sábado, 17 de novembro de 2007

(VIGO MORTENSI) ALATRISTE


Peguei este filme na locadora. Muito bom. Trata-se da vida de um soldado profissional espanhol, membro dos TERCIOS, que era uma tropa de elite na Espanha de Felipe IV. Retrata o período em que a decadência do império espanhol se fazia mais visível.
O filme tem algo de épico. Honra, Lealdade, Princípios e Amor ocupam lugar de destaque.
Mas me dou conta de que o principal de uma guerra, que é a dor, o cheiro da morte, a mutilação, a fome, o destruir, tudo isto fica envolto por uma capa da glamuralização.
Aliás o cinema tem feito isto muito bem. Glamuralizar o horrível, criar uma estética da destruição e da violência.
Comparando O RESGATE DO SOLDADO RYAN, com o POR DETRÁS DA LINHA VERMELHA, dá para entender porque o primeiro ganhou mais Oscars, teve maior público. O segundo mostrava as misérias da guerra de uma maneira mais realística. Os heróis, no segundo, não eram tão heróis. A Morte é feia, sem estética, bizarra, é malcheirosa e cheia de moscas.
O mesmo se pode dizer dos filmes policiais. Nos quais a polícia é muito honesta, idealística, ou pelo contrário é só corrupta e prepotente. Que os criminosos, ou rebeldes, ou são só monstros, ou pelo contrário, até podem ser bandidos, mas tem tanto charme, são tão injustiçados, tão valentes que, com pequenas reservas, até servem como exemplo.
Por favor, não entendam o que escrevi como crítica, ou censura. Apenas como constatação.

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