domingo, 1 de abril de 2007

INDULGÊNCIA

IMPUNIDADE, COMPLACÊNCIA, CONDESCENDÊNCIA, TRANSIGÊNCIA

Ou nos locupletamos todos ou restaure-se a moralidade.
(Aparício Torelly, o Barão de Itararé - batalha que não houve).


Um amigo pega um carroceiro em seu pátio tentando arrancar a bancada de sua pia de churrasco. Manda parar, que vai chamar a polícia, o outro sai devagar, dizendo-lhe.
- Pode chamar, não vai acontecer nada mesmo.
Um outro pega um ladrão dentro de seu carro, depois de haver quebrado o vidro, já com o rádio na mão. Armado (Ou seja, meu amigo é um transgressor perigoso.), aponta para o meliante que tranqüilamente lhe diz.
- Ô chefe, se atirar vai ter um monte de neguinho querendo a sua pele, além de se incomodar com pulícia. Se me entregar pra polícia logo, logo, eu tô na rua e venho lhe incomodar. Me deixa em paz! Eu saio sem o rádio e tu não te incomoda. já sei que o bacana tem seguro.
Dito isto saiu a passo
Está para ser votada uma lei que determina que prefeitos devem ser julgados pelos Tribunais de Justiça do Estado, Governadores pelo STJ e o Presidente e seus ministros pelo Supremo (Que estão com suas mesas abarrotadas de trabalho).
Ou seja, só veremos um político corrupto, ou simplesmente ladrão, atrás das grades nas calendas gregas.
Agora, o Papagaio, que é assaltante de carros fortes, que é responsável direto e indireto por várias mortes, que parece ter o dinheiro de vários assaltos ainda em seu poder, que já fugiu da cadeia mais de uma vez, vai para o regime semi-aberto, do qual já escapuliu. E vai para o regime semi-aberto, que é uma moleza para por sebo nas canelas, escafeder-se, azular, com 1/6 da pena cumprida.
Aí me pergunto:
Porque não mexer na Constituição, e no Código Penal, para que o apenado tenha de trabalhar?
Que possa usufruir os regimes semi-abertos e etc. só quando faltarem dois anos para o final de sua pena.
Que as fugas sejam punidas como resistência à lei, à pena aplicada.
Que nossas leis não sejam para o primeiro mundo. Sejam para o nosso mundo.
Que se mude, o que tiver que mudar, para que esta quantidade de recursos e subterfúgios que enlentecem, fazem caducar os processos, deixem de existir.
Não estou pregando que criminosos sejam pendurados pelos pés e mergulhados em caldeirões de enxofre. Quero apenas me livrar das grades, poder caminhar a noite, não ficar temendo quando meus filhos saem, poder estacionar um carro sem tanto receio de não encontrá-lo na volta.
Enquanto não se conseguem recursos para presídios de primeiro mundo, que se construam presídios mais simples, menos sofisticados.
Não preciso me locupletar, nem viver num mundo moralístico. Quero apenas poder viver com mais liberdade.

2 comentários:

Telejornalismo Fabico disse...

*




e quem tem vontade política pra fazer isso?
a reforma no serviço público?
na previdência?
quais os grupos e partidos não estão fortemente mancomunados com as máfias, quadrilhas e conglomerados?

a gente sabe que precisa, o brasil sabe que precisa, mas em que grau conseguimos ser representados politicamente.

vamos lançar a pinta pra presidente?



*

Marcia disse...

opa. não vai dar. eu sou a favor dos caldeirões de enxofre.