terça-feira, 4 de março de 2008

ESTUPIDEZ HUMANA

Sempre se sabe quando uma guerra começa.
Nunca quando vai terminar.








Frente às fanfarronadas do Hugo Chavez e a caída de dominós que isto pode significar (Equador e Colômbia se desentendem, Venezuela ameaça a Colômbia, se o Peru for vivo, se aproveita das circunstâncias e pressiona o Equador por conta das suas diferenças a respeito de fronteiras, a Bolívia pode sentir-se na obrigação de ajudar el compañero Chavez e pressiona o Peru; o Chile, que tem problemas de fronteira com a Bolívia, pode se aproveitar e apoiar o Peru, e a Argentina pode querer pressionar o Chile por algum rochedo perdido lá nos confins de sudamérica. Aí basta alguém com um fósforo aceso para que o incêndio aconteça. Ah! E o Brasil? Pode bancar o vivo, ser a favor da Paz e vender de tudo um pouco para todo mundo. E o Paraguai? Ah! O Paraguai vai vender tudo que é badulaque nos acampamentos militares.) me lembrei que a estupidez humana é incomensurável e de um episódio da Primeira Guerra Mundial.
Dia 11 de novembro de 1918, às 5 horas da manhã, a Alemanha assinava o armistício com os Aliados que deveria valer a partir das 11 horas da manhã.

.
A notícia foi divulgada aos quatro ventos. Os alemães, já derrotados, esperavam a hora chegar para entregar posições e armamentos pesados.
Mas...
Alguns comandantes norte-americanos queriam mostrar o que tinham ido fazer na Europa.
Alguns comandantes franceses queriam vingança pelos anos que os alemães haviam devastado o norte da França. E mantiveram os planos de ação.
Um comandante inglês queria recuperar uma vila, na Bélgica, que havia sido a primeira a cair, quando os alemães começaram a guerra no front ocidental e que eles, ingleses, ocupavam, com um regimento de cavalaria e a haviam perdido para um regimento de cavalaria alemão. Agora queriam recupera-la com um outro regimento de cavalaria, quando se sabe que, naquela fase da guerra a cavalaria estava absolutamente superada pelas armas defensivas, metralhadoras, da infantaria.
Resultado, de uma maneira absolutamente inútil, houve, nestas 6 horas, absolutamente mortas de objetivo prático, de 10.944 a 15.000 baixas, principalmente no lado aliado. Ou seja, proporcionalmente, mais do que no dia D. Sendo que no dia D a guerra ainda estava para ser decidida. Ao contrário do dia 11 de novembro de 1918, quando só se esperava por trâmites burocráticos. O último soldado a morrer foi um norte-americano que morreu as 10:59 hs, apesar dos alemães gritarem que ele esperasse “uns minutinhos”. Mas o coitado tinha de obedecer as ordens de seus comandantes.
Enfim, espero que alguém consiga ter bom senso e evite que el compañero, por conta de seus pontos de vistas e para açambarcar o lugar del viejito Fidel, não faça um monte de gente perecer.

Nenhum comentário: