Fui voando a São Paulo e tive de voltar mais depressa ainda. Mas deu tempo de, entre outras coisas, ver a exposição “VIRADA RUSSA”, no CENTRO CULTURAL DO BANCO DO BRASIL.
Mostra trabalhos de pintores, escultores, arquitetos, estilistas, russos que pregavam novas formas. Começam no fim do século XIX e vão até o início dos anos 30.
Aderiram em massa a revolução bolchevique, que os aceitou. Porém... E sempre têm os poréns para atrapalhar a vida. Veio o stalinismo e com ele as idéias de unicidade. O Realismo Socialista se impõe como única forma de arte aceitável. Estes artistas passam a ser hostilizados, marginalizados, alguns são proibidos de exercer a sua atividade artística, outros foram presos e acabaram mortos. Tanto que o ano de 1938 é pródigo em mortos. Eram os tempos do Terror Stalinista. Mas continuaram a morrer nos outros anos. Alguns aderiram à linha oficial, mas só conseguiram postergar o encontro com A Velha Senhora.
Já na Alemanha, o problema era o artista ser judeu, ou pertencente a qualquer outro grupo “inferior”; homossexuais, por exemplo. Também aqui se procurou uma “arte concreta”, mas se o cara fosse um abstracionista, ariano puro, a arte dele era tolerada, mas apenas isto. Tolerada. Se fez uma exposição “da arte degenerada”, que foi fechada em seguida, pois foi um sucesso total.
Hoje eu me pergunto? Porque os ditadores perseguiram estes artistas?
Entendo que perseguissem um “artista concreto”, pois ele manda uma mensagem facilmente inteligível contra o ditador, ou o regime. O Encouraçado Potenkin, ou o Triunfo da Vontade, deveriam ser proibidos em regimes ditatoriais a quem eles contrariavam. Mas, estas telas abstratas?
Por outro lado, toda e qualquer manifestação de racismo é um absurdo. Mas, mesmo que o admitamos, não aceitar aquela obra de arte me parece uma estupidez. Venha de onde vier. Motivada pelo que for.
Por isto é que não gosto de ditaduras, pela sua burrice. E aqueles que pensam em “ditaduras provisórias”, “como mal menor”, “como necessária”, naquele contexto e por aí afora, além de burros são ingênuos.
Mostra trabalhos de pintores, escultores, arquitetos, estilistas, russos que pregavam novas formas. Começam no fim do século XIX e vão até o início dos anos 30.
Aderiram em massa a revolução bolchevique, que os aceitou. Porém... E sempre têm os poréns para atrapalhar a vida. Veio o stalinismo e com ele as idéias de unicidade. O Realismo Socialista se impõe como única forma de arte aceitável. Estes artistas passam a ser hostilizados, marginalizados, alguns são proibidos de exercer a sua atividade artística, outros foram presos e acabaram mortos. Tanto que o ano de 1938 é pródigo em mortos. Eram os tempos do Terror Stalinista. Mas continuaram a morrer nos outros anos. Alguns aderiram à linha oficial, mas só conseguiram postergar o encontro com A Velha Senhora.
Já na Alemanha, o problema era o artista ser judeu, ou pertencente a qualquer outro grupo “inferior”; homossexuais, por exemplo. Também aqui se procurou uma “arte concreta”, mas se o cara fosse um abstracionista, ariano puro, a arte dele era tolerada, mas apenas isto. Tolerada. Se fez uma exposição “da arte degenerada”, que foi fechada em seguida, pois foi um sucesso total.
Hoje eu me pergunto? Porque os ditadores perseguiram estes artistas?
Entendo que perseguissem um “artista concreto”, pois ele manda uma mensagem facilmente inteligível contra o ditador, ou o regime. O Encouraçado Potenkin, ou o Triunfo da Vontade, deveriam ser proibidos em regimes ditatoriais a quem eles contrariavam. Mas, estas telas abstratas?
Por outro lado, toda e qualquer manifestação de racismo é um absurdo. Mas, mesmo que o admitamos, não aceitar aquela obra de arte me parece uma estupidez. Venha de onde vier. Motivada pelo que for.
Por isto é que não gosto de ditaduras, pela sua burrice. E aqueles que pensam em “ditaduras provisórias”, “como mal menor”, “como necessária”, naquele contexto e por aí afora, além de burros são ingênuos.
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