sábado, 17 de novembro de 2007

SEXO E CRIATIVIDADE



Vocês já repararam que foi nos momentos de liberdade sexual, até dá para dizer de maior libertinagem sexual, que a criatividade humana foi maior?
Pelo menos visto do ponto de vista ocidental.
Os gregos, tanto do período clássico, como do helenístico, foram extremamente criativos.
Os romanos, ao tempo do Império (Na república bem menos.), idem, idem.
A Idade Média, com o monopólio da Igreja, e dos que a serviam, ou dela se serviam, foi a Era das Trevas, onde, de tempos em tempos, em lugares esparsos, e com a brevidade do luzir de uma fagulha, alguém, aproveitando uma brecha qualquer na censura, conseguia criar algo de novo.
No período renascentista, quando até os papas eram devassos, houve todo um florescimento das artes e ciências. Quem ficou para trás? Justamente aqueles países que mantiveram os costumes manietados por regras. Mesmo assim, alguns conseguiam, por conta das brechas, criar algo.
A nobreza, a alta burguesia, foi uma das responsáveis por muitas destas brechas, graças a seus privilégios, que lhes permitiam algumas excentricidades, das quais, os espíritos criativos que a acompanhavam, tiravam a sua casquinha. Não só na Arte, mas também na Ciência.
Na era Moderna e na Contemporânea, as ditaduras que muitas vezes serviram, no primeiro momento (Oh! Heresia que aqui estou a dizer!) para por ordem no galinheiro, no momento seguinte já lá estavam a estancar a criatividade. E uma das coisas mais reprimidas foram as manifestações sexuais. Acho que a criatividade só não foi mais reprimida, por que alguns, de “los grandes en el poder”, se permitiam umas libertinagens e esta trazia no seu entorno um hálito de criatividade.
Estou convencido de que SEXO É CULTURA, e cultura é a força motriz da criatividade, da engenhosidade, da luta pelo ir adiante. Pode-se até caminhar temporariamente por trilhas suspeitas, mas, no final, sempre se desemboca em algo de bom.
Mesmo na Ciência tenho medo dos homens sisudos, “sérios”. Normalmente eles não levam a nada e, muitas vezes, ao retrocesso.
At last, para criar é preciso pensar, para pensar é preciso se permitir pensar e poder trocar pensamentos. Isto não é possível quando se tem de, a toda hora, estar se cuidando para que algo não escape. A começar pelos impulsos e desejos sexuais.

Um comentário:

Maroto disse...

que progresso, em apenas um post passou de *viva a repressão* para *viva o sexo*. Mais uns três posts te dou alta :)