Festinhas de embalo nos acompanham ao longo da evolução da humanidade. Às vezes sob a aparência de festa mítiga, às vezes como homenagem a deusas e deuses, outras mais como comemorações sabe-se lá de que – Oba! Matamos três mamutes, um tigre dente de sabre, dez coelhos! - , muitas outras vezes até como uma forma de contestação, de transgressão, de desafio.
O fato básico é que é uma forma de se ter prazer e que, como qualquer forma de prazer, encontra os seus detratores, principalmente entre aqueles que têm medo de ter prazer. Que para isto têm de levar uma vida ascética, cheia de regras, de maneiras a limitar o seu prazer a um mínimo indispensável. O chato é que eles também querem criar regras morais, jurídicas, repressoras, punitivas, para quem está tendo, ou proporcionando, prazeres que eles não se permitem ter.
Outro dia li uma reportagem a respeito das house beach, house ship, house farm e outras houses. Parecia a descrição de um de um chiqueiro de porcos idiotas.
Por outro lado, graças à profissão, sempre tenho o recurso de ouvir o outro lado. Descrevem uma festa de gente com dinheiro que faz o que tem vontade. Nenhuma orgia do Calígula, nenhuma bacanal romana.
- Se trepa? Claro!
- Se têm casinhos? Claro!
Quem quiser se meter numa empreitada destas, sem entrar em seus meandros, não vai ver nada de excepcional, a não ser o som alto, a idéia de que sempre se está festejando alguma coisa, um monte de gente bonita e bem vestida, com um, ou outros, excessos sempre presentes em grandes festas. Festas de reveillons, de carnaval, sempre têm um fato a ser comentado à boca pequena nos desvãos da vida. Quando eu era pequeno sempre se dizia que, depois da festa e procissão de Medianeira, em Santa Maria, quando ainda se caminhava por entre matinhos, nove meses após se tinha um aumento de partos (Si no ne vero é benno trovatto). Alguém é capaz de acusar a Festa de Medianeira de imoral?
Pois é, falar da vida dos outros, das crenças dos outros, é sempre fácil, são doentes, depravados, senão criminosos. Para os nossos atos sempre temos explicações, até porque elas são sempre justas, ou pelo menos justificáveis.
A gravura que ilustra esta página é, do Di Cavalcanti, que encontrei no site da Bolsa de Arte, denominada “Anjos”, mas que, se prestarmos a atenção, vamos ver que pode ser interpretada de uma outra maneira, tipo “Bacantes”.
Um anúncio de beach house, na praia de Bombinhas, agora em 4 de abril, pode ser visto no site http://www.zagora.com.br/ .
O fato básico é que é uma forma de se ter prazer e que, como qualquer forma de prazer, encontra os seus detratores, principalmente entre aqueles que têm medo de ter prazer. Que para isto têm de levar uma vida ascética, cheia de regras, de maneiras a limitar o seu prazer a um mínimo indispensável. O chato é que eles também querem criar regras morais, jurídicas, repressoras, punitivas, para quem está tendo, ou proporcionando, prazeres que eles não se permitem ter.
Outro dia li uma reportagem a respeito das house beach, house ship, house farm e outras houses. Parecia a descrição de um de um chiqueiro de porcos idiotas.
Por outro lado, graças à profissão, sempre tenho o recurso de ouvir o outro lado. Descrevem uma festa de gente com dinheiro que faz o que tem vontade. Nenhuma orgia do Calígula, nenhuma bacanal romana.
- Se trepa? Claro!
- Se têm casinhos? Claro!
Quem quiser se meter numa empreitada destas, sem entrar em seus meandros, não vai ver nada de excepcional, a não ser o som alto, a idéia de que sempre se está festejando alguma coisa, um monte de gente bonita e bem vestida, com um, ou outros, excessos sempre presentes em grandes festas. Festas de reveillons, de carnaval, sempre têm um fato a ser comentado à boca pequena nos desvãos da vida. Quando eu era pequeno sempre se dizia que, depois da festa e procissão de Medianeira, em Santa Maria, quando ainda se caminhava por entre matinhos, nove meses após se tinha um aumento de partos (Si no ne vero é benno trovatto). Alguém é capaz de acusar a Festa de Medianeira de imoral?
Pois é, falar da vida dos outros, das crenças dos outros, é sempre fácil, são doentes, depravados, senão criminosos. Para os nossos atos sempre temos explicações, até porque elas são sempre justas, ou pelo menos justificáveis.
A gravura que ilustra esta página é, do Di Cavalcanti, que encontrei no site da Bolsa de Arte, denominada “Anjos”, mas que, se prestarmos a atenção, vamos ver que pode ser interpretada de uma outra maneira, tipo “Bacantes”.
Um anúncio de beach house, na praia de Bombinhas, agora em 4 de abril, pode ser visto no site http://www.zagora.com.br/ .
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