domingo, 25 de outubro de 2009

DA RELEVÂNCIA DAS COISAS, DAS PESSOAS E DAS SITUAÇÕES

Estávamos em um restaurante da praça, se é que dá para dizer assim, principal de Praga. Era entrada da noite de um dia de tempo esplêndido, a temperatura não permitia reparos, o local estava cheia de gente, turistas em sua maioria. Nós nos embasbacávamos com o ambiente, pois era cercado de prédios históricos e não históricos, mas todos eles com, no mínimo, cem anos de existência.
Havíamos pedido o tradicional goulash e uma cerveja (Para os que não me conhecem, e a Débora; não bebemos cerveja quase
nunca, mas tem situações que abrimos exceções, e esta foi uma, da qual não nos arrependemos.) e conversávamos.
Quando o garçom veio nos servir perguntamos algumas coisas sobre a vida de Praga. De como era na época do Comunismo e agora (Era um pouco mais jovem que eu, portanto não deu para perguntar como fora na época do Nazismo).
Quando ele saiu, a Débora comentou.
–Será que uma pessoa como ele se dá conta da importância que vai ter nas pessoas que ele serve?
Talvez tenhamos sido apenas um casal a mais que ele serviu. Para nós, ele foi um personagem importante de um momento maravilhoso. Inesquecível.
Já há algum tempo, quando atendo uma pessoa, vinha me dando conta disto. Posso estar fazendo parte importante da vida desta pessoa. Por isto, devo ter o máximo cuidado e dedicação para não estragar este momento! Que pode ser único, transcendental para ela.

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