quarta-feira, 31 de outubro de 2007

HISTÓRIAS SEXUAIS DE SANT’ANNA DO LIVRAMENTO V,

Atenção - No caso uma história machista, preconceituosa, de certa forma escatológica. Mas que pode este pobre escriba fazer se a História é muitas vezes assim?
Corria o ano de 1968.
Um grupo de brasileiros lutava para livrar o Brasil dos comunistas comedores de criancinhas vivas; e aumentar os seus pilinhas, que ninguém era de ferro.
Outro grupo lutava para derrubar os gorilas, sanguinários e entreguistas; e pegar a sua porçãozinha de poder, porque pra santo ninguém servia.
Já outro grupo, numa cidadezita lindeira com o Uruguay, procurava a fórmula alquímica de pegar a mulherada que, naquela época, e naquelas paragens, ainda era muy arisca para estas coisas de sexo.
Num momento surge o boato, de procedência não conhecida, mas os boatos são assim mesmos, se não boatos não seriam, e põe em polvorosa a indiada todo.
Dizem, e isto tinha de ser dito a boca pequena, para ter mais valor e magia, que comer o cu de uma negra, em uma noite de lua cheia, ao ar livre, era tiro dado e bugio deitado. Não tinha mais mulher que negasse o estribo para o guasca veio.
Notícia de tal jaez não tinha como não criar um frisson, e, logo logo, um monte de cientistas locais procurava verificar a veracidade de tão meritória informação.
Saíram a pesquisar in loco, até encontrarem o dia da lua cheia, a afro descendente e os fundos necessários para tão fundamental comprovação.
Três ou quatro felizardos descobriram os meios e fizeram a experiência. Passou-se um mês sem que se observasse resultado algum.
Na nova lua cheia os mesmos, e mais alguns abnegados pesquisadores repetiram a experiência.
Desta vez o resultado não se fez esperar, mas não era o esperado.
Em uma semana se tinha um bando de gente com chato (Pthirus púbis), ou com sarna (Acarus scabiei)(Um pouco de nomes científicos e latim para dar uma certa seriedade a este tipo de crônica).
Com isto, mais um prêmio Nobel da Antropologia, ou do Comportamento Humano, foi perdido por Livramento.
E as gurias de Livramento continuaram fazendo doce, até o ano da redenção, que foi quando, quase simultaneamente, os ecos de Woodstock, de Maio de 68, do Sexo, Drogas e Rock’nroll, e, Aleluia, Aleluia Irmãos, a PÍLULA DEU AS CARAS PARA FICAR.
A vida melhorou um monte, a não ser para aqueles que acham que a vida tinha de ser encarada seriamente. (Até hoje eles estão se perguntando o que eles fizeram com bons anos de vida; a não ser terem histórias para contar, desde que encontrem quem as queiram escutar.)

3 comentários:

Maroto disse...

grande causo, fizeste a Urubua rir bem alto sozinha diante da tela. Já que a História, essa do H-zão, é sempre machista e preconceituosa, que bom que de vez em quando fica também escatológica e, com isso, quando calha, engraçada

Anônimo disse...

O local da aplicação do teste, na cidade lindeira, não seria no morro do Farolito ou adjacências ?

Carlos Eduardo Carrion disse...

O Laboratório Científico ficava sobre a Linha Divisória, pois era uma experiência de nível internacional, no Cerro do Marco.
Pelo menos para uma das equipes