Sábado dia 19 de janeiro de 2008, pela manhã.
Débora viajando.
Um filho com os amigos na Praia da Ferrugem, outro na Austrália e outro com 23 anos (Se bem que me deu o prazer de aceitar o convite para almoçar, concedendo-me os espaço de uma provável moiçola.)...
Os irmãos e a mãe em local de difícil acesso.
Os amigos em lugar incerto e não sabido.
Enfim, sozinho e, de certa maneira, absolutamente livre.
Em priscas eras, quando ainda comunistas hereges, comedores de criancinhas, se digladiavam com burgueses sanguessugas e reacionários, li um livro que, se não me falha a memória, esta eterna traidora, tinha o título de “O Rei do Mundo Perdido” (Ou algo pelo estilo.)*.
Nele, um sujeito, o rei, vivia em um imenso palácio. Tão grande que não tinha fim. Salas, salões, gabinetes, quartos se sucediam infinitamente. Todos prontos para ele utilizar. Mas ele estava só. Nunca viu quem arrumava as peças e as coisas para ele utilizar.
Também não podia evadir-se, pois todas as portas davam para lugares que, através de outras portas, davam para outros lugares. Janelas haviam. Mas elas se abriam para abismos insondáveis e inescrutáveis.
O resultado da leitura era uma angústia que ia num crescendo.
De certa maneira me senti este rei hoje.
Por favor, não estou aqui a esbanjar lamúrias e nem pedindo que tenham dó de mim. Um aturdido pelo cruel destino que aqui me tens.
Basta levantar (Em pensamento ainda estou no tempo em que se tirava o fone do gancho.) o telefone e encontro companhia.
Só escrevi este, para dizer a vocês que, mais uma vez, comprovei como gosto da companhia humana.
*Não sei quem era o autor, só sei que foi alguém que não decolou como escritor. Mas se alguém descobrir, por favor, me avise.
Débora viajando.
Um filho com os amigos na Praia da Ferrugem, outro na Austrália e outro com 23 anos (Se bem que me deu o prazer de aceitar o convite para almoçar, concedendo-me os espaço de uma provável moiçola.)...
Os irmãos e a mãe em local de difícil acesso.
Os amigos em lugar incerto e não sabido.
Enfim, sozinho e, de certa maneira, absolutamente livre.
Em priscas eras, quando ainda comunistas hereges, comedores de criancinhas, se digladiavam com burgueses sanguessugas e reacionários, li um livro que, se não me falha a memória, esta eterna traidora, tinha o título de “O Rei do Mundo Perdido” (Ou algo pelo estilo.)*.
Nele, um sujeito, o rei, vivia em um imenso palácio. Tão grande que não tinha fim. Salas, salões, gabinetes, quartos se sucediam infinitamente. Todos prontos para ele utilizar. Mas ele estava só. Nunca viu quem arrumava as peças e as coisas para ele utilizar.
Também não podia evadir-se, pois todas as portas davam para lugares que, através de outras portas, davam para outros lugares. Janelas haviam. Mas elas se abriam para abismos insondáveis e inescrutáveis.
O resultado da leitura era uma angústia que ia num crescendo.
De certa maneira me senti este rei hoje.
Por favor, não estou aqui a esbanjar lamúrias e nem pedindo que tenham dó de mim. Um aturdido pelo cruel destino que aqui me tens.
Basta levantar (Em pensamento ainda estou no tempo em que se tirava o fone do gancho.) o telefone e encontro companhia.
Só escrevi este, para dizer a vocês que, mais uma vez, comprovei como gosto da companhia humana.
*Não sei quem era o autor, só sei que foi alguém que não decolou como escritor. Mas se alguém descobrir, por favor, me avise.
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