
Mas, de quando vez, o escriba se rende as pressões dele mesmo e resolve dar uns palpites.
Antes de tudo quero deixar algo bem definido. Nenhum palpite, conselho, serve para todo mundo. Mais ainda, quando serve para alguém, ainda precisa que sejam dados alguns ajustes.

De tanto olhar, estudar, bisbilhotar, casais bem, ou mal, sucedidos, deu para eu chegar a algumas conclusões.
Em primeiro lugar. O que salva um Casamento é paradoxalmente o não se casar. Não digo não assinar uns papéis, ou não usar aliança, ou não viver na mesma casa. Digo

Logo, logo, as rezingas, as barrigas, o vestir-se de maneira negligente, vão jogando pás de cal no amor e no tesão.
Quando se chega ao “paizinho”, “mãezinha”, “nega véia”, a Rotina, como um câncer, já se estabeleceu.
Outra coisa que termina com esta instituição é a Monogamia. O comer, todos os dias, o mesmo prato, torna, o que antes era prazeroso, no drama de Prometeu. Mas eu posso trair a minha mulher, e ela mim, dezenas de vezes; COM ELA MESMA.

Porque eu posso estar hoje com a Bela e Pulcra, amanhã com Messalina, depois com uma Princesa Romântica do século XIX, uma Intelectual, ou quiçás uma Loira Burra e, porque não, uma Putinha?
Um Casamento depende, entre outras coisas, de dois fatores que estão totalmente fora do controle de todos os seres humanos. Do Amor e do Tesão. É possível matá-los, criá-los não. Vamos pois cuidar do que podemos cuidar. O Fazer, o Criar.
Talvez assim permaneçamos casados até o além de nossas vidas, a depender do Imponderável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário