Ernesto Che Guevara é o último herói romântico do século passado.
Aos poucos se vão perdendo seus contornos reais e criando-se outros ao sabor das fantasias e desejos de cada um.
Ele era bonito, carismático, sonhador, simpático.
Ele era um péssimo político, administrador, guerreiro, estrategista.
Matou ou ajudou a matar um monte de gente, alguns adversários, outros nem tanto e alguns inocentes que ficaram entre ele e seus inimigos. Se bem que até aí nada demais.
Escolheu o sonho socialista, numa época em que os países socialistas, sob influência da China e da Rússia viviam ditaduras duríssimas.
Fracassou como Ministro da Economia de Cuba. Fracassou como diplomata e negociador.
Fracassou como guerrilheiro no Congo e depois na Bolívia. Fracassou como construtor de algo concreto que fizesse melhorar a vida do povo, onde quer que tentasse fazer isto. Fidel, muy amigo, queria-o muito, mas longe dele e de Cuba.
Os jovens, e alguns maduros que não amadureceram, vão continuar levando bandeiras com fotos, slogans, fazendo peregrinações a lugares santos que Ele percorreu, igual aos beatos que eles criticam.
Os ossos branqueiam, esfarelam-se, desaparecem. Mas os monumentos se mantém em pé a testemunharem uma grandeza que só os seus construtores idealizam.
É, o mundo gira e a Luzitana roda.
Mas era bonito, carismático, sonhador, simpático. Vai ser um sucesso hollywoodiano, ou congênere.
4 comentários:
meu lado semioticista ficou querendo elocubrar sobre a sequência dos teus posts recentes :)
ah, pára de falar mal do Che. :(
não sou fã, não. mas pára, senão vou aí te bicar.
deixa o moço intacto, Marcinha, ele até reconheceu que o Che era bonitón ;)
Pô gente, eu até disse que ele era bonito, carismático, sonhador, simpático. Querem mais. Eu até tinha inveja do seu sucesso com as mulheres. Querem elogio maior!!
Postar um comentário