domingo, 27 de janeiro de 2008

O GORDO DAS DROGAS

Numa destas carambolas da vida, lá pelos finzinhos dos anos 60, de uma maneira que não consigo lembrar, conheci o GORDO DAS DROGAS.
Um pouquinho mais velho que eu, era dono de um mini negócio que, por sinal, tocava bem. Mas, fora isto, era o sujeito mais bagaceiro, arruaceiro, encrenqueiro, com quem já me deparei.
Usava drogas e fazia tráfico em pequena escala. Para os amigos, costumava explicar.
Por uma destas coisas que não sei explicar simpatizamos um com o outro, mas nossos modus vivendi, muito díspares, não nos permitiam conviver muito. Eu querendo ser um doutor sério, respeitado e ele querendo mais é que o mundo acabasse num grande forrobodó orgiástico.
Neste ponto é importante que se faça um pequeno interrégnum para fazer alguns esclarecimentos que julgo da mais alta relevância.
Nunca fui um transgressor, um revolucionário, faltava-me a crueldade, a frieza, a coragem, a inconseqüência, o desprezo pelo outro, para fazer vingar a minha vontade. O que eu fiz a maior parte da vida foi seguir as regras do jogo, procurando os descaminhos da vida. Sem cair no campo do crime, o hecha la ley, hecha la trampa.Por conta disto, a minha relação com o GORDO, se limitava a ir ao futebol com ele. E isto eu fazia com prazer. Era divertido, arruaceiro, ixperto, criador de caso. Mas sempre de um modo burlesco, jocoso, picaresco.

Segue num próximo capitulo, serão 4.

4 comentários:

Unknown disse...

O ocorrido foi na querida terrinha ? Posso estar confundindo o "Gordo".

Carlos Eduardo Carrion disse...

Não, tem outros Gordos na querida terrinha que também aprotaram, mas este não era.

Unknown disse...

carrion (Quadrado). Morei em Livramento de 1966 a 1970, mesmo frequentando os mesmo locais, clubes e festnhas, acho que nunca falamos pela diferença de idade, tu és mais velho. Meus parceiros mais próximos eram o Fernando "Feia" Flores da Cunha, Ricardo "Guri", que eventualmente me comunico por email, Cézar Alvarez, Gastão (Gaston) Bravo .... Procurei contato com a terrinha pelo Site do FDS, mas dos meus, ninguém aparece,
aí achei o teu Blog. Longa vida para ele.

Carlos Eduardo Carrion disse...

Rubens, nesta época eu estava na capital, só indo a Livramento nas férias. Mas tinha contato com os "guris" que mencionastes, portanto devemos nos haver cruzado mais de uma vez, apenas não nos lembramos mais.
Um abração.
Ah! E de vez enquando aparece por aqui.