sexta-feira, 31 de outubro de 2008

XIXI

Pois andei indo a Livramento para o casamento do filho de um grande amigo meu.
É lógico, pelo menos a mim se me parece, demos uma chegada no free shop. Não estávamos pretendendo comprar nada, principalmente agora que o câmbio deu uma disparada.
Realmente as coisas ficaram mais caras, embora algumas, como bebidas, perfumes, cosméticos ainda valham a pena. Mas os preços afugentaram muita gente. Tinha gente comprando, mas as lojas estavam longe de estarem lotadas. O mesmo se pode dizer dos hotéis e restaurantes.
No entanto o atendimento em alguns lugares, como na Siñeriz, por exemplo, não era exemplar. Parece que as atendentes ficaram viciadas por um tempo em que não importava com atendiam que venderiam tudo que tinham na loja sem esforço. Com isto atendem com uma certa displicência, dá para dizer, má vontade, totalmente inadequados para quem vai precisar vender, e vender bem, para poder sobreviver.
Mas nestas digressões me perdi do meu mote principal.
Na maior parte das lojas não tem banheiros para os clientes.
Ou seja, se a pessoa estiver se borrando tem de sair por aí a procura de um lugar para se aliviar. Uma casa como a Siñeriz, que ocupa todo um quarteirão, não tem um lugar para uma pessoa fazer um xixizinho honesto. Alegam, que existe um decreto. Só que deve ser um decreto só para algumas lojas, pois outras tinham banheiros. E se de fato existe este decreto, convenhamos, é muy burro.
Aliás, nos nossos chiquetérrimos shoppings acontece o mesmo. Todos têm banheiros, mas tem-se que caminhar um monte e em alguns, a menos que se seja um “diseable”, têm-se que subir escadas (Os homens).
Ou seja, todo mundo faz xixi. Mas parece que deve ser feio fazer, pois só se faz depois de um esforço bem grande e, no caso das mulheres, em Rivera, depois de uma certa humilhação.

XIXI

Pois andei indo a Livramento para o casamento do filho de um grande amigo meu.
É lógico, pelo menos a mim se me parece, demos uma chegada no free shop. Não estávamos pretendendo comprar nada, principalmente agora que o câmbio deu uma disparada.
Realmente as coisas ficaram mais caras, embora algumas, como bebidas, perfumes, cosméticos ainda valham a pena. Mas os preços afugentaram muita gente. Tinha gente comprando, mas as lojas estavam longe de estarem lotadas. O mesmo se pode dizer dos hotéis e restaurantes.
No entanto o atendimento em alguns lugares, como na Siñeriz, por exemplo, não era exemplar. Parece que as atendentes ficaram viciadas por um tempo em que não importava com atendiam que venderiam tudo que tinham na loja sem esforço. Com isto atendem com uma certa displicência, dá para dizer, má vontade, totalmente inadequados para quem vai precisar vender, e vender bem, para poder sobreviver.
Mas nestas digressões me perdi do meu mote principal.
Na maior parte das lojas não tem banheiros para os clientes.
Ou seja, se a pessoa estiver se borrando tem de sair por aí a procura de um lugar para se aliviar. Uma casa como a Siñeriz, que ocupa todo um quarteirão, não tem um lugar para uma pessoa fazer um xixizinho honesto. Alegam, que existe um decreto. Só que deve ser um decreto só para algumas lojas, pois outras tinham banheiros. E se de fato existe este decreto, convenhamos, é muy burro.
Aliás, nos nossos chiquetérrimos shoppings acontece o mesmo. Todos têm banheiros, mas tem-se que caminhar um monte e em alguns, a menos que se seja um “diseable”, têm-se que subir escadas (Os homens).
Ou seja, todo mundo faz xixi. Mas parece que deve ser feio fazer, pois só se faz depois de um esforço bem grande e, no caso das mulheres, em Rivera, depois de uma certa humilhação.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A MORTE INÚTIL

Toda a atenção está voltada para a morte da menina Eloá. Todo mundo às voltas com por quês.
Eu me preocupo com a morte do menino/moço IGOR.
Sua única responsabilidade na sua morte era estar onde estava. E isto é inevitável para todos nós.
A morte da Eloá talvez leve a polícia a treinar mais, a estar mais preparada para situações como a que levou ao óbito da garota, até porque casos como o dela se repetirão.
No caso da morte do Igor duvido que algo seja feito de prático. Fulano vai explicar isto. Beltrano aquilo. Cicrano vai se eximir de responsabilidade por... e tudo vai continuar como d’antes no quartel de Abrantes.

DOR DE DENTE

Quero aqui homenagear aqueles que mesmo com dor conseguem ser criativos.
Esta semana fiquei envolvido com uma dor de dente. Nos momentos em que, por me haver entupido de analgésicos e antiinflamatórios, não senti dor, bolei uma série de artigos que mais cedo, ou tarde, vocês lerão por aqui. Nos momentos com dor, só os raciocínios lógicos e matemáticos funcionavam e, assim mesmo, de forma emperrada.
Criar com dor, pelo menos para mim, é missão impossível. Admiro quem consegue.
PS. Exceção às dores do espírito.

domingo, 19 de outubro de 2008

MORTE

Desculpem se volto a abordar um tema de morte e violência, mas desta vez foi o assunto que entrou pela minha porta adentro.
Esta noite um menino, amigo do meu filho, foi baleado e morto em uma festa em que meu filho não foi por um destes acasos da vida.
Além da tragédia, do drama dos pais, do choque dos amigos do rapaz e dos seus pais se soma uma outra tragédia.
As coisas vão continuar assim. Sua morte além de estúpida, cruel, brutal, terá sido em vão. Pois nada irá mudar.
Nos primeiros dias a revolta, talvez uma passeata, o pedido e a promessa de providências, agitem um pouco o cenário em que vivemos, depois, gradativamente, como um lago que teve sua superfície agitada por uma pedra, tudo voltará à mesma pasmaceira.
Parece que ainda não atingimos o fundo do poço. Mais e mais acontecimentos se farão necessários até que uma massa crítica da população, talvez com pedras nas mãos, faça uma mudança de fato ocorrer. Mudanças de direito, de teoria, de projetos, já as tivemos até dizer chega. Os resultados são pífios, ouso dizer contraproducente.
Falta a Mudança. Mas, para esta, faltam CULHÕES.
Até para quem vos escreve estas linhas...

AMOR Y MORTE

No caso do seqüestro e morte em Santo André o rapaz alega que o fez por amor.
Que ele diga isto, que seu advogado alegue isto, até passa. Que a mídia, ou nós aceitemos isto, como se verdade fosse, é que me parece ser um despautério, uma estultice, uma calinada, uma pachecada a toda prova.
Amor não é justificativa para a morte, a dor, o sofrimento, do ser amado.
A necessidade de sentir poder, de controlar, de querer submeter, isto sim justifica o ocorrido.
Alguém não cumprir com os nossos desígnios demonstra a nossa fragilidade frente aos objetivos do outro. A nossa impotência. A nossa inépcia. Ou seja, nos damos conta dos chinelões que somos no que diz respeito à alma, os desejos, os pensamentos, as fantasias do outro que, por ser importante para nós, não admitimos que possa ter vida própria.
Admitir que ele tenha vida própria é ter de admitir que ele pode deixar-nos quando bem entender, deixando-nos as voltas com o vazio que, por não ser por nós controlável, se torna insuportável, intolerável.
E aí, por narcisismo, por auto-idolatria, pensando em recuperar um poder que nunca tivemos, podemos então matar, torturar.
O resto são balelas poéticas, teóricas ou interesseiras, com o intento de dar um cunho nobre para uma ação desprezível e vil.

A DIFICULDADE EM TER PRAZER

Sempre desconfiei da dificuldade dos seres humanos em terem prazer, pela série de obstáculos que a grande maioria das pessoas criam para gozarem do erotismo e do sexo.
Um amigo meu já me dizia.
–Carrion, não te ilude, 70% das pessoas vive mediocremente, independentemente da sua condição sócio-cultural-econômica!
E aquilo que eu observava a respeito da vida sexual vi claramente agora com a tal Lei Seca.
Os bares e restaurantes esvaziaram-se. E, vejam bem, já antes do crack das bolsas de valores.
Não vão a restaurantes para comer, conviver com amigos. Vão para beber com amigos, ou com a comida.
Estes, e aquelas, sem a bebida não têm tanta graça, a ponto de justificar-se uma saída.
Ou seja. As pessoas, se não podem beber, não conseguem se divertir.
Gostaria de saber se o movimento dos motéis também foi alterado. Ou seja, se vale a pena o investimento da despesa do motel se não se puder beber, condição sine qua non para um sujeito se divertir e ter prazer.
Sei que o álcool é um lubrificante social, que ele ajuda a desinibir, mas confesso que não sabia que ele era tão importante assim para um número tão grande de pessoas encontrarem a diversão e o prazer.

sábado, 18 de outubro de 2008

MORTE & SEXO – Uma outra morte anunciada


Não tinha ainda 16 anos. Saúde perfeita. Namoradinha (Mãos nos peitos e, de vez em quando, nas coxas, no máximo). Jogão da final do Brasileirão, entre o Colorado dos Pampas versus o Cruzeiro de Belo Horizonte.
Na hora do cruzamento, aos últimos raios do sol no Gigante do Beira Rio, o cabeceio fulminante do Figueroa. Gol! Gooool! É campeão! É campeão!!
Sentiu algo no coração. Algo estranho no coração.
-Deve ser a emoção.
Até porque uma hora depois a sensação desaparecera completamente.
Uns quinze anos depois estava para inaugurar a sua primeira loja. Os preparativos iam de vento em popa e, pelo ineditismo do empreendimento, estava recebendo uma boa atenção da mídia.
Voltou para casa passado da meia noite. A mulher e a filha dormiam a sono solto. Foi tomar um banho e no banho teve vontade de se masturbar. Não pensou duas vezes e tocou-lhe uma maricota, com a direita e com a canhota. Ao final, pernas frouxas, sentiu novamente aquela sensação estranha no peito, como se o coração tivesse saído do ritmo. Saiu do banho e se acordou quase uma hora depois caído no chão, com a testa doendo porque batera em algum lugar.
Foi quieto para cama, para não alarmar ninguém. Mas com a sensação incomoda a acompanha-lo. No outro dia, apesar de não estar sentindo nada, marcou hora no cardiologista.
Este não encontrou nada. Apenas recomendou que praticasse alguma forma de exercício, pois andava muito sedentário.
Mais uns 15 anos e novo episódio. Não relacionada a nada aparentemente. Não tão dramático, não caiu ao chão, durou menos tempo.
Nova ida ao cardiologista, um outro, que nada revelou. Apenas a recomendação de que fizesse exercício e desse uma moderada na alimentação, pois estava um pouco gordinho.
Seis anos depois; fazia exercícios com alguma regularidade, estava bem de peso. Saiu com uma gata da empresa uns vinte anos menos que ele. Tomou um Viagra e foi para a batalha.
Três na corrida! Na corrida meus senhores! Desempenho elogiadíssimo!
Voltou para casa carregado em triunfo pelos seus Egos.
Não acordou no dia seguinte.
A autópsia mostrou um problema cardíaco.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

RELAÇÕES INSÍPIDAS II

Você pode ir a uma churrascaria, comer um monte de carne, tomar um monte de cevas, fora as batatinhas, as mandioquinhas, as polentinhas e outras coisinhas cheias de calorias.
Imagino que isto deve seduzir tanto a mulher que você convidou para acompanha-lo que ela é capaz de se jogar em cima de você e come-lo em pleno restaurante.
Ou você pode leva-la para o restaurante tipo o da Carol Heckmann, O LUGAR, lá em Gramado.
Os pratos podem ser estes que vocês estão vendo nas fotos.
O preço não é maior do que o você pagaria numa boa churrascaria.
Acho que você seduziria muito mais a sua mulher. Ela seria muito mais fêmea para você. Total, você pensou em algo diferente, distinto para ela. Ela também vai querer ser distinta para você.
Mas não, é melhor ir à churrascaria Potranca da Vovó, que fica perto de casa, boa e barata. É verdade que não servem picanha e nem filé, que o ambiente é mal decorado, mas total, você só foi lá pra comer. Além disto o garçom já o conhece de cor e salteado, sabe das suas manhas e vontades, até lhe consegue uns restos de carne para o cachorro. E pela metade do preço.
E depois você vem me reclamar que ir para a cama com a muié véia é sempre a mesma coisa...

NOTA RÁPIDA

Frente ao furibundo ataque do ator Pedro Cardoso, a respeito do nu, que teria virado quase que uma imposição aos artistas, fiquei pensando o seguinte:
Estaria ele falando em causa própria? Pois se o nu passa a ser exigido e mais ainda condição sine qua non, ele estaria ralado, pois com aquele físico só poderia aparecer em pornochanchadas.
Estaria ele se pondo no papel de summus magistratum, decidindo o que é nu artístico e o que não é?
Pensa ele ser o inquisidor mor, que pode decidir o que podemos ou não ver, de vez que é ele que decide como devem ser os figurinos na medida que, que eu saiba, nenhum ator é obrigado a tirar a roupa. Ou topa, ou não topa. Leis do mercado.
Imagina-se ele o Grande Irmão que irá decidir o que é e o que não é arte?
Cardoso, please, fica no papel de Agostinho, na Grande Família que lá tu tá bem paca, cara! (Sentiram a atualidade da expressão, gurizada dos “enta”?)

NOTA RÁPIDA II

Pois não é que continua a peleia entre os tradicionalistas, ditos machões (via Oscar Gress, presidente do MTG – Movimento Tradicionalista Gaúcho) e os gays, dito, tradicionalistas.
Frescura dos ditos machões. Sempre houve na história da humanidade e, por extensão, na história do Rio Grande do Sul, “gays macho pra caralho, gays bichinha, gays isto, gays aquilo”. Vão querer me contar agora que não havia nas estâncias, nas cargas farroupilhas e em outras ocasiões, dita gloriosas, situações em que homossexuais assumiram o papel que lhes cabia, peão, cavalariano, soldado, independentemente de sua identidade sexual?
Ser gay, ser careca, ser longilíneo, ser isto, ou aquilo é uma característica física humana. O resto é discriminação pura e simples.
Tenho a impressão que, quanto mais o homossexualismo de um sujeito está para aparecer, mais ele tem de alardear o seu heterossexualismo, como se fosse uma arma para se defender do que ele deseja e teme.

NOTA RÁPIDA III

E o seu Aldo Rabelo, todo defensor do idioma pátrio, aceitou de bico calado a nova reforma da ortografia que tem a finalidade de unificar o modo de escrever em Portugal, Brasil e demais países que falam o que se convencionou ser a Última Flor do Lácio.
A língua é uma das formas com que um grupo de pessoas se identifica. De uma penada se cria uma identificação burocrática entre povos que não tem praticamente nada a ver conosco, a não ser num passado bem remoto.
Pobres crianças deste país. Que tem de conviver com regras que lhes fogem a lógica. S tem som de s, e também de z. Que é o som que faz o ç, ou o c. O C, o K, o Q, freqüentemente se entreveram. E por aí vai.
Agora novas mudanças. Caem acentos, modifica-se isto e aquilo.
Não vão me dizer ke voses não entenderiam mais fasilmente se tudo fose eskrito foneticamente?
Mas prá ke fasilitar se é mais fasil complicar? Até porke isto vai dar emprego pra muita jente.
PS. O meu disionário de testo kualifikou este trexo de muito fásil de ler.

RELAÇÕES INSÍPIDAS

Uma das queixas mais comuns que eu vejo os homens manifestarem é de que com o casamento se instala uma rotina sexual monótona.
Que não dá para ter grandes tesões pela mesma mulher depois de algum tempo (Aqui cada um põe o tempo que quiser, uns nos falam em meses, outros em um ou dois anos.).
As mulheres, embora menos queixosas, pelo menos aos meus ouvidos, também lamentam que o Fulano já não é mais gentil, que não mais namora, etc. e tal.
Porém, e eu acho os poréns umas das coisas mais interessantes da existência, se esta mulher arranjar um amante, será uma Messalina com ele. D’autre fois se este homem arranjar uma amante volta a ser um Don Juan.
Portanto o potencial Messalina/Don Juan permaneceu vivo dentro dos dois. Por que guardaram-nos tão ciosamente?
Acredito que a resposta está na palavra PREGUIÇA.
Por isto que o meu amigo Patinho (que é um conselheiro deste escriba) sempre me diz.
“- O (A) Amante é sempre melhor”.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

MORTE & SEXO, um programinha light

Dr. X, 40 anos, médico, recém separado.
Dr. Y, 48 anos, médico, separado há uns 8 anos, boêmio.
Z, 42 anos, separada, advogada, dona de uma loja.
W, 31 anos, solteira, ex-modelo, trabalha com moda.

Local, primeiro uma conhecida churrascaria, depois apartamento de W, finalmente uma rua qualquer.

Y resolve tirar X de casa. Sabia do seu acabrunhamento com a separação, as dificuldades que está sentindo para se adaptar à nova vida, as ambivalências de X frente à separação e a esposa.
A Y Por outro lado lhe agrada a idéia de ter um parceiro para sair.
X topa, embora relutante. É convencido pelo argumento de que vão fazer um programinha light, apenas um reconhecimento de terreno.
Na churrascaria sentam-se em uma mesa situada junto a um ponto de passagem. Uns chopes, polentinhas fininhas, bem fritinhas. Pra distrair o espírito e o corpo.
Passam Z e W. Iam comer alguma coisa e dar também uma olhada no “monde”.
Z conhecia Y, de maneira que da uma paradinha para cumprimentar, um “ola que tal”. Fazem-se
as necessárias apresentações.
Y convida para sentarem juntos. O que é aceito. Aproveita para explicar a situação de X, que saíram para ele tomar um ar, prum programinha light...
W, que não tem nada para fazer depois e quer se divertir um pouquinho pede uma champagne.
E champagne para cá, champagne para lá, fica todo mundo mais leve.
Perto das 22hs, Z diz que tem de ir embora para fechar a loja no shopping. Não vai poder voltar porque tem de fazer uma série de coisas na loja.
Não sei se foi Y, ou W, que propõe saírem dali, pois já estão no local há um bom tempo e quer mudar de ambiente.

W propõe que se vá para a casa dela, pois dia de semana qualquer lugar que venham a ir vai estar a meia boca.
X vai como gato amarrado para banho, mas vai.
O apartamento de W é bonitinho, derrubou um quarto para aumentar a sala, que é bem decorada.
Ela entra, acende umas velas, porque “gosta do colorido da luz, do ar místico que o fogo cria” e põe um som dance e começa a dançar. À medida que dança se excita e vai tirando algumas peças de roupa. Pega um e outro para dançar com ela. Y vai, mas já tentando um certo agarramento, coisa que ela não recusa, mas dá um jeito de dar uma postergada. X se comporta como quem está encurralado. É a dolorosa imagem do desengonzamento.

W pega um baseadinho para ficar mais sensitiva. X e Y agradecem, mas recusam.
W se solta ainda mais.
Nesta hora está só de calcinha e sutiã. Não falta muito e está só de calcinha.
Pega os dois, e os obriga a ficarem junto dela enquanto dança. Alias não tem de fazer muita força para que Y faça isto. Já X...
Mais excitada ainda diz que quer ouvir uns palavrões, que ela é uma vadia, uma puta. Pede que lhe dêem uns tapas na bunda e
no rosto.
O resto podem imaginar...
Dois dias depois X volta para a esposa.
Questionado por conhecidos, conta a experiência e acresce:
-Se um programinha light é assim, imaginem o que viria depois!!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Por que Eles desaparecem sem deixar vestígios?

Li a reportagem na Zero Hora no caderno de domingo, e hoje no ClicRBS.
Como adoro uma polêmica e me meter no assunto dos outros, não iria perder uma ocasião como esta em que o cavalo se me passa encilhado na frente.
Tenho a minha tese.
Homem nem sempre sabe o que quer. O Índio Veio sai pra noite pra dá uma bisoiada, dá de cara com uma Fulana que lhe agrada, sai com ela e depois como não queria mais nada, adeus tia Chica, até porque ele não leu o livro de boas maneiras da Célia Ribeiro.
O Cara até sabe mais o menos o que ele quer. Sai com a Percanta, ela não é bem isto que ele queria e de novo: No já se vamo, já se fumo, e não dá mais notícias. Também não leu a Célia Ribeiro.
O Tipo sai, quer dar umazinha, encontra uma que acha que dando umazinha vai conseguir fisga-lo, dá esta umazinha, ele ficou satisfeito, vai embora e nem saludos. Também não leu a Célia
Ribeiro.
O Indivíduo até sabe o que quer (aqui nem interessa muito o que ele quer), só que a saída foi uma droga (a expressão correta até que é outra, mas esta é uma página de respeito e não tô aqui pra dizerem que eu tô ensinando palavrão pra gurizada), e ele, frente aos olhinhos de cachorrinho pidão dela, se afrouxou e, não sabendo como dizer que não quer mais vê-la, nem pintada de dourado, prefere a fuga, o arrancar-se, o azular, o mandar sebo nas canelas. Como também não leu o livro da Célia Ribeiro, fica quieto como porco no milho.
Enfim. Porque os Homens somem, desaparecem, escafedem-se, escapolem-se, evadem-se, desacampam-se?
Tudo porque não leram o livro de boas maneiras da Célia Ribeiro e não querem se incomodar e, ou, magoar a moça, a donzela, a rapariga, a mina.
Portanto minhas lindas representantes do sexo feminino, quando forem sair com um mancebo, dêem-lhe um exemplar do livro da Célia Ribeiro, de preferência marcado na página, que suponho que ele deva ter, COMO DIZER QUE NÃO SE QUER MAIS SAIR COM ALGUÉM.
E também não dá para esquecer: Quando o amor é pouco, ele logo acaba, e duas pessoas ficarem juntas, sem amor, é muito complicado.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O DEBATE

Ontem me predispus a ver o debate entre os candidatos a prefeitura de Porto Alegre.
Após uns 20 minutos desisti.
Em primeiro lugar porque debate, propriamente dito não há.
Fulano pergunta para Cicrano tal coisa. Cicrano responde o que quer. Beltrano contrapõe o que quer e Cicrano encerra com o que quiser. Resultado o assunto foi apenas tangenciado, se o foi.
Cicrano faz uma pergunta para Mengano, a respeito da administração de Fulano. Ai resposta, réplica e tréplica são a respeito da administração do Fulano, que não pode falar. Ou seja, os dois me dizem que a administração do Fulano não é boa, mas não discutem entre eles as suas diferenças a respeito de suas propostas.
Fulano diz a que prefeitura estava em tal estado quando assumiu. Mengano me responde que estava em ótimas condições quando seu partido a entregou. Como ninguém fala nos números e de onde eles saíram, fico sem saber quem tem razão. Pois colocar créditos a receber, como se fosse um dinheiro de verdade em caixa, para mim é algo quase sórdido para enganar incautos.
Debate tem de ter idéias, emoções, “sangue”. O que eu vejo nestes debates é algo estéril, asséptico, cheio de regras, que impedem que determinados detalhes aflorem e com eles a revelação de algo, para mim, importante.
Enfim, debate na TV hoje me mostra mais que os candidatos escondem verdades. O que me mostram é sempre etéreo, vago, utópico e idealístico. E disto eu tenho medo.
Foto ClicRBS

UTILIDADE PÚBLICA

Blog é KULTUR, blog é também educativo.
Vai pois aqui uma dica.
Um dos trabalhos vencedores do Prêmio IgNóbil deste ano é o seguinte:
EconomiaGeoffrey Miller, Joshua Tyber e Brent Jordan por estudarem que strippers ganham mais dinheiro quando estão no pico do período fértil.
Estes trabalhos, para quem não sabem, são feitos com metodologia científica.
A minha sugestão é que, quando uma mulher estiver a fim de qualquer coisa que envolva homem, deve aproveitar este período do seu ciclo.
Depois dizem que não se aproveita nada neste Espaço Cultural...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

SEXO & MORTE - A QUEDA

Sabia que não devia.
Já tivera moto, dirigia bem, até tomara alguns buléus sem conseqüências maiores. Mas fazia anos que não subia em uma.
Principalmente aquela máquina de 850 cc, com turbo, corpo esguio e leve, negra, uma máquina de mórbida sensualidade. Uma fera.
Como nos desenhos animados sentia o seu anjinho da guarda dizendo: -Não vai.

E o diabinho: -Deixa de ser cagão. Vai devagar. Aproveita. Só se vive uma vez.
Os amigos, ao incentivarem, fizeram-no decidir-se.
Ligou o motor que ronronou como um grande felino, passou a mão pelos comandos com um prazer quase erótico e saiu.
O ar no rosto, a sensação incrível de mobilidade, a impressão de ser o dono da potência do mundo, começou a sentir-se onipotente.
Se, a princípio, cauteloso, até com medo, logo logo passou a sentir uma audácia infantil, insensata, desatinada, irresponsável, ir tomando conta de si. Mas foda-se! Era bom demais...
Saiu da estrada vicinal e entrou no asfalto.
1ª, 2ª, 3ª, 8500 giros, 125 km/h, “não existem limites!”.
Na primeira curva, uma pequena camada de areia dourava o asfalto negro.
“Me fodi!”
A última lembrança era de árvores, eucaliptos?, vindo em sua direção.
Pouco depois alguém chegava no sítio onde estavam os amigos.
-Era daqui um cara que saiu numa moto preta? Ele bateu ali perto do armazém do seu Gumercindo e morreu.