terça-feira, 25 de março de 2008

FIDEL CASTRO

Uns insistem que Fidel ainda manda alguma coisa. Outros lamentam que ele ainda esteja vivo e não tenha sido julgado por seus crimes.
O que a grande maioria não sabe, ou não quer saber, é que ele está pagando os seus pecados em vida.
Já imaginaram, um sujeito que a vida inteira mandou e desmandou. Que a sua vontade era lei. Agora é um velho caquético em cima da cama, não mandando, provavelmente, em seus esfíncteres. Dependendo de tudo e de todos. Prisioneiro de uma imagem. Vendo seu corpo e sua mente deteriorarem-se de forma gradativa e inexorável. Ou alguém acredita em comunicados oficiais. Ou nas declarações dos Chavez da vida. Ou alguém ainda se ilude com as fotos distribuidas (Vide as fotos do Stalin com antigos camaradas, do Tancredo em sua agonia, por exemplo.) Não deixa de ser uma ironia a possibilidade de que seu final de vida seja uma repetição da do Salazar (Que era chefe de governo - ditatorial - de Portugal e que passou o final de seus dias em uma cama, fazendo de conta que governava e sendo iludido que governava. Também tinha visitas oficiais.)
É triste, para a imagem que eles faziam de si, a morte, decadente, de alguns ditadores.
Pinochet, Pol Pot, Mussolini.
Outros foram ditadores e morreram como ditadores. Determinaram as suas mortes, ou foram pegos de surpresa pela Carpa.
Num banho de sangue. O suicídio do Hitler sob os escombros de Berlim e do Reich dos Mil Anos.
Fuzilados como Ceausescu.
Praticamente de uma maneira súbita, como Stalin.
Morreram com a sensação de que em alguma coisa ainda mandavam, ou, pelo menos, foram poucas as horas em que se deram conta da sua chinelice.
Evitaram o apodrecimento em vida.

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