionamento, se não em relações, pelo menos na masturbação. O pênis é um órgão muscular peculiar, e músculos necessitam ser exercitados.
Em caso de corrimento, ou mau cheiro, ardência, dor, não deixem de consultar um urologista.
Total o pênis é um só, não tem reposto.

O VIBRADOR

Outro dia li uma reportagem em que se fazia uma enquete sobre o uso do vibrador. Uma ampla maioria das mulheres confirmava o que eu já sabia pela minha experiência clínica.
O uso do vibrador durante as relações sexuais aumenta em muito o prazer que as mulheres sentem, além de aumentar a quantidade de orgasmos que estas mulheres obtém.
Para muitos homens isto é ótimo. Tem prazer em ver, sentir, o prazer que a mulher está sentindo.
Infelizmente existe ainda uma importante parcela de homens que se sente enciumada pelo papel que o vibrador desempenha. Acham que só eles deveriam dar prazer para a mulher. Ou sentem-se ameaçados pelo vibrador. Ele seria uma prova de sua incompetência como machos.
Pobres tolos. Não se dão conta que ninguém na cama deveria se deveria preocupar com competições, de qualquer tipo. Que quanto mais prazer se conseguir ali melhor. E que cada um consiga o prazer que for possível e que cada um dê o prazer que seja capaz de dar.

Homens com camisetas de time de futebol e mulheres que confundem roupa confortável com roupa velha e esquisita.

Este fim de semana dei uma chegada num dos nossos parques e depois num shopping. Me chamou a atenção o descaso com que casais que estão a mais tempo junto se vestem. Não digo que tenham que estar up to date. Mas algum cuidado com a aparência pessoal é sempre é bom ter um pouco.
Deixemos claro. Não existe fórmula que garanta amor e tesão eterno. Mas certamente existem meios para que não se escute com tanta freqüência as frases. “Sabe como é que é, depois de alguns anos de casado não há tesão que agüente.” Ou “não tem como, a gente acaba sendo amigos que fazem sexo de vez em quando, o romantismo acaba”.
Mas uma coisa que pode ser feita é cuidar da aparência, para ter algo de bom para oferecer ao outro.
Homem com camiseta do time, calçãozão, ou bermuda, e chinela de dedo não tem como ser sensual, atrativo. A não ser que seja um destes “tops”, que não é o caso da maioria de nós.
Mulher com uma roupa velha, toda largona, sem combinar cores, não tem como despertar desejos e fantasias sexuais.Portanto, quem não quiser ser surpreendido pelos ricardões, ou maricotas da vida, que cuide no modo como se mostra para quem é importante. E é bom que treine com o público em geral.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O SINCERICÍDIO

Minha mulher me trouxe esta palavra. Gostei. Fomos criados com a idéia de dizer a verdade. Ser sempre verdadeiro. Ser sempre sincero.
Mas o que acontece quando se é tão verdadeiro, sincero, assim?

“Puxa, como tu engordastes?” Sincerão, verdadeiro. Um baita dum grosso.
“Olha, tas com câncer, vais morrer, este troço vai dar uma dor insuportável e falta de ar. Ainda por cima a legislação não permite eutanásia.” Muito verdadeiro, muito sincero.
Saio com aquela gata maravilhosa, muito do desejada, na hora H eu reparo no cabelo dela e digo. “Olha, vou ser sincero contigo, não me leva a mal, mas este corte de cabelo teu te faz parecer uma perdiz.” Quem me conta o que vai acontecer a seguir?
Enfim, a meu ver o sincericídio existe.

domingo, 22 de novembro de 2009

O MINISTRO E O TERRORISTA

Estava pensando se deveria, ou não, escrever sobre este assunto, quando me veio a mente a história de um daqueles cardeais ingleses que perdeu a cabeça por descontentar o rei. Ele dizia (desculpem a má tradução) mais ou menos isto. “Sir podeis dispor dos meus cargos, dos meus bens, da minha vida, mas não posso vos dar a minha alma”. Não pretendo ser tão importante, ou tão trágico como ele. Mas resolvi escrever porque o assunto me incomoda.

Senhor Ministro
Escrevo este porque a estas alturas da vida me considero meio burrinho e ingênuo. Com isto não entendo a profundidade de gestos como o seu.
O senhor se opõe que ele pague por suas atitudes, dando asilo, ao terrorista italiano.
Este senhor, que ao seu ver merece perdão, tirou a vida de quatro pessoas.
Foi julgado e condenado na Itália por conta disto.
A Itália, que eu saiba, é um estado democrático e o poder judiciário é autônomo e, pelo que sei, corrija-me se estou errado, respeitável.
Portanto, a mensagem que me fica é a seguinte:
Um sujeito tem uma idéia política qualquer. Por conta dela se dá o direito de tentar impô-la; nem que seja matando outras pessoas. Num estado democrático e de direito.
Portanto, se uma besta qualquer, um monstro qualquer, um idiota qualquer, aqui no Brasil, que imagino seja um Estado de Direito e Democrático, resolver impor as suas idéias, promovendo atentados, matando pessoas, se evadindo para não ser julgado e condenado, merece um asilo político, do Uruguai, por exemplo, e, portanto, não pagar pelo que fez?
O senhor, como ministro do Estado do Brasil, acharia isto correto, adequado, justo?
Principalmente porque este débil mental invocaria a vossa postura no caso do italiano em sua defesa.
Por isto, senhor Ministro, gostaria de saber se o que é válido para o italiano seria válido para um brasileiro? Que poderia querer derrubar o governo Lula, ou impedir a sua candidatura aqui no Rio Grande do Sul, pelo terror.
Fico também pensando nos quatro mortos. Eles não vêem mais o sol, não vêem mais as pessoas que amaram um dia, hoje são uma massa informe a apodrecer. Chato para eles, não é senhor Ministro?
Carlos Eduardo Carrion, novembro 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

UMA QUESTÃO QUE ACHO IMPORTANTE RESPONDER


Dúvida: Prezado senhor, suas respostas muitas vezes são lamentáveis, totalmente vazias de significado e inadequadas. Lamentável ter respostas tão grosseiras publicadas nesse site. Acho que seria importante rever as orientações que são publicadas, pois parece que a intenção do site não é fazer gozação ou chacota dos relatos de vida que são expostos.
Enviado em 20/10/2009 às 15h16
por Clarice, - Florianópolis (SC)



Minha senhora Clarice de Florianópolis. Sua carta não me surpreende. Quem escreve sobre erotismo e sexualidade sabe disto. Sempre vão existir os que gostam do que se escreve e os que odeiam. C’est la vie!!! Em um mundo em que a subjetividade impera, os pontos de vista são os mais variados.
Uma imagem como a deste vaso pode ser interpretada das mais variadas maneiras. Uma brincadeira, uma brincadeira grosseira, uma obra de arte, um objeto que deveria ser jogado no lixo, um documento antropológico de uma cultura extinta, e por aí vamos.
O mesmo deve ocorrer com as minhas respostas. Suscitarão idéias e sensações diferentes em quem lê o “Dúvidas...”.
Teu próprio comentário será visto de maneiras bem distintas...
O único risco que se corre é quando se acha que a opinião da gente é a única “certa”, quando ela é “certa” apenas para nós mesmos e para alguns.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

COINCIDÊNCIAS ENTRE A ARTE E A VIDA

Pois tínhamos eu e a Débora ido a São Paulo atendendo ao convite de um amigo que queria que falasse sobre “O Sexo em Tempos de Descompromisso”.
Aproveitamos então para pôr em dia com a Agenda Cultural. E fomos a exposições, amostras, museus, e a uma peça de teatro, “RESTOS”, com o Antônio Fagundes. Um monólogo que um sujeito tem no velório da esposa.
Guardei uma frase. “Eu tinha de tirá-la do hospital e deixa-la morrer em casa. A morte é um acontecimento único, é justo que ela aconteça no local adequado”.
Passou-me batida uma outra frase, “que a notícia do câncer o tinha pegado totalmente despreparado, pois viviam um momento maravilhoso”.
Pois não é que, depois do teatro, fomos a um barzinho, beliscar alguma coisa e conversar um pouco. Falávamos de como estávamos vivendo um momento bom da vida. Que éramos felizes. Nesta hora o celular tocou.
Era a nossa síndica. Nos avisava que rompera um cano e o apartamento estava todo inundado. E, naquele momento, o clima idílico se desfaz.
Como são frágeis as coisas humanas.
Como diz a letra do Orfeu de Carnaval.
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...
O grande consolo é que a gente capaz de recriá-la até o fim do nosso tempo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A ARTE E AS DITADURAS

Fui voando a São Paulo e tive de voltar mais depressa ainda. Mas deu tempo de, entre outras coisas, ver a exposição “VIRADA RUSSA”, no CENTRO CULTURAL DO BANCO DO BRASIL.
Mostra trabalhos de pintores, escultores, arquitetos, estilistas, russos que pregavam novas formas. Começam no fim do século XIX e vão até o início dos anos 30.
Aderiram em massa a revolução bolchevique, que os aceitou. Porém... E sempre têm os poréns para atrapalhar a vida. Veio o stalinismo e com ele as idéias de unicidade. O Realismo Socialista se impõe como única forma de arte aceitável. Estes artistas passam a ser hostilizados, marginalizados, alguns são proibidos de exercer a sua atividade artística, outros foram presos e acabaram mortos. Tanto que o ano de 1938 é pródigo em mortos. Eram os tempos do Terror Stalinista. Mas continuaram a morrer nos outros anos. Alguns aderiram à linha oficial, mas só conseguiram postergar o encontro com A Velha Senhora.
Já na Alemanha, o problema era o artista ser judeu, ou pertencente a qualquer outro grupo “inferior”; homossexuais, por exemplo. Também aqui se procurou uma “arte concreta”, mas se o cara fosse um abstracionista, ariano puro, a arte dele era tolerada, mas apenas isto. Tolerada. Se fez uma exposição “da arte degenerada”, que foi fechada em seguida, pois foi um sucesso total.
Hoje eu me pergunto? Porque os ditadores perseguiram estes artistas?
Entendo que perseguissem um “artista concreto”, pois ele manda uma mensagem facilmente inteligível contra o ditador, ou o regime. O Encouraçado Potenkin, ou o Triunfo da Vontade, deveriam ser proibidos em regimes ditatoriais a quem eles contrariavam. Mas, estas telas abstratas?
Por outro lado, toda e qualquer manifestação de racismo é um absurdo. Mas, mesmo que o admitamos, não aceitar aquela obra de arte me parece uma estupidez. Venha de onde vier. Motivada pelo que for.
Por isto é que não gosto de ditaduras, pela sua burrice. E aqueles que pensam em “ditaduras provisórias”, “como mal menor”, “como necessária”, naquele contexto e por aí afora, além de burros são ingênuos.

domingo, 25 de outubro de 2009

SOBRE DITADURAS E SUAS "OBRAS BOAS"

Ana, não te respondi antes porque acho que o LFV é comprometido. Porque em vários artigos ele, ao escrever sobre Cuba, por exemplo, se recusa a condenar a revolução no que diz respeito a prisões ilegais, casos já comprovados de tortura, os milhares de cubanos que fugiram enfrentando as águas nada amigáveis do Caribe. Se o faz, o faz de uma maneira muito tímida, alegando por outro lado que melhorou a saúde, a educação, etc.
Ora, pode-se fazer isto a respeito de qualquer regime, por mais demoníaco que ele seja.
Pode-se dizer que Hitler matou milhões de pessoas, mas construiu uma formidável rede de estradas, que enfrentou a crise de 29 com mais sucesso que qualquer outro países, etc...
Ou que Stalin, "só 5 milhões de pessoas mortas por razões políticas, não 20, como me disse uma vez uma representante de um dos PC's, num programa do Lauro Quadros", "matar uma pessoa é crime, matar milhões de pessoas é estatística", fez a URSS crescer economicamente, tornou-a uma potência militar de primeira linha, deu as bases para que se terminasse com o analfabetismo, etc...
Pode -se aplicar esta tese até para a Gloriosa. Melhorou as comunicações, aumentou as exportações de bens com valor agregado, etc... Tu achas que seria válido este tipo de argumentação? Um abração
Carrion, o que polemiza

DA RELEVÂNCIA DAS COISAS, DAS PESSOAS E DAS SITUAÇÕES

Estávamos em um restaurante da praça, se é que dá para dizer assim, principal de Praga. Era entrada da noite de um dia de tempo esplêndido, a temperatura não permitia reparos, o local estava cheia de gente, turistas em sua maioria. Nós nos embasbacávamos com o ambiente, pois era cercado de prédios históricos e não históricos, mas todos eles com, no mínimo, cem anos de existência.
Havíamos pedido o tradicional goulash e uma cerveja (Para os que não me conhecem, e a Débora; não bebemos cerveja quase
nunca, mas tem situações que abrimos exceções, e esta foi uma, da qual não nos arrependemos.) e conversávamos.
Quando o garçom veio nos servir perguntamos algumas coisas sobre a vida de Praga. De como era na época do Comunismo e agora (Era um pouco mais jovem que eu, portanto não deu para perguntar como fora na época do Nazismo).
Quando ele saiu, a Débora comentou.
–Será que uma pessoa como ele se dá conta da importância que vai ter nas pessoas que ele serve?
Talvez tenhamos sido apenas um casal a mais que ele serviu. Para nós, ele foi um personagem importante de um momento maravilhoso. Inesquecível.
Já há algum tempo, quando atendo uma pessoa, vinha me dando conta disto. Posso estar fazendo parte importante da vida desta pessoa. Por isto, devo ter o máximo cuidado e dedicação para não estragar este momento! Que pode ser único, transcendental para ela.

sábado, 24 de outubro de 2009

MEUS PARABÉNS

Minha mulher teve o curso que ela montou no SENAC aprovado pelo MEC com a nota máxima. Senti orgulho dela.

NOTAS BREVES


SOBRE A MODA E O FUTEBOL

Um fato que a Débora me contou.
Um conferencista falava sobre Moda. Relatou que uma das dificuldades que as
pessoas que trabalham com moda têm é que as tratam como alguém que trabalha com o supérfluo. Aí ele fez uma pergunta que para mim é chave.
Ocupam-se espaços enormes nos jornais, nas revistas, nos rádios, nas TVs, na Internet, com futebol. Ninguém, ou muito menos gente do que no caso da moda, diz que isto é supérfluo. Será por conta do machismo que ainda impera na nossa sociedade? Total moda é coisa de mulher e futebol é coisa de macho!
Posso pegar outros temas, mas aí deixaria de ser uma nota breve.

ASFALTO

Quando se anda numa cidade européia, ou nos EUA, o asfalto é liso. No Brasil, poucos meses depois de colocado ele já mostra os primeiros buracos, cede aqui, cede ali, remendos aqui e acolá por conta de uma coisa ou outra. Minha dúvida. Não sabemos fazer uma rua asfaltada? O asfalto que usamos é de qualidade inferior? Não sabemos prever o tráfego e com isto sub dimensionamos qualquer coisa que faz com que em seguida o asfalto ceda ou rache?

SOBRE A (IN)SEGURANÇA

Quando se sai do Brasil, pode ser para a Argentina, para o Uruguai, para não dizer obviamente, para a Europa e a grande maioria das cidades americana, se observa que se tem mais segurança nas ruas. Será por que eles têm mais policiais nas ruas. Se for assim, porque não copiamos isto? Será porque as leis deles são menos condescendentes, se o forem,
porque não as copiamos? Será porque os trâmites burocráticos/policiais/judiciais são mais expeditos? Se assim é, porque não se faz isto aqui? Porque lá se faz cumprirem as leis? Neste caso é só cumpri-las aqui.
Total, com mais segurança se trabalha melhor, se gasta menos tempo e dinheiro, individualmente falando, com a autoproteção, as escolas não são depredadas, consequentemente os alunos encontram melhores condições para estudar e por aí vai.
Mas eu acho mesmo é que eu devo tomar o meu HALDOL porque já devo estar delirando.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Esta é a igreja de São Pelegrino em Caxias do Sul, e esta imagem do Cristo Morto é do Aldo Locatelli (Perdão pelos reflexos no vidro, mas não tinha uma lente para luz polarizada.). Esta última faz parte da Via Crucis, toda ela pintada por ele. Uma obra de arte maravilhosa que em qualquer lugar do mundo seria uma atração. E que se pagaria para ve-la. Aqui foi de graça. A igreja estava vazia. Pergunto a vocês que estão lendo. Quantos já a viram? Quantos sabiam da existência dela? É estranho este nosso país...

Sobre Fantasias Sexuais

Dr. Carrion, várias vezes quando transo com meu marido me imagino em outro lugar e muitas vezes com outra pessoa! Nunca o traí, nem tenho vontade, mas me ocorrem fantasias com outros homens de vez em quando, algumas na hora da cama? Isto é uma traição? Isto indica que o meu casamento está mal, ou que corre algum risco?
Vanessa – Florianópolis
Fica tranqüila Vanessa. As fantasias são só isto, fantasias, um tempero para a vida, um exercício da alma, uma maneira de colorir a existência.
Um casamento não está mal por se manter a mente ativa e aberta. Está mal quando se sofre, quando se têm frustrações desnecessárias. Algumas pessoas realizam o que fantasiaram. Mas não por que fantasiaram. Apenas porque sentiram necessidade de fazer o que acabaram fazendo.
Um escritor, para ser um bom escritor tem de fantasiar. Isso não significa, e aliás não deve, aplicar as suas fantasias na maior parte das vezes. Se não fosse assim a Agatha Christie seria uma assassina, uma serial killer. No entanto era uma velhinha coquete que tomava chá das 5. O que ela fez foi se permitir fantasiar, imaginar, crimes e coloca-los no papel. O mesmo ocorre com as fantasias sexuais. Pode-se só tê-las. Pode-se tê-las e falar delas, escrever sobre elas. Ou pode-se pô-las em prática. Mas pessoas que não fantasiam também traem, também aprontam. A diferença é que talvez elas me digam depois. “Quando eu vi eu já tinha feito.” “Não sei como foi que aquilo me aconteceu.” Ou seja, não pensar não impediu-as de fazer.
Vanessa, pode fantasiar à vontade!

domingo, 11 de outubro de 2009

Minha cara. Convenhamos que o LFV é um cara comprometido. Será que ele gostaria de estar do outro lado do muro, com alguém controlando o que ele escreve? Ou a teoria na prática é outra? Por falar em componentes da propaganda, não conheço aquelas pessoas que fizeram a propaganda do PCB, por isto me abstenho de comentar. Mas devo lembrar que Hitler, Goebbels, Fidel (Que por sinal matou mais gente do que Fulgêncio Batista, ou a nossa Ditadura de triste memória), Lenin, também eram pessoas que impressionavam quando faziam auto propaganda. Principalmente antes de tomarem o poder.
Achei todo o comentário sobre o Bisol, muito coerente, aliás conheci-o pessoalmente quando foi juiz, e muito bom juiz, em Livramento.
Mas voltando ao assunto que eu trouxe. Mas isto não muda o que se vê. Se vê um sistema iníquo no Brasil. É claro que vale a pena trocá-lo. Mas não por um sistema que já foi testado, que também se mostrou iníquo. Suas iniquidades não são as mesmas. As coisas nunca são iguais. Mas trocar um sistema ruim por outro ruim, qual é a vantagem? Se não, todos aqueles povos da Europa e da Asia não teriam trocado de regime assim que puderam e, mais ainda, não parecem nadinha de nada arrependidos.
Os suecos, depois de décadas de governo socialista, e não autocrático, cansaram. O que não quer dizer que tenham abandonado idéias sociais. Mas acharam que o "ismo" é algo que sempre atrapalha. A começar pelo fanatismo, que divide o mundo entre certos e errados, que tudo que vem do outro lado não presta, que acredita só em preto, ou branco. O fanático é aquele que acha que não existem outras soluções que não aquelas que ele prega.
Em 09/10/2009 18:19, Ana Maria Molina Silva <> escreveu:
Espero que não me leves a mal mas é minha opinião. Abçs
"A VELHA MÁXIMA CONTINUA VALENDO, A OPÇÃO É ENTRE SOCIALISMO E BARBÁRIE. SOCIALISMO NINGUÉM SABE O QUE É MAS BARBÁRIE E SÓ OLHAR AO REDOR." Luis Fernando Veríssimo
Não assisti a propaganda mas imagino que tenha sido excelente até pelo nível dos componentes.
De minha parte prefiro divulgar o que segue: A entrega do Mérito Farroupilha para José Paulo Bisol, quarta-feira à noite, na Assembléia Legislativa, além de uma homenagem e de um desagravo a um homem honrado, foi também uma denúncia do espírito mesquinho, medíocre e canalha que tomou de assalto amplos setores da vida política e cultural do Rio Grande do Sul.(segue).....

Sobre o Comunismo - complemento

Perguntei para o motorista de táxi.
-Mas, e prá ti, como é a diferença entre a época do comunismo e agora (Isto tudo num inglês mais inteligível pela boa vontade do que pelo domínio da língua da Pérfida Albion.)?
-Pra mim em termos econômicos não mudou muito. Eu já era motorista e ganhava mais ou menos o que ganho hoje. Mas o que mudou é que eu tinha que levar a vida que eles queriam que eu levasse. Pois eu não podia comprar o que eu podia comprar, porque não havia o que comprar. Eu não podia morar onde quisesse, e sim onde eles me permitiam. Eu não podia ir onde queria, pois se precisava de autorização para ir ao exterior e esta não era concedida. Pelo menos para mim não me concederam. E nunca me explicaram o por quê. Vivia como um passaro na gaiola. De básico não faltava nada. Comida, teto, roupas básicas, estudo básico, mas em troca vivia na jaula. Hoje a minha filha está estudando em Paris, não precisei pedir autorização para ninguém e fico feliz de que ela tenha perspectivas de vida que eu não podia ter.
O dia em que o pessoal dos PC’s puder me explicar do por que tem de ser assim vou ficar bem satisfeitinho.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

SOBRE O COMUNISMO

Ontem assisti a propaganda do PC do B. Tudo muito lindo, tudo muito bonito, as propostas muito legais. Só fiquei a me perguntar? Porque em lugar nenhum se conseguiu instalar e manter um regime comunista sem se usar da violência e da coerção. Das KGD's, NKVD's, STASI's, "Milicias Bolivarianas"? Se esta forma de arranjo social é tão bom, porque as pessoas logo que podem fogem, mesmo a custa de suas vidas, como se viu na época do Muro de Berlim, ou ainda hoje, na travessia do Caribe para fugir do ParaisosocialistadoFidelCastro? Porque o inverso praticamente não ocorreu, e ainda hoje não ocorre? Aliás, se as pessoas quiserem ir, podem ir. Por que, hein?
O Muro de Berlin é soturno, grave, opressivo. Foi-se, e até mesmo a maioria dos que o criaram e o ajudaram a manter-se, guardas, fiscais, etc. deram graças a Deus.
Será que o pessoal do PC do B acha possível fazer um Brasil do qual um grande número não quererá fugir, ou mudar?
Perguntei a um motorista e a um garçom em Praga, pessoas dos seus 50 anos, quais eram as diferenças do tempo do Comunismo para agora. Ambos me disseram praticamente a mesma coisa.
"Naquele tempo tudo era mais amarrado, a gente não tinha perspectivas. Nos sentiamos como animais enjaulados. Os tratadores nos davam comida, nos cuidavam, nos educavam para o que eles queriam que fossemos educados, mas não podiamos sair da jaula."
E agora, como é que vocês vem a coisa?
"Olha, 60 % está satisfeito. Para 20% não faz diferença. 20% tem saudades daquele tempo."
Fez um silêncio e acrescentou.
"Mas estes eram da NOMENKLATURA e perderam os privilégios..."

AMOR, PAIXÃO, TESÃO

Este artigo foi escrito para o Dúvidas Entre Lençóis - Donna - ClicRBS. Está aqui apenas porque gosto que as pessoas possam dar palpites para me ajudar a modificá-lo, se for preciso.

Estes três elementos; sensações, sentimentos, ou seja lá o nome que quisermos dar, estão, ou estiveram, presentes na vida de todos nós.
Por questão de convenção, para facilitar o entendimento da vida, tentando simplificar tudo, se decidiu que eles deveriam estar sempre juntos e voltados para uma única pessoa. E isto, de fato, ocorre com muita frequencia.
Os problemas começam, quando a coisa ocorre de modo diferente.
Joana ama João, mas não tem tesão por ele.
Pior ainda. Joana ama João, não tem tesão por ele, mas tem tesão por José.
E esta pessoa é absolutamente normal, embora ela, e possivelmente quem saiba da história, ache que ela está doente, ou com problemas, por estar assim.
Isto pelo fato da sociedade estar estruturada em cima de comportamentos padrões; quem é diferente destes padrões passa a ser visto como alguém que tem problemas.
A coisa fica mais complicada ainda porque não se sabe ainda como funciona o Amor, o Tesão e a Paixão. Não existe nenhuma explicação clara de porque se ama Fulana e não a Beltrana. Porque Cicrana nos dá um baita de um tesão e a Sicrana não. Porque Sicrana é apaixonado pelo Mengano e não pelo Fulano.
Como diz um amigo meu. – Para eu entender vão ter primeiro que me mostrar uma foto do tal de Amor!
O Mini Dicionário Luft nos define Amor como “afeição profunda”. Eu acrescentaria que é o sentimento terno e afetuoso que temos por uma pessoa.
O mesmo dicionário nos define Paixão como “sentimento imenso de amor”. Eu discordo, chamo de sentimento intenso que se tem por uma pessoa idealizada que não corresponde a pessoa real.
E Tesão é definido como “manifestação do desejo sexual”. Eu acrescentaria – sensações de desejos sexuais em relação à outra, ou outras, pessoas.
Em minha opinião, se são coisas diferentes, geradas de maneiras diferentes, originadas por mecanismos psicológicos diferentes, possivelmente frutos de regiões anatômicas diferentes, o curioso é que se tenham os três voltados para uma mesma pessoa. E o paradoxal é que quando não estão voltados para a mesma pessoa há uma tendência a se achar que algo está errado.
Mas se você ama o seu marido (ou esposa), mas tem tesão pelo (a) ..... não se preocupe, você é normal. Mas se estiver apaixonada(o) por .... Fulana(o), cuidado, é maravilhoso, mas é perigoso, pois é loucura...
Carrion
Outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Do Metrô

Praga é uma cidade bem menor que Porto Alegre. A República Tcheca não é o que se pode chamar um país rico. No entanto tem uma rede de metrô que pode ser visualizada neste mapa, pelas linhas coloridas. Além disto um sem número de linhas de ônibus, bondes, fazem com que o carro seja algo dispensável, até porque o estacionamento é difícil e caro. Aliás, a taxa que se paga (um tipo de IPVA) para poder entrar no Centro não é barata. Resultado, não se vê congestionamentos em horário nenhum e nem ônibus, bondes ou metros congestionados. Ou seja, seus políticos e administradores pensaram a longo prazo, a corrupção deve ser menor e a máquina estatal deve ser bem menor e mais efetiva. Resultado, mais investimentos em infra-estrutura.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Praga vista do Castelo



Esta é a visão que se tem de Praga, quando se está no Castelo dos reis da Boêmia. Aqui dá para entender o que é urbanismo e o que é um progresso não predatório. Conservou-se o histórico, a cidade pode expandir-se; se tem uma cidade com indústrias, comércio e turismo. Fico pensando na nossa pobre Porto Alegre. Desfigurada, alterada, congestionada, com seu passado sendo pisoteado a todo o momento. Fica, para nós, o "mais lindo pôr do sol do mundo", que como eu vi uma senhora uma vez comentar a um jovem que disse isto. -Acho que tu tens de viajar mais e ver mais pores de sol.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A VIAGEM

Por conta de uma série de circunstâncias alheia a minha vontade fazia um bom tempo que eu não viajava ao exterior.
De repente, e põe de repente nisto, uma série de conjunturas me colocaram em um avião da KLM a caminho “das Oropias”.
E lá fomos, eu e a Debora, a caminho de Praga, ou Praha.
Por quê Praga. Porque Praga foi a única cidade importante da Europa que foi poupada dos bombardeios, cercos, tomadas heróicas da Segunda Guerra Mundial.
O estagnatismo do comunismo impediu que ela fosse arrebatada pelo “progresso” desenfreado e especulativo do capitalismo selvagem, que tem transformado as nossas, e muitas outras cidades, em hiléias de concreto, aço e vidro. Na entrada do Centro Histórico, a Torre da Pólvora, e edifícios do século XIX. À direita, um dos prédios grandiosos da Realidade Socialista (Sede de um banco).
Em verdade existem duas Pragas. A que nós visitamos, com castelos, catedrais, prédios do século XVII, XVIII, XIX e XX. Este último representado por uns poucos prédios, sem graça nenhuma, verdadeiros caixotes de cimento, com portas e janelas imitando o estilo “socialista da construção”. Felizmente eram muito poucos. Acabavam servindo para realçar a beleza e a pitorescicidade dos prédios vizinhos.
Mas existe uma Praga “moderna”, com arranha-céus, congestionamentos, mas esta nós não fomos. Fica ao redor da Praga que visitamos. Debruça-se sobre as colinas ao redor da Velha Cidade, como se a observasse, talvez até protegendo-a.
Os tchecos são secos. Não são mal-educados, não são grossos, são apenas secos. Te auxiliam, te atendem bem, mas não são de papo.
Assim que deixamos o hotel, que ficava junto ao centro histórico, providenciamos no passe dos transportes. Compramos um “passaporte”, que valia por três dias e dava direito a andar de metrô, ônibus, bonde e trens urbanos, sem limites. Ou seja algo que há muito tempo já era para existir na nossa Porto Alegre. Existem passaportes de 25 minutos, de 75 minutos, de 3 horas, de um dia, de três dias, de 5 dias, de 7 dias, de 15 dias e de um mês. Ou seja, cada um compra na medida das suas necessidades.
O lado simples da Cidade Velha
Pegamos um bonde e fomos rumo ao desconhecido. Descobrimos que ele nos afastava do Centro Histórico, e andava por ruas que faziam se ter a impressão de estar nos anos 20, ou 30 do século passado. Como era um sábado, as ruas estavam vazias daquele lado e em dois toques, “já estava visto”. Descemos e tomamos outro bonde em direção ao Centro Histórico.
(Segue)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

OS MEUS AMIGOS

Os meus amigos.

Outro dia eu conversava sobre um amigo, já falecido, quando me dei conta de que eu nunca havia dito para ele, enquanto viviam, como ele havia sido importante para mim e como eu o havia querido bem.
Não querendo repetir o erro, e não que eu esteja pensando em morrer, pelo menos por agora, e nem que eu os esteja vendo com um pé na cova, gostaria hoje de homenagear alguns amigos muito queridos.
Não vou me referir aos meus amigos de infância, que estes, mesmo que os ventos os tenham levados para os mais variados rincões, sempre tem um lugar garantido no coração da gente.
Estou me referindo aos amigos que adquiri, e que provaram serem meus amigos, não nos obas-oba da vida, que nesta hora tudo é fácil. Foram aqueles que me socorreram de uma maneira, ou outra, num momento de dificuldade real.
Por isto, hoje eu quero dizer para o José Hilário Brandão e a Liara Zago (Advogados competentes, mas, acima de tudo, amigos), ao Renato Viera, (o querido “Patinho”, excelente amigo e brilhante cirurgião plástico), e ao Carlos Teodósio da Ros, (médico-urologista-colega, cuja competência dispensa comentários) que eu quero muito vocês e que sou muito grato a vocês por tudo que me ajudaram.
Que fique este registro enquanto estamos todos vivos e bem, para que eu deguste o prazer de dizer e para que eles possam degustar o prazer de ouvir isto.
PS. Só peço que os meus outros amigos não fiquem com ciúmes, mas hoje, a homenagem, merecida, é destes.


Carlos Eduardo Carrion
Porto Alegre, 02 de setembro de 2009
.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sobre a Verdade Nua e Crua

Esta pergunta e sua resposta são do "Vida Feminina", do clic RBS. Mas achei que devia publicá-la aqui também.


Dúvida: Dr. Carrion, andei lendo seu blog e não pude deixar de notar uma coisa: Você não é muito chegado na "verdade" não? Você pressupõe que as pessoas prefiram viver uma vida de ilusão ao invés de saber a verdade nua e crua. O que você acha do meu comentário e porque você insiste às vezes em sugerir para as os quesitantes para que escondam o que fizeram? Onde foi parar a honestidade e o caráter? Particularmente, não concordo com suas respostas neste tema, que considero extremamente egoístas. Mas sempre acompanho seu blog em outros temas que considero excepcional. Enviado em 06/04/2009 às 19h41por Gustavo, 29 - Rio de Janeiro (RJ)
Meu caro Gustavo. Lembras-te de um quadro do Luis Fernando Guimarães, o “Super Sincero”? Ele mostrava muito bem os efeitos da verdade nua e crua.
Um homem e uma mulher, ao longo de um casamento de, digamos, 10 anos, conviverão lado a lado 3652 dias, 87600 horas, 5.256.000 minutos. Como eles são humanos, imagino que cometerão ao longo deste tempo alguns deslizes. Se todos eles fossem confessados pergunto-te: Esta união agüentaria tantas verdades incomodativas? Querendo, ou não, uma mentirinha agindo como lubrificante social ajudará a manter a relação.
Não defendo a mentira dolosa, criminosa, que visa lesar, prejudicar o outro.
Por outro lado, já imaginou eu como médico, você como cliente, com tosse, enfraquecido, alguma dor e eu lhe dizendo a verdade absoluta. “Meu amigo, o senhor é portador de um câncer de pulmão inoperável, intratável, deve ter uns três meses de vida pela frente com muito sofrimento e vai morrer com dor, muita falta de ar e botando sangue pela boca”.

Ou depois de uma boa transa a mulher dizer. Sabes Fulano, foi muito bom, mas o sexo oral com o Beltrano continua insuperável"
Não seria encantadora esta resposta, verdadeira, nua e crua? Ou seria preferível uma destas meias verdades, com umas mentiras de permeio que a gente diz nestas horas.
É isto que eu penso sobre verdades absolutas em qualquer campo do subjetivo, ou seja, do amor, ou do tesão.

domingo, 5 de julho de 2009

O VIBRADOR - Incrementando a Vida Sexual

Quando a minha amiga me perguntou sobre o que eu achava dela comprar um vibrador, para dar uma incrementada na sua vida sexual com o marido, me surpreendi com a rapidez, precisão e até com a aparente inquestionabilidade da resposta, principalmente em assuntos que eu costumo dar uma boa avaliada antes de dizer alguma coisa.
- Eu acho ótimo!
Expliquei para ela o porquê e agora o explico para vocês.
Hoje, a vida sexual tem um espaço extremamente importante na vida das pessoas. Como criador de uma intimidade, como elemento lúdico, de
prazer, como manifestação de afeto.
Ora, o vibrador ajuda ao incrementar o prazer da mulher; e ao prazer do homem, de ver a mulher que ele ama, se relaciona, sentido muito prazer, tendo a sua capacidade multi-orgásmica expandida, ou a sua
capacidade em ter prazer e orgasmo aumentada.
Isto porque os vibradores são construídos para vibrarem em uma freqüência que, em contato com o clitóris, grandes e pequenos lábios, fazem com que a grande maioria das mulheres tenha muita sensação de prazer.
Devo dizer que ao contrário do que a maioria dos homens pensa, o vibrador não é para introduzido na vagina e no ânus para que a mulher tenha prazer. Aliás, o percentual de mulheres que gostam de ser penetradas por um vibrador é relativamente pequeno. Os homens é que costumam ter muito prazer em penetrar as mulheres com vibradores. Talvez porque imaginem que isto dá muito prazer a elas. Ou porque o vibrador funcionaria como uma projeção do seu pênis, pois o risco de perder esta ereção não existe.
Se bem que um casal me contou, rindo, que no meio de uma transada o vibrador deles parou. –
Foi uma brochada eletrônica!
Mas o vibrador não é algo que possa ser apresentado para qualquer homem. É necessário que ele já seja uma pessoa madura, autoconfiante, não egoísta. Infelizmente alguns homens ficam assustados com o prazer que a mulher está tendo quando usam o vibrador. Não se dão conta que o vibrador faz parte da transa com ele, como a bebida, a música, o décor, a banheira de hidromassagem y otras cositas más.
Outros homens ficam com inveja do prazer que a mulher está tendo e acabam, por isto, hostilizando o uso do vibrador, fazendo freqüentemente uso da ironia, ou do menosprezo, quando
não da calúnia ou difamação.
Portanto, se você é mulher, gosta do prazer sexual, não se sente uma pessoa preconceituosa e está casada com um homem maduro (neste caso, maduro não tem nada a ver com idade), pode ir comprar um vibrador que é quase “seu prazer garantido ou seu dinheiro de volta”.
PS – O vibrador também pode ser usado para a masturbação. Mas aí o contexto é outro.

sábado, 4 de julho de 2009

Lendo os noticiários não deixo de pensar nos incríveis progressos da Medicina.
Só pode ser por conta dos avanços cirúrgicos que os meus amigos petistas, e seus aliados, estão vivos depois de terem engolido, protegido e até vivado o Sarney.
Sir Ney, como dizia o Millôr, numa época em que o José Ribamar era intragável para os meus citados amigos, que não aceitavam os que o engoliam por conta da aliança para derrotar o Maluf, candidato a presidente da república e, logo após, em nome da salvação da Volta da Democracia, por conta da morte do Tancredo Neves.
Como criticavam, com que ênfase, o Pragmatismo Responsável...
O “É dando que se recebe”!
E como condenavam, censuravam, os que haviam dito isto, agido assim.
Só que...
Parece que Deus, ou o Diabo, resolveu que se deve pagar ainda nesta vida pelo que se aqui se fez.
Não é que Sir Ney é chamado de amigo, de necessário, de aliado imprescindível para a governabilidade desta Terra Brasilis?
Acho que era o Collor que citava, não sei quem, que “O Tempo é o Senhor da Razão”.
Que ironia a mais esta.
Ter de concordar até com o Collor e seus adágios!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sobre Mortos e Cemitérios

Andei esta semana às voltas com cemitérios, túmulos de família. Apenas para constatar que, inobstante pompas, ouros, etc. , a morte é sempre uma coisa triste, solitária e pobre.
Por mais importante que alguém tenha sido na vida da gente, quando ela morre é como se nos afastássemos dela, como quando eu pegava o ônibus em Livramento e vinha para Porto Alegre, embora neste exemplo eu sempre pudesse voltar.
Do morto, a menos que neurotize, ou enlouqueça, não mais ficaremos próximos.
E a memória, me dirão alguns? Esta é sempre enganadora e costuma se esvair. Lentamente, mas se esvai.
Quantos se lembram da 3ª transada? Ela se foi no Tempo. Ou me engano?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sou um admirador dos que têm espírito.
Um amigo meu mandou um torpedo que dizia o seguinte.

O Inter é que nem o Michel Jackson. Está morto, mas vendeu todos os ingressos.

Pois não é que no mesmo dia recebeu outro que dizia.

O Grêmio é como o Elvis Presley. Já morreu, mas tem um monte de gente que acredita que está vivo!

Admiro estas pessoas que têm esta capacidade criativa.

domingo, 14 de junho de 2009

DESTAS COISAS QUE A GENTE OUVE

-Mas o que é que o Fulana está fazendo, aguentando o Sicrano?
-É que ela é tipo mulher espaguete. O cara enrola e depois come.
Pra se dar bem numa rodada de truco, ou de sexo, ou o cara tem uma boa parceria ou uma boa mão!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

AS VEZES É BOM LEMBRAR

Marcelo, 38 anos, escriturário, Porto Alegre – Dr. Carrion, eu e minha mulher vivemos bem e temos uma boa vida sexual. Ocorre que outro dia, de madrugada, vi que ela gemia e quase chorava. Pensei que fosse um pesadelo e fui acorda-la. Para minha surpresa ela me disse que estava se masturbando, estava quase gozando, por isto os gemidos e choramingos. Na hora banquei o superior, na base do “tudo bem”. Mas fiquei com as minhas caraminholas. Pô, eu tava do lado dela, será que eu não a satisfaço mais?
Pô!!, digo eu Marcelo. De onde tu tiraste que mulher casada não se masturba, ou não pode se masturbar, tendo o marido por perto? Ela pode querer se masturbar pelo simples fato de que quer se proporcionar prazer, ou de um determinado jeito, ou ritmo. Porque naquele dia, naquela hora não queria compartilhar este prazer contigo. E por aí vai.
A maior parte dos homens casados, pelo menos me dizem eles e as estatísticas, se masturbam de vez em quando. Porque fazer um escarcéu quando uma mulher faz a mesma coisa? Isto não significa nem desamor, nem que o outro não satisfaça. Significa apenas que, mesmo casados, todos nós conservamos fatias da nossa individualidade.
E, para finalizar, talvez vocês tenham uma boa vida sexual porque ela se dá o direito de se masturbar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A OUTRA & AS OUTRAS

- Dr. Carrion, meu marido é um mulherengo! O que é que eu faço?
Homem que sai com várias mulheres é que nem cachorro que come ovelha. Só matando! (Sentido figurado gente, sentido figurado.)
A solução, as soluções seriam:
Faz de conta que não vê.
Te separa, porque, até ele perder os caninos, vai correr muita água debaixo da ponte.
Não te separa, porque um dia destes ele perde os dentes e fica calminho, calminho.
Não te separa e já que ele deixou o dele de fora, faz tudo aquilo que tu tiveres vontade porque quando ele vier com cobrança tu mostras as duplicatas vencidas dele.
Te separa, porque isto não te agrada e vai fazer a tua vida. Só aprende uma coisa, se pegar homem gostosão (ou metido a), mulherengo, tipo este atual, não vai ficar pensando que tu vais conseguir muda-lo e nem depois vir se queixar que ele sempre tem um rolo.

- Dr. Carrion, meu marido tem outra!
Buenas, vamos por partes, porque aqui a coisa pode ser mais complicada. Que tipo de Outra? Há quanto tempo está com a Outra? Que ligação ele tem com a outra?
Sim, minha senhora, aqui existem detalhes que são importantíssimos, vitais, decisivos. Ele já sabe que você tem conhecimento da Outra? Já lhe falou alguma coisa a respeito da Outra?
A Outra pode ser uma zinha que ele pegou só para fazer um teste, da sua masculinidade, da sua capacidade de conquistar.
A Outra pode have-lo pego. Estas, em geral, assim que o elemento novidade se desgasta são postas de lado.
A Outra pode ser bem mais jovem, o que o ajuda a sentir-se mais jovem. O curioso é que estas ligações duram pouco tempo. Ou o sujeito se cansa da imaturidade delas, ou elas se cansam da maturidade deles.
A Outra pode ser uma paixão antiga, mal resolvida; o que faz com que os desdobramentos, por parte dele, sejam imprevisíveis.
A Outra pode ser alguém que dá para ele o que você não dá. Variações sexuais, colo, um bom ouvido, alguém que levanta a moral dele. Se quiser ficar com ele não adianta só cortar a Outra. Ou ele mente que a largou, ou a troca por outra Outra que você não conhece e que dá a ele o que você não dá. E não adianta ficar reclamando que quando se conheceram, namoraram, noivaram, casaram, se juntaram, se amancebaram, você também não dava isto ou aquilo. Ele simplesmente cansou de não ter isto, ou aquilo, e partiu para o mercado atrás do que lhe faz falta.
O que você deve fazer? Faça o que você achar que deve fazer, pombas! O que serve para aquela cujo marido tinha outras, deve servir para você. Não temos bola de cristal para saber o que é melhor antecipadamente. Se achar que não fez bem, da próxima vez tenta diferente.