terça-feira, 29 de setembro de 2009

A VIAGEM

Por conta de uma série de circunstâncias alheia a minha vontade fazia um bom tempo que eu não viajava ao exterior.
De repente, e põe de repente nisto, uma série de conjunturas me colocaram em um avião da KLM a caminho “das Oropias”.
E lá fomos, eu e a Debora, a caminho de Praga, ou Praha.
Por quê Praga. Porque Praga foi a única cidade importante da Europa que foi poupada dos bombardeios, cercos, tomadas heróicas da Segunda Guerra Mundial.
O estagnatismo do comunismo impediu que ela fosse arrebatada pelo “progresso” desenfreado e especulativo do capitalismo selvagem, que tem transformado as nossas, e muitas outras cidades, em hiléias de concreto, aço e vidro. Na entrada do Centro Histórico, a Torre da Pólvora, e edifícios do século XIX. À direita, um dos prédios grandiosos da Realidade Socialista (Sede de um banco).
Em verdade existem duas Pragas. A que nós visitamos, com castelos, catedrais, prédios do século XVII, XVIII, XIX e XX. Este último representado por uns poucos prédios, sem graça nenhuma, verdadeiros caixotes de cimento, com portas e janelas imitando o estilo “socialista da construção”. Felizmente eram muito poucos. Acabavam servindo para realçar a beleza e a pitorescicidade dos prédios vizinhos.
Mas existe uma Praga “moderna”, com arranha-céus, congestionamentos, mas esta nós não fomos. Fica ao redor da Praga que visitamos. Debruça-se sobre as colinas ao redor da Velha Cidade, como se a observasse, talvez até protegendo-a.
Os tchecos são secos. Não são mal-educados, não são grossos, são apenas secos. Te auxiliam, te atendem bem, mas não são de papo.
Assim que deixamos o hotel, que ficava junto ao centro histórico, providenciamos no passe dos transportes. Compramos um “passaporte”, que valia por três dias e dava direito a andar de metrô, ônibus, bonde e trens urbanos, sem limites. Ou seja algo que há muito tempo já era para existir na nossa Porto Alegre. Existem passaportes de 25 minutos, de 75 minutos, de 3 horas, de um dia, de três dias, de 5 dias, de 7 dias, de 15 dias e de um mês. Ou seja, cada um compra na medida das suas necessidades.
O lado simples da Cidade Velha
Pegamos um bonde e fomos rumo ao desconhecido. Descobrimos que ele nos afastava do Centro Histórico, e andava por ruas que faziam se ter a impressão de estar nos anos 20, ou 30 do século passado. Como era um sábado, as ruas estavam vazias daquele lado e em dois toques, “já estava visto”. Descemos e tomamos outro bonde em direção ao Centro Histórico.
(Segue)

Nenhum comentário: