Quando Mario de Andrade criou Macunaíma, o herói sem jaça, certamente foi um visionário, capaz de enxergar Roberto Jefferson, 80 anos depois. Num país em que todos sonham com heróis idealizados, impolutos, Mario cria uma personagem que tem todos os defeitos do mundo, e pode ser um herói.
Vendo, hoje, o Roberto Jefferson no jornal, fico a me perguntar. Não será ele um Macunaíma?
O dito corrupto que denuncia os outros ditos corruptos (Como vêem tenho de me cuidar na fraseologia para não correr o risco de ser processado.).
E, como somos um país de Macunaímas, tirando algumas atitudes para fazer de conta que alguma atitude foi tomada, tudo continua como d'antes no quartel d'Abrantes.
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