domingo, 29 de abril de 2007

AINDA SOBRE O SUICÍDIO

Como os artigos sobre suicídio acabaram tendo muito mais repercussão do que eu esperava, quero aqui trazer dois fatos, ponto de vista, sobre o suicídio para, em algumas situações, vejam bem somente algumas situações, ele possa não ser encarado como uma doença.
Uma delas é de um dos Vargas que dizia:
- Um Vargas não pode determinar quando vai nascer, mas pode decidir quando vai morrer.
Me parece que os dois Vargas que se suicidaram (Getúlio e o filho, ou neto.) mataram-se em momentos que a vida não mais lhes oferecia perspectivas. Um pela perda do poder e a desmoralização, que o afastamento do cargo acarretaria. O outro porque chegara a um ponto da vida em que tudo que gostava e prezava se havia ido.
O outro suicida, Leopoldo Lugones, um dos maiores escritores argentinos, além de poeta, orador, narrador, crítico, historiador, lexicógrafo, helenista e tradutor, embora pouco conhecido para a grande massa, já dizia, muitos anos antes de sua morte:
"Dueño el hombre de su vida lo es tambiém de su muerte".
Ou seja, é possível que alguém, mesmo não doente, possa fazer a escolha filosófica de deixar de viver, embora isto contrarie inúmeros códicies.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sobre os Vargas compartilho com vc a opinião. Mesmo tendo horror a tiranos não há como não admirar Getúlio em sua época. Obrigado sobre Leopoldo Lugones, não conhecia.........e isso diz tudo sobre o suicídio:"Dueño el hombre de su vida lo es tambiém de su muerte". O Eclético.