terça-feira, 27 de novembro de 2007

HISTÓRIAS SEXUAIS DE SANT’ANNA DO LIVRAMENTO VI, A FESTA DO CABIDE

Meu amigo e colaborador, que se intitula Anônimo, volta e meia mostra que me conhece, que tem um excelente nivel cultural e que foi meu contemporâneo.
Outro dia ele me escreveu sobre algo que quero compartilhar com vocês.
A FESTA DO CABIDE.
É preciso entender o que era para nós, naqueles priscos anos da minha vida, quando a vida sexual com mulheres ainda era, se não uma utopia, apenas um sonho distante, o que representava esta idéia.
Como se sabe, é nestas épocas de carência que a imaginação tem de suprir as privações concretas da realidade.
Existia então uma lenda, ou mito, de uma misteriosa folia que era denominada a FESTA DO CABIDE.
Esta, para um bando de punheteiros, dos 13 aos 15 anos, prefigurava o Éden.
Mulheres maravilhosas (Sim, ninguém ia imaginar a festa com mulheres feias.), devassas de olhos verdes e rostos angelicais.
Homens piçudos (Podem dar o sentido que quiserem para esta palavra.) capazes de proezas homéricas com seus phalus imensos, com a rigidez de um aço tolediano, daqueles que fazem toooing!!!! Até porque fantasias com uns molengões pastosos não teriam graça. Podia até ser uma ameaça para quando chegasse a nossa vez.
A suruba, sim, por que não deixava de ser uma suruba, ocorreria em lugares sofisticados, secretos, com senhas crípticas para a entrada (Imaginem se isto seria possível na Sant'Anna dos anos 60’s!!!?).
O bom desta fantasia é que todos nós acreditávamos nela, como um crente no Céu. Alias, era preciso acreditar. Com isto dávamos consistência aos nossos lúbricos devaneios.
Mas a Festa do Cabide; tal como nos era descrita, com os personagens entrando, tirando a roupa, colocando-as no cabide, adentrando no Grande Salão dos Prazeres da Carne, participando de uma orgia que faria Sodoma e Gomorra parecerem um convescote de alunas do colégio das freiras em Livramento; ficou, para a maioria, como a história da cabeça de bacalhau, do enterro de anão. Algo que existe, mas que eles nunca viram.
Para uns poucos, talvez felizardos, talvez não, há controvérsias a este respeito, estas fantasias, com algumas variações, ocorreram. Para outros, só ficaram as pálidas e enfumadas imagens da juvenil inventiva humana.
Mas não se desesperem. Para aqueles que ainda abrigam tais fantasias parece que há um lugar assim. Mas é assunto para uma próxima matéria.

2 comentários:

Maroto disse...

eu já ia te perdoar por ter se esquivado da participação no nosso bacanal abaixo com base em, pelo menos, vires compartilhar a Festa do Cabide, e ai me dizes que era tudo balela? Que decepção!
Sabe que no Estado de SP também se falava nessas festas? Eu sempre acreditei que elas aconteciam e só eu é que não era convidada. Não por falta de olhos verdes, mas porque era moça de boa família, claro

Débora Elman disse...

Festa do Cabide. Eu também ouvi falar muito. Dizem que tinha na minha época do DAFA (Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura), mas acho que era balela, nunca soube de nada concreto. Ou era para deixar as caretas e com namorado fixo e grudado por fora do esquema.