O blog de um sujeito que descobriu que o caminho do sofrimento, do ascetismo, da crença, só leva a mais sofrimento, a mais pobreza, ao entorpecimento da capacidade criativa.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Eu também quero a bolsa ditadura.
Um dia eu estava na frente do Julhinho (colégio público modelo da época ) quando um mangalão da polícia pegou-me pelo braço e me arrastou junto com um colega para junto da João Pessoa (Avenida que fica em frente ao dito colégio). Nós, recém vindos do interior, estávamos contemplando o movimento. Como dois colegas de aula, eu cursava o terceiro ano noturno, eram do DOPS, atestaram por nós e nos liberaram. Mas eu fiquei traumatizado. Sempre que me falam em ditadura eu sinto um frio no estomago. Meu medo é que uma mulher comente que eu estava com a dita dura. Aí eu posso brochar para sempre. Vivo eternamente com este medo. Advogados que me lêem, aceito-vos por contrato de risco. Na foto o colégio Julio de Castilhos e a avenida João Pessoa. A estátua do Bento Gonçalves não viu nada, pois os fatos ocorreram às suas costas.
Um cara que, depois de acreditar em idealismos, em perfeições, na esquerda, na direita, em Deus nunca levei muita fé, menos ainda nas religiões, passou a se dar conta que sempre se pode viver melhor. Que o prazer tem de ser criado, que é bom te-lo e porque ele é o elemento fundamental deste estado, sei lá de que, que chamamos de felicidade.
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