terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

MINHAS LEITURAS

Talvez alguém tenha se surpreendido com o fato de eu ler três livros ao mesmo tempo. Mas explico as minhas razões. Sempre fui um dispersivo. Lia, ouvia música, brincava com o gato, tudo ao mesmo tempo. E gravava e entendia o que havia lido. A minha carreira estudantil é uma prova disto.
Nos dias de hoje não tenho a menor dúvida que um neurologista iria me dar Ritalina.
Tenho até a impressão que precisava trocar de um foco a outro para poder digerir o que havia lido.
Isto continua.
Peguei o livro de Isaac Pavél, O Exercito de Cavalaria, que conta episódios da guerra russa polonesa de 1919/1920, mostrando a crueldade, o matar por matar, a mais absoluta desconsideração pelo outro, o lutar por um objetivo que a todo instante se contraria, ao lado de momentos esparsos de cavalheirismo, humanidade, bondade. Tudo descrito de uma maneira seca, objetiva, crua.
O D. Quixote, de Cervantes, no original, por finalmente haver reunido a coragem necessária para enfrenta-lo. Melhorar o meu espanhol e ver a loucura de perto. Ver este idealismo, tantas vezes cantado e louvado, pelos que com ele não precisam conviver, mostrar toda a boçalidade e indigência do seu desarrazoamento.
E, finalmente, no Manual do Hedonista, quis ver o que eu penso na expressão de um outro. E concordo com ele, pelo menos em linhas gerais.

2 comentários:

Maroto disse...

hoje dão Ritalina, a criança aprende a fazer uma coisa de cada vez e devagar e depois fica desempregada porque não é suficientemente eficiente.
Mas dá bem menos trabalho pros pais, isso é verdade.

Carlos Eduardo Carrion disse...

E pros professores de primeiro e segundo grau que tem de enfrentar aulas com 40, 50 ou mais alunos.