Neste episódio em que o Grêmio enfrentou o Flamengo e que, se vencesse, tornaria o Internacional, ou o São Paulo, ou o Palmeiras, campeão, me dei conta de uma coisa.
As pessoas estavam às voltas com o dilema. Vencer o Flamengo e dar o título para o arqui-rival?
Em nenhum momento um jogador do Grêmio parece haver pensado. “Eu vou dar o meu sangue e vou calar o Maracanã. Eu vou ser um novo Odublio Varela.”
“EU VOU FAZER HISTÓRIA! Foda-se se o Inter, ou quem quer que seja, for campeão. Azar se os dirigentes não gostarem. Que a torcida fique furiosa. Volto de ônibus daqui a dez, quinze dias, quando os ânimos esfriarem! EU VOU FAZER HISTÓRIA!”
E com sangue, suor e lagrimas, mobilizaria o time todo, faria um novo maracanasso, como a seleção uruguaia fez em 1950.
Mas quem sou eu para imaginar que estes pobres meninos fossem ter uma visão histórica, uma visão de estadista. Se os nossos homens públicos não têm esta visão, e deveriam tê-la, de onde foi que tirei eu esta tresloucada idéia, de que estes rapazes, cuja grande maioria irá acabar na vala comum da História, pudessem tê-la?
Dou-me conta que faltam Homens capazes de fazer História neste país. Com seu suicídio Getúlio saiu da Vida para entrar na História. Um dia antes estava quase soterrado pelo “mar de lama” que o Lacerda corneteava. No outro, era o herói máxime da defesa do povo desasistido.
Por isto é que homens como o Getúlio são inesquecíveis e a grande maioria dos nossos governantes será sepultada pelo pó do esquecimento.
As pessoas estavam às voltas com o dilema. Vencer o Flamengo e dar o título para o arqui-rival?
Em nenhum momento um jogador do Grêmio parece haver pensado. “Eu vou dar o meu sangue e vou calar o Maracanã. Eu vou ser um novo Odublio Varela.”
“EU VOU FAZER HISTÓRIA! Foda-se se o Inter, ou quem quer que seja, for campeão. Azar se os dirigentes não gostarem. Que a torcida fique furiosa. Volto de ônibus daqui a dez, quinze dias, quando os ânimos esfriarem! EU VOU FAZER HISTÓRIA!”
E com sangue, suor e lagrimas, mobilizaria o time todo, faria um novo maracanasso, como a seleção uruguaia fez em 1950.
Mas quem sou eu para imaginar que estes pobres meninos fossem ter uma visão histórica, uma visão de estadista. Se os nossos homens públicos não têm esta visão, e deveriam tê-la, de onde foi que tirei eu esta tresloucada idéia, de que estes rapazes, cuja grande maioria irá acabar na vala comum da História, pudessem tê-la?
Dou-me conta que faltam Homens capazes de fazer História neste país. Com seu suicídio Getúlio saiu da Vida para entrar na História. Um dia antes estava quase soterrado pelo “mar de lama” que o Lacerda corneteava. No outro, era o herói máxime da defesa do povo desasistido.
Por isto é que homens como o Getúlio são inesquecíveis e a grande maioria dos nossos governantes será sepultada pelo pó do esquecimento.