segunda-feira, 31 de março de 2008

VELOCIDADE SEXUAL

Há algum tempo, uma amiga minha rondando os quarenta, um mulheraço, como diríamos na fronteira, mulher pra mais de quatrocentos talheres, veio me falar que ela, e amigas, andavam desgostosas com os homens que se entupiam dos Viagras e Cialis da vida e depois ficavam horas até gozar, se é que chegavam a gozar.
Enquanto isto, elas, que de início tinha achado tudo muito bem, tudo muito bom, ficavam cansadas, entediadas, machucadas, incomodadas, achando, muitas vezes, o cara um chato. E o pior é que ele saia sentindo-se um galo. “Tchê, deixei a mulher de quatro, se arrastando.” Na verdade sairá de quatro de cansada, sem prazer, as vezes ardida.
Perguntava-me ela. O quê fazer?
Simples, que eles tomassem quantidades menores, que conversassem com um andrologista ou terapeuta sexual para saber a dose adequada.
Isto me reportou a pergunta que um santanense me fez alguns anos atrás. “Pô Quadrado, tá feia a coisa. A gente passou a vida inteira tentando ganhar campeonato pra vê quem ia gozar primeiro. Agora as gurias querem que a gente demore até elas gozá. As vezes eu não consigo! O que é que eu faço?”
E aí é que está o mais importante. Que não é gozar rápido, nem muito demorado. É gozar no momento adequado naquela relação, com aquela mulher. Mas pra isto o cara têm de aprender a controlar a sua ejaculação. O que dá trabalho em aprender. Mas depois acaba valendo a pena.

domingo, 30 de março de 2008

MEU ANIVERSÁRIO

Sempre me perguntam se eu vou fazer festa de aniversário. Sempre digo que não. Que não gosto. Que não me agrada fazer aniversário, desde os 15 a 17 anos.
Aí sempre me dizem que eu deveria ficar contente, que isto de que mais um ano se passou é bobagem.

Pois o Millôr Fernandez conseguiu fazer o Hai Kai que eu gostaria de fazer.




Aniversário é uma festa

Pra te lembrar

Do que resta.

BRÓCOLIS, CARNE VERMELHA, CAVALOS E TARTARUGAS

Escrevi no blog da "calçolas" o que se segue.


Mas gostei do que escrevi e resolvi publicar aqui também.


Minha tese é a seguinte:Cavalo só come verde, faz exercício, dorme cedo. Vive uns 20 anos.Tartaruga fica ali na dela, come de tudo, mais se arrasta. Vive mais de 300 anos.Portanto verde e exercícios fazem mal a saúde.Atenção senhores e senhoras jornalistas.Meu sonho é chegar inteiro aos 100 anos e ser entrevistado e receber aquela pergunta tradicional e inteligente: A que o senhor atribui a sua longevidade, e saúde? E eu poder responder. Muita mulher, muita carne vermelha, muito colesterol, nada de verde e de exercício! Acho que assim valeria a pena chegar aos 100.












O PARANÓICO , LEMBRANÇAS SEXUAIS DA MINHA MACONDO

Tinha uma canção infantil que dizia.
Um elefante incomoda muita gente...
Dois elefantes incomodam muito mais...
Três elefantes incomodam muita gente...
Quatro elefantes incomodam muito mais...
e por aí ia.
Acho que um paranóico incomoda muita gente, dois paranóicos incomodam muito mais ...
Isto porque os paranóicos sempre têm razão! Não toda, é lógico, mas eles partem de um núcleo de verdade e, a partir deste, constroem um castelo imaginário.
Numa das Macondos da minha vida, existia um paranóico. O cara até que era legal. Mas sempre desconfiava que havia uma mutreta, uma sacanagem, um problema em tudo que se propunha para ele. Mas era num grau que não incomodava muito, bem suportável, diríamos até pitoresco.
O problema é que a paranóia vai piorando com os anos.

No caso dele, o coup de main ocorreu quando ele casou.
E. não tinha nada de especial. Principalmente na beleza. Em termos de caráter deveria ter seu caso encaminhado para o Sumo Pontífice para ser canonizada ainda em vida, pois, agüentar o nosso paranóico não deveria ser fácil.
Não desconfiava dela. Mas sempre achava que alguém estava dando em cima dela. Sempre tinha alguém querendo come-la.
Ocorre que, neste período, chega em Macondo um novo gerente de banco. Trinta e poucos anos, bem apessoado, simpático, dotado de um físico bem cuidado. Era casado, tinha dois filhos e, por força de ofício, tratava todo mundo bem. As pessoas precisavam dele, mas ele precisava das pessoas, até por conta da concorrência.
Buenas, não demorou muito e o Paranóico começou a desconfiar que o gerente estava dando em cima de sua mulher. Qualquer gesto, qualquer olhar, já era interpretado como uma tentativa de sedução.
Passou a gravitar em torno de dois pólos, o gerente, ou a sua mulher. A vida passou-lhe a ser insuportável. E, como bom paranóico que era, via as evidências crescerem dia a dia.
A sorte é que não era um sujeito violento. Podia ficar no gritaredo mas disto não passava.
Só que um dia não agüentando mais resolveu tomar providências, só que pela via legal.
Foi na Delegacia de Polícia e relatou o caso, imagino eu, ao Delegado. Eram tantas as provas, as descrições, que o Delegado lhe sugeriu que procurasse um advogado para a tomada de medidas cabíveis.
Ocorre que há pouco tempo havia se instalado na região um novo advogado. Formado há pouco, estava louco de vontade de fazer carreira, nome, mostrar que era um sujeito atualizado e, é lógico, ganhar uns pilas.
Nosso hôme foi lá, contou o causo, e o advogado propôs várias ações. Numa delas iriam pegar o pecador.
Claro que numa cidade do interior a notícia se espalhou como fogo na gasolina. Em dois toques todo mundo sabia de um detalhe a mais. Cada vez mais escabroso, bizarro, inédito. Todas as perversões possíveis e imagináveis eram imaginadas e contadas como realidade.
O conversê chegou aos ouvidos da esposa do gerente. Mulher de pêlo nas ventas, não se fez de rogada, deu pro primeiro bonitinho e limpinho que lhe apareceu pela frente. Que também era casado. A esposa deste, Macondense de fina cepa, descobriu o que ocorrera mas não deu, ou, se o fez, o fez de maneira discreta e sigilosa. Mas levou o assunto a todas as rodas possíveis. Com todas as sordidezes possíveis.
Levadas a instâncias mais elevadas e ponderadas, os loqueteios do Paranóico foram desvendados.
Mas o resultado final foi, no mínimo, trágico.
O Paranóico ficou conhecido como Paranóico.
O Gerente não se livrou mais da fama de Corno.
A mulher do gerente passou a ver usado o apodo, Fulana de Tal, a que deu para o Sr. X.
O Sr. X teve de conviver com a glória e a tragédia. Glória de comedor. Tragédia de ter um pau pequeno e trepar mal, conforme as santas palavras de sua esposa, testemunha que todos, para o próprio deleite, diziam ser inquestionável.
A esposa do sr. X passou a ser a pobre mulher que tinha de manter o casamento por conta das aparências, porque ruim com ele, pior sem ele; porque, que se há de fazer?, homem é tudo igual!
O Jovem Causídico ficou com a fama de morto de fome que tinha de pegar qualquer coisa que passasse na frente.
O Delegado passou a ter fama de ingênuo e a receber conselhos de que deveria tomar mais cuidado ao ouvir certos depoimentos.
E a mulher do Paranóico? Esta continuou onde sempre esteve. Nas sombras do limbo, sendo apenas um nada que o Paranóico cobria com as qualidades, ou defeitos, que bem entendesse.

sábado, 29 de março de 2008

MEU ANIVERSÁRIO E A REVOLUÇÃO

Faço aniversário dia 29 de março. Com isto consigo me lembrar de coisas relacionadas com esta data.
Na minha família sempre houve políticos. Meu pai era prócer do PTB, do antigo, do original. Portanto era um homem de esquerda, pelo menos filosoficamente e ideologicamente. Para outras coisas ele era um fidalgo, um aristocrata, um homem do Iluminismo.
Portanto, discussões sobre eleições, partidos, pontos de vistas, sempre fizeram parte do meu dia a dia.
Em janeiro de 64, a bordo de um SIMCA CHAMBORD, três andorinhas
(Quem viveu naquela época sabe do que estou falando.), fizemos uma viagem que, hoje me dou conta, foi colossal.
Saímos de Livramento e fomos, Porto Alegre, Lages, Curitiba, São Paulo, Santos, cidades históricas de Minas, Belo Horizonte, Muriaé, duas ou três cidadezinhas à beira da estrada até Vitória da Conquista, Salvador, interior da Bahia e Pernambuco, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Rio/Bahia, Volta Redonda, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e, por ironia do destino, no entroncamento Livramento/Rosário/D.Pedrito, a trinta km de Livramento, o carro enguiçou. Mas chegamos.
Na época, a perspectiva da eleição marcada para 65 empolgava. Em tudo que era morro, muro, pouco se usava outdoors e painéis, estavam escrito o JK 65 e o CL 65. Ou seja, Juscelino e Carlos Lacerda. O Construtor, o Homem do Progresso, versus o Corvo, o Homem que matou o Getúlio.
Nós éramos juscelinistas de carteirinha.
A briga ideológica era furiosa. De um lado uma direita que ameaçava com o risco dos-comunistas-comedores-de-criancinhas. Com o Paredón, pois Castro tomara o poder há pouco tempo e neste breve período de tempo mandara fuzilar mais gente do que o Fulgêncio Batista durante a sua ditadura. Os milhares de cubano que começaram a fugir para Miami serviam para assustar todas as Direitas possíveis. Uma piada da época dizia que os tubarões do Caribe nunca estiveram tão gordos por conta dos banquetes que faziam. De outro, uma Esquerda que gritava contra as injustiças sociais, com a necessidade de grandes mudanças sociais que eles fariam. Que nem hoje, só que na época eu acreditava nos esquerdistas. Os da Direita eu não acreditava há um bom tempo. Via-os como egoístas, reacionários, os beneficiários das grandes falcatruas da época.
Naquele ano eu fazia 15 anos.
Não fizemos uma grande festa. Apenas primos e tios. Um primo me emprestou um casaco e eu o usei com gravata. Acho que foi a primeira vez na vida que usei este tipo de vestuário. Talvez fosse um sinal de que eu estaria entrando em uma nova época. Mal sabia eu que o Brasil também.

Ainda estávamos empolgados com o “sucesso” do Comício da Central do Brasil, onde o Jango anunciara as reformas de base que pareciam abrir uma nova fase nas relações sociais do Brasil.
Prestes anunciava aos quatro ventos que, se a Direita ousasse por a cabeça para fora, seria para ser decapitada. Brizola, Miguel Arraes, Francisco Julião, quais Chavez e Evos Morales, nos diziam que o futuro era um só. Ver a grande vitória do Socialismo e ir ao enterro do Capitalismo.
E eu acreditava... E eu acreditava neles...
Dia 31, ao cair da tarde, eu chegava em casa após haver ido comprar pão, de carro. Velhos tempos aqueles em que a vida era simples e que um guri de 15 anos dirigir não era visto como problema, pelo menos nas cidades do interior. Meu pai estava na frente de casa. Não lembro o que eu disse para ele. Mas ele respondeu. –Parece que as coisas estão feias lá em cima. O dia 1, em Livramento, teve aquela calma que antecede os temporais. No dia depois a procela desencadeou de vez. Depois de dois, ou três dias, para meu desgosto de guri, não havia mais resistência prática e tudo voltou ao normal, por normal entenda-se volta às aulas. Na época da Legalidade tivéramos quase 15 dias de férias, o que eu achara uma maravilha.
Castelo Branco tomava posse. Os nossos heróis haviam sido absolutamente incompetentes em
prever e resistir ao golpe. Rivera se encheu de exilados políticos. Estes copiavam a sociedade capitalista. Havia os ricos e os pobres. E os ricos não ajudavam os pobres. Igualzinho ao que a direita reacionária fazia. E eles se reuniam nos bares e planejavam contra revoluções que nunca se concretizaram. . Todos eles diziam que, quando voltassem, não só a Direita iria pagar por tudo que fizera com eles, como também iriam se recompensar pelo que estavam sofrendo. Foi neste momento que colocaram a última pá de cal nas minhas crenças na esquerda
A Direita não pagou, a não ser, talvez, um, ou outro, bode expiatório. Mas nós, classe média e trabalhadores em geral, é que pagamos, e continuamos pagando pelas mazelas que eles passaram.
Esta foi a minha entrada no mundo dos adultos. Só faltava o SEXO, mas este veio logo depois, e acho que ajudou a compensar tudo o mais.

terça-feira, 25 de março de 2008

IMITANDO A ARTE


À Borges e No Place For Old Man


De vez em quando a gente é tomado por um surto de adolescência. O que eu acho muito saudável, desde que não seja um lugar claramente impróprio.
Sempre digo que um homem adulto, sério, compenetrado, na beira da praia é um chato.
Por isto, de tanto em vez, me permito algumas voltas à juventude.
Havíamos chegado a um lugarejo, destes em que o Tempo um dia passou, resolveu ficar, e qual um Macunaíma, foi pego por uma lezeira e foi permanecendo, cada vez mais remansoso, cada vez mais parado. Era tudo tão plácido, tão estático que era de se perguntar se as prostitutas do lugar, porque sempre as há, seriam capazes de fazer “um instante”, ou dar uma rapidinha. Quanto aos homens, não consigo pensar que, com toda aquela calma ao seu derredor, algum tivesse ejaculação precoce.
O pessoal foi em busca d’um armazém de um casal de alemães, que eram famosos pelos seus pastéis, divinos, quase etéreos, e pelos doces em calda, que lembravam, dizem, comentavam, os da infância querida que os anos não trazem mais.
Eu, provavelmente tomado pelo espírito do lugar, resolvi ficar à sombra de uma árvore que tinha um banco para sentar. Ali fiquei curtindo o silêncio e os discretos afetos de uma brisa ingênua e frágil. Também porque não sou homem de andar debaixo de um sol a pino à procura de pastéis; mesmo que fossem os de Santa Clara, de Pelotas.
Pero, como el ócio es el casillero del diablo, dali a pouco eu já estava assuntando o que havia ao meu redor. Na rua ninguém. Não sabia para que lado o pessoal havia ido. Até onde eu podia enxergar só haviam duas portas abertas. Uma de uma mistura de boteco com armazém, e a outra abaixo de um letreiro que dizia: O REI DAS FACAS.
Tomado pela curiosidade, que é uma das coisas que pode me matar, se é que eu vou um dia morrer, resolvi dar uma olhada.
Penetrei numa peça, agradável pela luminosidade rica em contrastes de sombras e luzes, onde por toda a parte se via facas e outros objetos de cutelaria.
Não demorou muito e ouvi um ahrram, de alguém que assim se fazia anunciar. Era um homem um pouco mais alto e forte que eu, o que não é difícil de encontrar, com um bigodão dos d’antanho, mas aparentando calma, tranqüilidade, um-de-bem-com-a-vida, que fazia com que, de cara, viesse a simpatizar com ele.
O que não impediu que o gremilinzinho que havia despertado dentro de mim levasse adiante os seus propósitos nada beatíficos.
- Posso lhe ajudar?
- Não, não. Só estou mirando um poco.
- Bueno, fique à vontade.
E lá fiquei eu a olhar todo o tipo de faca, facão, machete, feitos de “aço do melhor”, ou seja, de lâminas de feixe de molas de suspensão de automóvel, conforme ele me ia explicando, sempre tentando puxar um assunto.
- Mas o senhor tem em mira algum tipo de faca?
- Não, na verdade eu ando atrás é de um punhal.
- Ala pucha! Punhal eu não tenho aqui. Só faço por encomenda.
- E quanto tempo demora para entregar um, encomendando agora?
- No mínimo uma semana, porque hay que blandear muy bien o aço pra ele ser bom.
- Que pena, porque devo ir embora daqui a pouco e acho que não volto tão cedo.
- Mas que mal pergunte. Que tipo de punhal o senhor quer?
- Um que um homem não se envergonhe de ter sido morto por ele.
A resposta o pegou de surpresa. Ficou meio sem jeito, sem saber se eu falava sério, ou estava brincando. Após uns instantes em que se via escrito em sua testa, pergunto, ou não pergunto?, ele perguntou.
- Tá pensando em matar alguém?
- Eu não disse isto. Disse que queria um punhal para um sujeito não se envergonhar por haver sido morto por ele. Acho que ninguém gosta de ser morto. Principalmente por uma faca bagaceira. Já imaginou o cara morrendo e vendo que mataram ele com uma faca de cortar lingüiça em cima do balcão? Ou pior ainda, de serrinha, prá cortar o pão!?
Neste momento um turbilhão de idéias e sentimentos transbordaram pelos seus olhos. Ficava me olhando com as dúvidas a faiscarem nos olhos. Seria gozação. Seria eu um louco. Seria um ..., sei lá o que?
A voz do pessoal me chamando rompeu com o impasse. Agradeci a sua atenção e saí da “O REI DAS FACAS”. Ele primeiro me seguiu com o olhar, depois ficou na porta bombeando para que lado eu enveredava e o que iria fazer. Pegamos o carro e partimos. Ele nos perdeu de vista e nós a ele.
Até agora fico pensando no que ele deve haver pensado. Nas conversas que deve haver tido com os amigos, talvez até mesmo naquele boteco. Os seus comentários. Fico contente se houver conseguido lhe dar um pouco de emoção, pelo menos uma emoção diferente daquelas de sua pachorrenta vida.
Quanto aos pastéis, achei-os ótimos, embora os tenha comido frio. Mas os doces... Muy pesados.

FIDEL CASTRO

Uns insistem que Fidel ainda manda alguma coisa. Outros lamentam que ele ainda esteja vivo e não tenha sido julgado por seus crimes.
O que a grande maioria não sabe, ou não quer saber, é que ele está pagando os seus pecados em vida.
Já imaginaram, um sujeito que a vida inteira mandou e desmandou. Que a sua vontade era lei. Agora é um velho caquético em cima da cama, não mandando, provavelmente, em seus esfíncteres. Dependendo de tudo e de todos. Prisioneiro de uma imagem. Vendo seu corpo e sua mente deteriorarem-se de forma gradativa e inexorável. Ou alguém acredita em comunicados oficiais. Ou nas declarações dos Chavez da vida. Ou alguém ainda se ilude com as fotos distribuidas (Vide as fotos do Stalin com antigos camaradas, do Tancredo em sua agonia, por exemplo.) Não deixa de ser uma ironia a possibilidade de que seu final de vida seja uma repetição da do Salazar (Que era chefe de governo - ditatorial - de Portugal e que passou o final de seus dias em uma cama, fazendo de conta que governava e sendo iludido que governava. Também tinha visitas oficiais.)
É triste, para a imagem que eles faziam de si, a morte, decadente, de alguns ditadores.
Pinochet, Pol Pot, Mussolini.
Outros foram ditadores e morreram como ditadores. Determinaram as suas mortes, ou foram pegos de surpresa pela Carpa.
Num banho de sangue. O suicídio do Hitler sob os escombros de Berlim e do Reich dos Mil Anos.
Fuzilados como Ceausescu.
Praticamente de uma maneira súbita, como Stalin.
Morreram com a sensação de que em alguma coisa ainda mandavam, ou, pelo menos, foram poucas as horas em que se deram conta da sua chinelice.
Evitaram o apodrecimento em vida.

segunda-feira, 24 de março de 2008

ALGUMAS LEMBRANÇAS SEXUAIS DE LIVRAMENTO

Se os mineiros só são solidários no câncer, os santanenses só o são nas sacanagens sexuais. E nas sexuais só, sejamos explícitos.
Se os homens nunca precisaram se resguardar muito, pois lá se vivia num saudável ambiente machista, das mulheres se exigia que fizessem as suas sacanagens no mais absoluto decoro.
Para isto muitas delas tinham de inventar viagens, para visitar a tia Cocota, uma avó doente, um especialista na capital e por aí vai.
Ocorre que em Porto Alegre existia um bar que era para a mais pura caçação (É assim que se escreve?).
Numa bela noite outonal, um senhor casado, de ilibada reputação, resolve dar uma saidinha, sozinho, para assuntar um pouco da noite da capital.
E se tocou para o tal bar. Em lá chegando, dá de cara com uma destas figuras insignes do
impolutismo matriarcal rural.
Passado o primeiro impacto do encontro, a senhora abre-se num sorriso e diz:
-Fulano! Que surpresa! Viestes para o aniversário da Beltrana?
Ao que prontamente ele respondeu.
-Sim! Tinha ouvido falar que iam fazer uma festa surpresa para ela, e eu resolvi passear por uns bares para ver se achava vocês!
-Que bom! Nos achastes de cara. Vêm prá mesa!
E lá ficaram todos libando por um aniversário que não existia, mas que serviu para a construção de pontes bem interessantes.
Claro que tudo ficou em sigilo. Aquele sigilo do tipo:
“Olha, eu vou te contar, mas não me conta prá ninguém, porque se não vai ser um escândalo.”
Contaram, é lógico, e quem ouvia sempre dizia.
–Esta é velha, já sabia há muito tempo!
Pois, como se sabe, santanense sempre sabe de tudo.

PEDÁGIOS

Sou a favor dos pedágios. Acho que determinadas estradas devem ser pedagiadas, para que sobre dinheiro para estradas secundárias que exigem frequentes reparações.
Mas o que se paga de pedágio em algumas estradas, para o que elas oferecem, por exemplo, a BR 116 entre Porto Alegre-Pelotas, é algo que se aproxima da palavra roubo.
Não sou o primeiro, aliás, sou um pingo d'agua num oceano dos que reclamam, nem serei o último. Mas como isto não muda, SEJAM GOVERNOS DO PARTIDO QUE FOREM, imagino que devam existir motivo$ muito FORTE$ para que nada seja feito.

TURISMO, INFRA-ESTRUTURA, CONSERVAÇÃO E GRANA, MUITA GRANA

Num vapt-vupt, passei por Jaguarão, Pelotas, Praia do Laranjal e São Lourenço.
Todos estes lugares têm paisagens, obras de arte, uma arquitetura colonial ibérica maravilhosa, mas ...
Falta infra-estrutura.
Faltam hotéis em Jaguarão, Laranjal e São Lourenço (Neste último tem um, mas está mal conservado.). Pelotas tem uma boa rede hoteleira. Mas acho uma pena que não se restaure o Grande Hotel como um hotel de luxo de época. Já a pousada da Charqueada Santa Rita é um must.
Nos restaurantes se come bem, e barato. Mas podia se ter mais coisas da culinária típica, ou de frutos do mar. Um pouco de sofisticação não faria mal.
A gentileza das pessoas, e a atenção carinhosa com que se é recebido impressionam.
Para se ter uma idéia. Terminamos de jantar numa parrilla e perguntamos onde havia um ponto de táxi. O proprietário veio até nós e perguntou onde estávamos parando. Explicamos e ele disse:
- Deixa que eu levo vocês.
O nome da Parrilla é Barranco, e fica junto ao Free Shop de Jaguarão, perto da Neutral.
O único ponto negativo é a má conservação de prédios, monumentos, e a falta, aparente, de planejamento de conservação para manutenção de um patrimônio histórico. Com o que se teria um novo pólo turístico que levará grana e oportunidades para a região.
As obras de conservação, por conta dos diversos governos, foram limitadas a momentos de inauguração, de entrega ao público, da colocação da placa, para eternizar o nome do político.
Depois, a Decadência, sempre à espreita, se infiltra pelas frinchas do descaso e cria condições para que, mais tarde, se tenha ocasião para mais uma “entrega ao público”.
Fico pensando na falta que nos faz uma multidão de Evas Sopher (Para quem não sabe é a pessoa que cuida do Theatro São Pedro, e como cuida.). Ela desmascara tudo o que se diz a respeito do cuidado com o Bem Público. É verdade que para isto ela é, muitas vezes, ditatorial. Mas, se não o fosse, o Theatro São Pedro voltaria a ser o pardieiro que eu conheci nos anos 60.
A casa da fazenda do Bento Gonçalves é um exemplo do que estou falando. Maravilhosamente bem localizada junto ao rio Camaquã, perto de Cristal, é só um casarão bem conservado. As peças do museu, e tem coisas boas lá, parece que foram jogadas lá para dentro por alguém bem intencionado e que não sabia como dispô-las de um modo adequado. Além disto, visto a vol d’oiseaux, se tem a impressão que, tirando uma limpeza com espanador, nada mais se faz.
Se se vai a um museu europeu, só a conservação e a disposição das peças, já são, de per se, uma atração para qualquer ponto turístico, chame-se ele museu, ou nome que bem entenderem de dar.
Aqui tudo isto é relegado a um segundo plano. E tenho certeza de que, se se pagasse para arquivistas, museólogos e afins, o que se paga a dezenas, se não centenas, de aspones, teríamos um patrimônio histórico que geraria muitas receitas. Mas isto não dá votos de imediato. Portanto esqueçam estes delírios deste vosso escriba.
E tratem de ir a estes lugares antes que eles desapareçam!

domingo, 23 de março de 2008

PRAIA DO LARANJAL

Já fui muito a Pelotas, e em Pelotas adorava ir na Praia do Laranjal. Ela tinha e, felizmente, ainda tem, aquele ar bucólico que sempre parece estar ligado a passados idílicos.
O Laranjal continua lindo na sua simplicidade interiorana. É simples, sem ser simplório. Sua paisagem é delicada, sutil, sua sofisticação pastoril não agride.
Pena os carros de som. Uma mania que havia visto em Camboriu e que parece que lá, felizmente foi erradicada.

Parece que cada guri pensa que a altura do seu som vai mostrar o como ele é potente. Só que a prática mostra que é bem o contrário. Quanto mais o cara exibe o tamanho do carro, a potência do motor, os decibéis do seu som, menor o tamanho do seu instrumento, ou fajuto o seu desempenho.

Não quero tirar o instrumento de compensação dos mal dotados, mas, assim como tem lugar para pescar, para surfar, bem que se poderia criar o espaço da compensação. E, quem quisesse curtir o som da natureza, passaria a ter o seu espaço.
A minha mulher, a Débora, captou um momento idílico desta tarde.

DEU NO JORNAL

PARA DELEGADO, TORTURADOR FOI CRUEL
Meu Deus! E eu que cheguei a pensar que com o progresso, a civilização, se havia chegado a um ponto de ser possível torturar sem crueldade!
Como eu ainda tenho que aprender!...

JAGUARÃO

Só para repetir uma daquelas frases pueris, meio debilóides, sentimentalóides de falsa cultura profunda. Mas... Fazer o que? O escriba também é, ou precisa ser, um pouco pueril, debilóide, sentimentalóide.
Jaguarão é uma cidade que deve ser visitada antes que o nosso, brasileiro, dito progresso irracionalista tome conta e a destrua em nome da modernidade. Que é como se traveste a especulação imobiliaria e a falta de visão dos edís e prefeitos, mais de olho na próxima eleição e na sua popularidade frente a comunidade, que costuma ser miope, do que pensar no futuro. Os próprios americanos deram-se conta de que era necessário colocar um freio para se ter um passado. Os europeus descobriram isto muito antes.
Já surgiram alguns monstrinhos, felizmente ainda não monstrengos do “novo”. Mas dá para salvar a essência, do final do século XIX até os anos 30.
Não é uma Ouro Preto, mas não faz feio frente a outras cidades denominadas históricas.
Com o Free Shop, do lado dos hermanos, o afluxo de turistas está garantido. Mas falta ainda um bom hotel. O que paramos é o famoso BBB. Para mim tudo bem. Mas, para aqueles que querem algo mais sofisticado, não serve.
Como a cidade é pequena, bem pequena, é ainda barbada comprar um terrenão na periferia e fazer um ótimo hotel no meio de um parque. Como é a cidade de free shop mais próxima de Porto Alegre, turistas vai ser o que não vai faltar. Muitos preferem se hospedar em Pelotas que fica a uma hora e meia de Jaguarão
Mas como manutenção é uma palavra desconhecida pelo poder e pelo público.
Diria:
CONHEÇAM JAGUARÃO ANTES QUE ESTA JAGUARÃO ACABE!


PS - Rio Branco, no Uruguay, que não fica junto ao Free Shop, fica a um quilometro dele, serve para mostrar como é uma cidadezinha-vila do Uruguay, pobre, mas com dignidadade, tem apenas um restaurante, uma churrascaria, bem apresentável. O resto vale a pena uma visita de 20 minutos e tá visto. Têm muita gente que vai lá para comprar o Vimax, que faz o mesmo que o Viagra, só que custa, 1,25 reais o comprimido e é aprovado pelo Ministerio de la Salud de Uruguay, que tal vez funcione até melhor que o nosso. Este último adendo é só para não dizerem que não falei em sexo nesta edição, histórico, cultural, turística. Esta última foto é da rua do Free Shop.

quinta-feira, 20 de março de 2008

SEXO NA PÁSCOA

Comam bastante coelhinhos ou coelhinhas nesta Páscoa, ou só um coelhão, ou só uma coelhona, de chocolate ou não. Mas comam. Faz bem pra alma.
Voltamos semana que vem.

terça-feira, 18 de março de 2008

ALGUMAS LEMBRANÇAS SEXUAIS DE LIVRAMENTO - O VOYEUR

Temos um amigo que é um voyeur.
Sempre foi.
Só que quando mais jovem negava enfaticamente. Dizia apenas que era sorte o fato de estar perto quando os lances ocorriam.
Mas depois, de tantas foram as coincidências, se assumiu. Claro que dava uma atenuada, uma desculpada, pela maneira como viera a ver os fatos.
Numa época os argentinos quando entravam no Brasil pá las playas, entravam via Rivera.
A infra-estrutura hoteleira era deficiente tanto quantitativa, quanto
qualitativamente. De maneira que sempre tinha gente que não tinha onde dormir, ou precisavam de outro tipo de hospedagem (Levavam cachorro, gato, trailer...). Disto se flagraram alguns santanenses que haviam conhecido tempos melhores, mas que ainda tinham boas casas. Ficavam nos lobbys dos hotéis, como quem não quer nada e quando viam que alguém estava com dificuldade em conseguir acomodação, eles se apresentavam como salvadores da pátria. Alguns iam mais longe, como lá em Livramento a coima (gorjeta, suborno) sempre correu solta, faziam um acerto com o recepcionista e eles já de cara indicavam aquele senhor, ou aquela digna senhora, o que dava maior credibilidade e seriedade à proposta, como a grande salvação.
Pois o nosso amigo também entrou neste processo. Cobrava até mais barato, mas só aceitava
casais jovens. O que lá pelas tantas começou a gerar desconfiança entre os conhecidos.
- Qual é a tua fulano?
- Tchê, fiz um quarto especial, com uns furinhos que ninguém vê. Este pessoal vem com uma tesão daquelas. Vi cada coisa...
E lá ia ele divertindo-se ao seu modo.

ALGUMAS LEMBRANÇAS SEXUAIS DE LIVRAMENTO

Temos um grupo (Ou são médicos, ou são de Santana do Livramento, ou atendem a ambas características.) que se reúne no Barranco desde tempos imemoriais.
Uns falam em 27 anos, outros em 33 anos. O que faz com que se tenha histórias inúmeras para contar. E mais, de vez em quando aparece uma ave desgarrada, trazendo novas histórias, ou lembrando outras que jaziam ocultas pela poeira dos anos.
Desta vez veio uma destas figuras emblemáticas, dos que sabem e fizeram história e estórias.
Uma das lembradas foi a de um santanense há alguns anos radicado aqui em Porto Alegre.
Pois o índio véio descobriu uma mina de ouro, para ele.

A Festa do 1,99.
Já sentiram o padrão!? Entrada, ceva, batatinhas, tudo sempre por 1,99 , R$1,99. Ni más, ni menos! E umas mil pessoas no salão!
Buenas, o cara me pega uma mina, moça muy fina, educada, e a convida para esta festa. Na ida, via Free Way, a moiçola tomada por um surto literatício, resolveu fazer um solo de Clarineta (Romance do Érico Veríssimo.). O que dá uma idéia da pressa da senhorita para os finalmentes.
Só que ela, empolgada em sua atividade, não se deu conta que estavam chegando perto do pedágio, que fica após uma curva, o que também pegou o meu amigo de surpresa.
Como ele estava já nos finalmentes, deixou a coisa rolar, só diminuiu a velocidade do carro para dar tempo de chegar nos finalmentes. Mas a coisa veio e ele para o carro, alguns metros antes da guarita. A menina abre a janela e regurgita.
O pessoal da ambulância que estava de plantão, bem perto de onde estavam, vê uma moça fazendo algo que os leva a pensar que está havendo uma emergencia clínica e, para mostrar que estavam atentos, vieram correndo para atender o que pensavam ser uma desditosa donzela com um problema estomacal.
Imaginem a cena. Eles chegando, a moça com as marcas do crime no rosto, o rapaz com a documentação toda na mão, o pessoal da ambulância com aquele ar de figurantes de filme de médico da TV quando-vão-atender-uma-urgência, e a menina do pedágio com aquele ar de o-que-é-que-está-acontecendo!?
No final a saída foi que nem a das nossas CPI’s. Um faz que não faz, um princípio de escarcéu, choros, lágrimas, ares de estupefação e, no final, todo mundo sai de cena com o maior ar de que não houve nada.
Gravura de fellatio de um vaso ático, século V AC

domingo, 16 de março de 2008

FANTASIAS SEXUAIS E REALIDADE


As pessoas, em geral, têm medo, ou vergonha, de suas fantasias sexuais, ou desejos.
Confundem-nos com a realidade. Ou com algo que tem que acontecer.
Por conta disto têm de reprimir desejos e fantasias. O que os empobrece tremendamente em termos de criatividade.
Aí começam a se queixar de que sua vida sexual é uma merda, de uma monotonia a toda a prova, achando que casamento é assim mesmo e outros papos do mesmo jaez.
A salvação da vida sexual gira em torno da criatividade.
E, para se ter criatividade, é absolutamente necessário que se permita ter fantasias, desejos, e poder examiná-los sem pudor ou temor.
As nossas fantasias, ou nossos desejos, só ocorrerão se nós os ajudarmos a realizarem-se.
Mas tem pessoas que morrem de medo de pensar ou desejar. Tratam isto como se fosse uma realidade concreta. Daí a repressão.
Mas não basta eu me reprimir. É importante que os outros também sejam reprimidos. Pois ao realizarem eles algumas fantasias, ou desejos, estarão mostrando para mim que aquilo é possível, e eu, me tratando como um rato, imagino que o meu destino é ter de fazer o mesmo, cair, inapelavelmente, naquela tentação, como seu eu não tivesse um livre arbitrio que me permite fazer escolhas.
A inquisição na Idade Média, e algumas instituições nos dias de hoje, ainda pensam assim.
Se alguém for livre para pensar, desejar, vai fazer acontecer e vai fazer com que os outros também façam a mesma coisa. Portanto temos que reprimir-nos e reprimir aos outros. Para que nada mude. Para que possamos ter uma falsa sensação de segurança.
Portanto meu querido, minha querida amiga, se você fantasia ter uma noite de sexo selvagem com todos os ex da sua vida, fique tranquila(o), é só uma fantasia. Só vai ocorrer se você fizer ocorrer e, assim mesmo se os outros envolvidos também quiserem que ocorra.
Se você está transando com o marido e pensando no vizinho de porta, relaxe e aproveite, é só uma fantasia. O mesmo se você se imagina com uma atriz de cinema, bem bonita e gostosa. Ou quiçá numa orgia romana. Ou num menage. Ou ....
Crie, e depois veja o que lhe serve e o que não. Vai descobrir que na maior parte das vezes o imaginado é maravilhoso, na imaginação. Na prática não seria bom, ou teria um custo insuportavel para a sua personalidade.
Mas, se não imaginar, vai ter uma vida bem chatinha, isto eu posso garantir.
As gravuras são do Di Cavalcanti - Mulher Nua e Bordel

sexta-feira, 14 de março de 2008

FANTASIAS SEXUAIS – O Pintão

Fantasia comum, banal, quase universal, que praticamente todos os adolescentes têm e, à medida que vão amadurecendo, vai diminuindo; mas, mesmo assim, continua em números muito significativos é a de ter um pau enooooooooorme, grandâãããão, grossãããããão. Calculo algo entre 30 a 70% o número de homens que se agarram a esta fantasia. Neste campo não acredito em pesquisas, pois no campo sexual homem mente muito.
Esta fantasia é acompanhada da idéia de que um pau deste tamanhã fará a mulher pedir para ele parar, porque sentirá dor, dando a ele a sensação de ser poderoso, como um homem de Neanderthal se sentiria ao sair para caçar, ou guerrear, com um tacape enorme, ou de que, com este baita phalus, fará com que qualquer fêmea tenha prazer com ele.

Quase um “seu prazer garantido, ou seu dinheiro de volta”.
O pior, é que é um dos enganos mais grotesco que já vi.

Freqüentemente me mandam pela Internet um daqueles clips em que um sujeito com um pênis deeeeeeste tamanho (Em geral um afro-decendente –viram como ando politicamente correto?) traça uma loira, que normalmente é gostosa, com cara de meio burrinha, ou puta e que goza até tocando num liquidificador.
Vendo estas obras de arte cheguei a algumas constatações.
Constatação número 1 – O cara nunca consegue utilizar todo o tamanho do pênis, se o fizesse, tocaria no fundo da vagina, o que dá uma sensação dolorosa na mulher.
Constatação número 2 – Mesmo sendo um clip, a mulher não consegue fingir que está tendo prazer, coisa que elas conseguem fazer com a maior facilidade na transa com um homem de dote comum..
Só para dar uns dados para vocês.
No RGS, numa pesquisa realizada pelo médico Cláudio Telöken, se não me falha a memória, a média absoluta era de 14,1 cm (Vergonhosamente perdemos para os mineiros por 1 ou 2 mm :-)) ), mas pênis com tamanhos entre 11 e 16 cm eram considerados normais. É considerado que tamanhos s como 8 cm ou 20 cm, não causam maiores transtornos para a vida sexual de ambos parceiros na maior parte das vezes. Abaixo da primeira medida, e acima da segunda, o tamanho já pode causar problemas na hora do bem bão.

quarta-feira, 12 de março de 2008

UFA! ACHO QUE DESTA EU ME SAFEI - Os Pecados Capitais

Pecados Capitais

Vaidade
Inveja
Ira
Preguiça
Avareza
Gula
Luxúria

Novos Pecados
Fazer modificação genética
Poluir o meio ambiente
Causar injustiça social
Causar pobreza
Tornar-se extremamente rico
Usar drogas



Pois hoje soube que aumentou o número de pecados. Pensei: “Puxa vida! Mais um problema pra me preocupar.” “Já não bastavam os outros?”
Mas depois me acalmei, não me enquadrei em nenhum deles, pelo menos de uma maneira mortal.
Mas por via das dúvidas resolvi fazer uma revisãozinha de como eu andava de contas, para o caso do Céu e Inferno existirem. Sabem como é que é. Nunca se sabe o que nos espera na outra margem do rio Aqueronte.
Vaidoso nunca fui, a valer. Não vou negar que tive e tenho as minhas vaidadezinhas, mas nada demais.
Invejoso, tampouco. Claro que já tive as minhas invejas, mas foram pontuais, de duração efêmera e intensidade média. Nada que me levasse além de um pito do Hôme.
Minhas iras foram episódicas, fugazes, sem maiores conseqüências, acho até que fizeram mais mal a mim do que ao outro.
Já quando me defronto com a preguiça, sinto que a porca torce o rabo. Trabalho,
dou duro, me acordo cedo, mas sempre às voltas com o preguiçoso que tenho dentro de mim.
Avaro nunca fui, até porque nunca tive nada sobrando. Não me lembro de ficar mesquinhando, a não ser por pura implicância. Porque inticante sempre fui, em maior, ou menor grau.
Já fui guloso. E se não o sou mais, não é por temor divino. Apenas o meu corpo reclama tanto quando como demais que me faz perder a vontade.
Já a luxúria... Esta me rala do primeiro ao quinto. Não que eu seja um concupiscente de escol. Mas simplesmente a lascívia me fascina. Ela me faz cair em tentação, ou no próprio pecado. Se a luxúria for realmente um pecado, só me salvo se morrer depois dos 80, pois nesta época a máquina vai funcionar precariamente e, se tiver uma atividade luxuriosa, ela deverá ser bem simplória, um pecadinho de segunda classe.
Quanto aos novos pecados, a minha análise mostrou que:
Não estou mais em condições de fazer modificações genéticas de tipo nenhum. Embora apóie as pesquisas com células tronco embrionárias, o meu pecado seria só de pensamento, o que me parece não mais ser pecado.
Não poluo o meio ambiente além do estritamente necessário para a minha sobrevivência.
Não sou responsável e nem causador de injustiças sociais. Posso até ter algum pecadilho, mas por outro lado, canso de ajudar pessoas de maneira desinteressada, desinteressadamente mesmo, até porque nem o faço para alcançar o Paraíso.
Não consigo ver, em nenhum dos meus atos, nada que possa, deliberadamente, causar a pobreza de quem quer que seja. Talvez um comunista/socialista, radicalíssimo, consiga encontrar alguma forma de atuar minha que causasse pobreza a outrem.
Tornar-me extremamente rico é de uma improbabilidade astronômica. Seria preciso alguém comprar um bilhete de alguma loteria multimilionária americana, dá-lo para mim, e me avisar para conferir o resultado. Nem posso me considerar rico. Portanto, este pecado, decididamente não carrego.
Não uso drogas.
Portanto, caríssimos amigos, acho que nos encontraremos no céu, para desespero dos puritanos.


terça-feira, 11 de março de 2008

O IRAQUE É AQUI

VINTE E SEIS MORTES VIOLENTAS (Não computados os que morrem a posteriori, decorrentes da violência.) no fim de semana no Rio Grande do Sul ("O estado mais politizado e de melhor índice de educação do Brasil - Sic).
Qual é mesmo a nossa população? Treze milhões?
O Iraque tem em torno de vinte e oito milhões de habitantes.
Portanto o nosso fim de semana, levada em conta a proporção, equivaleria a cincoenta e seis mortes no Iraque.
Tivemos quinhentos e sessenta mortes violentas desde o início do ano. O que equivaleria a mil duzentas e seis no Iraque (Lá as mortes a posteriori são computadas.)
Lá existe uma guerra explícita. Aqui reina a mais completa paz e tranquilidade...
Estivéssemos em guerra, tipo Revolução Farroupilha, ou Revolução de 1893 - Chimangos x Maragatos -, não estaríamos dando de relho nos iraquianos?
Ô guerrinha mixuruca esta lá deles.
Quando será que vamos tomar medidas para valer a este respeito?
As nossas mortes violentas são trânsito, assassinatos, suicídios; creio que não estão computadas as por acidentes facilmente evitáveis.

domingo, 9 de março de 2008

UMA DICA SEXUAL

Uma das fantasias sexuais mais comuns, seja de homens, seja de mulheres, é a de transar na água. Piscina, banheira, mar, ou o que seja que envolva a gente, e seja à base de H2O .
Mas o problema maior é que a água termina com a lubrificação feminina, deixando a relação menos prazerosa.
Os lubrificantes íntimos, tipo KY, que são solúveis em água, não adiantam, pois são removidos quase que inicialmente.
Mas não se desesperem, queridos adoradores dos prazeres carnais.
Pois não é que a velha vaselina é a solução?!
Ela não é hidrossolúvel. Lubrifica bem. Sua ação dura o tempo suficiente, e se for necessário é só repor.
A vaselina é a famosa, legítima, original, BBB.
Boa, Bonita, e Barata.

MINHA HOMENAGEM ÀS MULHERES NO DIA DAS MULHERES

MULHERES DO MUNDO, OBRIGADO POR EXISTIREM!

Só para confirmar como esta afirmativa é verdadeira conto uma historinha.
Reza a lenda, que em mediados dos anos 50, eu estava em Santa Maria, na casa da tia Zelinda, que ficava na rua Silva Jardim, ao lado da casa do bispado, no quartinho dos fundos, com algumas tias e primas mais velhas do que eu, quando uma delas me perguntou.
- O que é que tu mais gosta no mundo?
- De mulher!
Após uma fulguração de espanto uma delas perguntou.
- Mas por quê?
- Porque elas são lisinhas e fofinhas.
Querem admiração mais pura, espontânea, do que esta?
Di Cavalcanti - Mulata Azul

FANTASIA SEXUAL

Existem fantasias que surpreendem, pelo ineditismo, pela incoerência, pela diferença com o nosso modo de pensar, ou com o da média das pessoas.
Tinha um sujeito que dizia que se, por acaso, pegasse a mulher dando para outro homem, ele amarraria os dois e comeria o rabo do amante na frente da mulher.
Embora falasse com raiva e ódio sobre a possibilidade, não se podia deixar de observar um esgar de júbilo semi-oculto, com o que pensei que ele estivesse imaginando.
Uma vez conversei com a mulher dele. Ela sabendo que eu era psiquiatra e terapeuta sexual, fez algumas perguntas de uma forma, que já considero clássica.
- Dr. Eu tenho uma amiga que me contou que, quando eles transam, o marido sempre fala que se pegasse ela transando com outro, faria ...
Ou seja, esta idéia era uma constante, e como, pelo que ela me contou, o marido da amiga parecia se excitar na hora da transa com tal possibilidade, não tenho dúvidas que esta deveria ser uma das fantasias eróticas dele.
PS. Que eu saiba, a mulher nunca teve um caso, ele nunca teve um relacionamento homossexual, o fato nunca teria ocorrido, pois, em cidade pequena, tudo se sabe.

sábado, 8 de março de 2008

TCHÊ LÔCOS, me abri pra minha MULHER, a DÉBORA ELMAN

Pois ontem, dia 7/3/08, vésperas do dia da Mulher, a minha Débora defendeu a sua dissertação de mestrado.
Foi super bem, o seu trabalho foi reconhecido como excelente, a banca deu-lhe A com unanimidade, enfim, todas aquelas alvíceras que ocorrem quando algo findou, foi concluído a bom termo.


Mas o grande mérito, para mim, é tudo que ela fez durante o processo.
Foi o: E estuda, e analisa, e procura, e especula, e investiga, e prova, e seleciona material, e edita este material, e leva na orientadora (Ainda bem que ela contava com a MÁRCIA BENETTI como orientadora, uma pessoa extremamente competente, com uma visão moderna e pragmática a respeito da vida, do jornalismo e da Ciência da Comunicação.), e volta da orientadora, e muda aqui, e suprime ali, e insere acolá, e refaz, e refaz, e refaz.
E tudo vai tomando forma, como uma grande construção. Mas o comprador (que são vários) é caprichoso, meticuloso, detalhista, não poucas vezes indeciso, e dá-lhe alteração, e dá-lhe reforma, e dá-lhe reflexão.
E antes disto tem um outro caminho percorrido. Fez dois anos de Jornalismo, formou-se em Arquitetura, especializou-se em Arquitetura de Interiores, em Cores, fez pós-graduação em Educação e vai para um mestrado em Jornalismo, para desenvolver seu lado de pesquisadora.
Durante todo o mestrado tem de se comportar como uma mulher casada que tem um amante. Tem-se que se dedicar a este, mas sem deixar de lado o marido, o filho y otras cositas más.
Me abri prá minha mulher!

quinta-feira, 6 de março de 2008

FANTASIAS SEXUAIS, no espelho do banheiro

Esta eu só vi contada por homens.
Por que?
Não sei.
Transar em frente ao espelho do banheiro, de preferência numa relação anal, para observar o rosto da mulher. Por que no espelho do banheiro, e não do quarto, da sala, do motel, também não sei explicar. E o Freud que tudo explicava, de cujos est.
Os motivos alegados para tal preferência variaram.
- Ver a expressão do rosto da mulher.
- Ter a sensação de poder, por ser ele quem está desencadeando tal expressão nela.
- Poder “ver” o que ela, “verdadeiramente”, está sentindo.
Alguns realizaram tal fantasia. Mostraram-se muito satisfeitos com o resultado.
O surpreendente é que, ao procurar imagens para ilustrar esta fantasia, o estoque era paupérrimo.
Vá lá a gente entender as motivações humanas
.

quarta-feira, 5 de março de 2008

HILLARY y OBAMA

Vocês repararam que as revistas e jornais que cobrem a disputa entre os dois se limitam a falar dos fatos e números da campanha, e muito pouco dos planos e NADA, absolutamente NADA, do que eles de prático já fizeram? Quando isto é o principal para se avaliar a capacidade de alguém governar? Ter idéias bacanas, muita gente têm. Pô-las em prática, muito poucos conseguem.

terça-feira, 4 de março de 2008

ESTUPIDEZ HUMANA

Sempre se sabe quando uma guerra começa.
Nunca quando vai terminar.








Frente às fanfarronadas do Hugo Chavez e a caída de dominós que isto pode significar (Equador e Colômbia se desentendem, Venezuela ameaça a Colômbia, se o Peru for vivo, se aproveita das circunstâncias e pressiona o Equador por conta das suas diferenças a respeito de fronteiras, a Bolívia pode sentir-se na obrigação de ajudar el compañero Chavez e pressiona o Peru; o Chile, que tem problemas de fronteira com a Bolívia, pode se aproveitar e apoiar o Peru, e a Argentina pode querer pressionar o Chile por algum rochedo perdido lá nos confins de sudamérica. Aí basta alguém com um fósforo aceso para que o incêndio aconteça. Ah! E o Brasil? Pode bancar o vivo, ser a favor da Paz e vender de tudo um pouco para todo mundo. E o Paraguai? Ah! O Paraguai vai vender tudo que é badulaque nos acampamentos militares.) me lembrei que a estupidez humana é incomensurável e de um episódio da Primeira Guerra Mundial.
Dia 11 de novembro de 1918, às 5 horas da manhã, a Alemanha assinava o armistício com os Aliados que deveria valer a partir das 11 horas da manhã.

.
A notícia foi divulgada aos quatro ventos. Os alemães, já derrotados, esperavam a hora chegar para entregar posições e armamentos pesados.
Mas...
Alguns comandantes norte-americanos queriam mostrar o que tinham ido fazer na Europa.
Alguns comandantes franceses queriam vingança pelos anos que os alemães haviam devastado o norte da França. E mantiveram os planos de ação.
Um comandante inglês queria recuperar uma vila, na Bélgica, que havia sido a primeira a cair, quando os alemães começaram a guerra no front ocidental e que eles, ingleses, ocupavam, com um regimento de cavalaria e a haviam perdido para um regimento de cavalaria alemão. Agora queriam recupera-la com um outro regimento de cavalaria, quando se sabe que, naquela fase da guerra a cavalaria estava absolutamente superada pelas armas defensivas, metralhadoras, da infantaria.
Resultado, de uma maneira absolutamente inútil, houve, nestas 6 horas, absolutamente mortas de objetivo prático, de 10.944 a 15.000 baixas, principalmente no lado aliado. Ou seja, proporcionalmente, mais do que no dia D. Sendo que no dia D a guerra ainda estava para ser decidida. Ao contrário do dia 11 de novembro de 1918, quando só se esperava por trâmites burocráticos. O último soldado a morrer foi um norte-americano que morreu as 10:59 hs, apesar dos alemães gritarem que ele esperasse “uns minutinhos”. Mas o coitado tinha de obedecer as ordens de seus comandantes.
Enfim, espero que alguém consiga ter bom senso e evite que el compañero, por conta de seus pontos de vistas e para açambarcar o lugar del viejito Fidel, não faça um monte de gente perecer.

domingo, 2 de março de 2008

FANTASIAS SEXUAIS

Uma fantasia sexual que me contaram mais de uma vez é a de transar no banco de trás de um táxi, com o motorista vendo através do retrovisor.
Esta fantasia, seja pela sua freqüência, seja pela facilidade de ser realizada, já foi realizada por duas pessoas que conheço. [As contadas por homens eu omito, Homem, com exceção de muito poucos, eu por exemplo, com ironia :-)) , são muito mentirosos em termos de vida sexual.]
Como uma delas me foi contada em detalhes, passo-a adiante.
Ela já havia feito várias fantasias a respeito disto, com algumas variantes. De quatro, no colo dele, de frente, por trás. Um dia viu um filme no qual um casal transava no banco traseiro, sob o olhar angustiado do motorista que era um crente. Baseado nisto esperou o dia em que saiu com um homem que era uma “porta”, além de lutador de tudo quanto é arte marcial, por via das dúvidas, e que topou, vários não haviam aceitado anteriormente. Uns por medo, puro e simplesmente, outros porque a idéia não os excitava.
Mas este topou.
Uma noite, após uma festinha, saíram bem excitados, escolheram um motorista que não tinha cara de malandro e nem corpo de salva-vidas, e pediram que ele os levasse a um motel bem distante. No caso o que interessava não era o motel, mas o bem distante.
E começam beijos, e arretinhos, e arretos, e arretões, calcinha e sutiã foras, e aquilo na mão e a mão n’aquilo, e os olhos do motorista cravados no espelho retrovisor, quando foi, coitado, fazer um comentário, ou modificou a velocidade do carro, ouviu, na voz gutural, roufenha e profunda do “armário”, um “toca”.
A moça depois me relatou que o melhor de tudo não foi a transa, mas as circunstâncias, o olhar de quem participava sem participar, a expectativa de quem queria saber como tudo aquilo iria terminar. Era como vivenciar um thriller no qual ela era protagonista, participante e crítica. Seu companheiro era o autêntico figurante, estava lá só pra cumprir o seu dever e ainda por cima dar uma gozadinha.
Independente de todo o prazer que ela diz haver sentido, acho que, levando-se em conta as circunstâncias deste nosso país, é de se dizer, sem moralismos, o que se vê em alguns comerciais. “Sugere-se que não se tente fazer isto em sua vida pessoal.”