quarta-feira, 25 de abril de 2007

O INFERNO

O Inferno não um lugar terrível; é um lugar em que se fazem coisas terríveis. Esta frase não é minha, como a maior parte das frases e idéias não são minhas, são do mundo e Eu, num comunismo absoluto, acho que tudo do mundo é meu, embora meu Ego não aceite o inverso.

Dia destes acordei no quarto totalmente escuro. Abrir, ou não, os olhos não fazia a mínima diferença. Não fosse a tal Lei da Gravidade e eu poderia pensar que vagava num imenso vácuo. Num vazio atroz. Atroz porque eu o fazia assim. Ele era somente um Nada Absoluto.
Penso que o Inferno, se existir, deve ser um imenso deserto negro e imaginário que nós iremos preencher com o que levarmos na alma.
Se alguém acha que estou esotérico demais, me serve de consolo saber que durante alguns séculos homens, ditos eruditos, gastaram suas vidas a discutir se o Inferno seria quente ou frio. A idéia de que seria frio predominou. Mas a iconografia julgou mais interessante um Inferno quente, cheio de chamas.
Com isto fico pensando que a minha concepção de Inferno não deverá vingar. Não tem um design adequado, falta-lhe uma aparência fashion. Vou consultar a minha mulher, que é arquiteta, e especialista em cores, para eu saber o que posso fazer para vender esta idéia melhor.

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