Se os mineiros só são solidários no câncer, os santanenses só o são nas sacanagens sexuais. E nas sexuais só, sejamos explícitos.
Se os homens nunca precisaram se resguardar muito, pois lá se vivia num saudável ambiente machista, das mulheres se exigia que fizessem as suas sacanagens no mais absoluto decoro.
Para isto muitas delas tinham de inventar viagens, para visitar a tia Cocota, uma avó doente, um especialista na capital e por aí vai.
Ocorre que em Porto Alegre existia um bar que era para a mais pura caçação (É assim que se escreve?).
Se os homens nunca precisaram se resguardar muito, pois lá se vivia num saudável ambiente machista, das mulheres se exigia que fizessem as suas sacanagens no mais absoluto decoro.
Para isto muitas delas tinham de inventar viagens, para visitar a tia Cocota, uma avó doente, um especialista na capital e por aí vai.
Ocorre que em Porto Alegre existia um bar que era para a mais pura caçação (É assim que se escreve?).
Numa bela noite outonal, um senhor casado, de ilibada reputação, resolve dar uma saidinha, sozinho, para assuntar um pouco da noite da capital.
E se tocou para o tal bar. Em lá chegando, dá de cara com uma destas figuras insignes do impolutismo matriarcal rural.
Passado o primeiro impacto do encontro, a senhora abre-se num sorriso e diz:
-Fulano! Que surpresa! Viestes para o aniversário da Beltrana?
Ao que prontamente ele respondeu.
-Sim! Tinha ouvido falar que iam fazer uma festa surpresa para ela, e eu resolvi passear por uns bares para ver se achava vocês!
-Que bom! Nos achastes de cara. Vêm prá mesa!
E lá ficaram todos libando por um aniversário que não existia, mas que serviu para a construção de pontes bem interessantes.
Claro que tudo ficou em sigilo. Aquele sigilo do tipo:
“Olha, eu vou te contar, mas não me conta prá ninguém, porque se não vai ser um escândalo.”
Contaram, é lógico, e quem ouvia sempre dizia.
–Esta é velha, já sabia há muito tempo!
Pois, como se sabe, santanense sempre sabe de tudo.
E se tocou para o tal bar. Em lá chegando, dá de cara com uma destas figuras insignes do impolutismo matriarcal rural.
Passado o primeiro impacto do encontro, a senhora abre-se num sorriso e diz:
-Fulano! Que surpresa! Viestes para o aniversário da Beltrana?
Ao que prontamente ele respondeu.
-Sim! Tinha ouvido falar que iam fazer uma festa surpresa para ela, e eu resolvi passear por uns bares para ver se achava vocês!
-Que bom! Nos achastes de cara. Vêm prá mesa!
E lá ficaram todos libando por um aniversário que não existia, mas que serviu para a construção de pontes bem interessantes.
Claro que tudo ficou em sigilo. Aquele sigilo do tipo:
“Olha, eu vou te contar, mas não me conta prá ninguém, porque se não vai ser um escândalo.”
Contaram, é lógico, e quem ouvia sempre dizia.
–Esta é velha, já sabia há muito tempo!
Pois, como se sabe, santanense sempre sabe de tudo.
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