Meu caro amigo
Recebi o teu e-mail a respeito da pesquisa que dizia que, após diversas testagens, alguns pesquisadores haviam chegado à conclusão de que os negros seriam, em média, menos inteligentes do que os brancos.
Também vieram comentários de outros cientistas. Uns acusando a pesquisa, e os pesquisadores, de racistas. Outros alegando que estes nada mais haviam feito que pesquisar e divulgar os resultados encontrados.
Perguntavas-me também o que eu achava.
Confesso que me senti no que se chama uma saia justa.
O tema é muito explosivo, sensível. Os riscos de uma má interpretação são muito grandes. Teme-se que os resultados sejam utilizados de uma maneira equivocada e nociva. Mas, se a gente não diz o que pensa, duvido que se consiga ir muito longe em termos de pesquisas psico-antropológicas.
Portanto vou me arriscar.
Acho que nós somos genotipicamente e fenotipicamente distintos. Às vezes bem desiguais. Portanto, porque não aceitar a idéia de sermos também diferentes em termos de funcionamento psíco-intelectual?
Só que, e aqui faço questão de sublinhar, diferente não quer dizer inferior ou superior.
Estas testagens foram, que eu saiba, criadas por homens intelectuais, brancos, de nível sócio-econômico alto, para medirem o que estes homens consideram como inteligência, dentro dos padrões do que eles julgam que inteligência seja. E, certamente, temos conceitos diferentes sobre o que é inteligência.
Portanto, me parece que, nestes testes, por tais fatores, os indivíduos com as características do grupo que criou estes testes, se mostrem mais inteligentes do que os que apresentam outras características.
Mas isto estará longe de dizer que aquele grupamento humano é melhor que o outro. Apenas saberemos que, naquele campo específico, ele, em média, poderá ser considerado como melhor. Mas, e nos outros campos?
O problema do nazismo, ou de racismos em geral, é que eles visam qualificar um grupo, desqualificando os outros, de uma maneira ampla e irrestrita.
Isto, além de burrice, é crime.
Espero que tenha me feito entender.
Um abração
Carrion
Recebi o teu e-mail a respeito da pesquisa que dizia que, após diversas testagens, alguns pesquisadores haviam chegado à conclusão de que os negros seriam, em média, menos inteligentes do que os brancos.
Também vieram comentários de outros cientistas. Uns acusando a pesquisa, e os pesquisadores, de racistas. Outros alegando que estes nada mais haviam feito que pesquisar e divulgar os resultados encontrados.
Perguntavas-me também o que eu achava.
Confesso que me senti no que se chama uma saia justa.
O tema é muito explosivo, sensível. Os riscos de uma má interpretação são muito grandes. Teme-se que os resultados sejam utilizados de uma maneira equivocada e nociva. Mas, se a gente não diz o que pensa, duvido que se consiga ir muito longe em termos de pesquisas psico-antropológicas.
Portanto vou me arriscar.
Acho que nós somos genotipicamente e fenotipicamente distintos. Às vezes bem desiguais. Portanto, porque não aceitar a idéia de sermos também diferentes em termos de funcionamento psíco-intelectual?
Só que, e aqui faço questão de sublinhar, diferente não quer dizer inferior ou superior.
Estas testagens foram, que eu saiba, criadas por homens intelectuais, brancos, de nível sócio-econômico alto, para medirem o que estes homens consideram como inteligência, dentro dos padrões do que eles julgam que inteligência seja. E, certamente, temos conceitos diferentes sobre o que é inteligência.
Portanto, me parece que, nestes testes, por tais fatores, os indivíduos com as características do grupo que criou estes testes, se mostrem mais inteligentes do que os que apresentam outras características.
Mas isto estará longe de dizer que aquele grupamento humano é melhor que o outro. Apenas saberemos que, naquele campo específico, ele, em média, poderá ser considerado como melhor. Mas, e nos outros campos?
O problema do nazismo, ou de racismos em geral, é que eles visam qualificar um grupo, desqualificando os outros, de uma maneira ampla e irrestrita.
Isto, além de burrice, é crime.
Espero que tenha me feito entender.
Um abração
Carrion
2 comentários:
Eu diria que é a exclusão da inclusão.
Um ótimo feriado!
Pois concordo com Babi Soler, Carlos.
Um abração e bom feriado!!
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