sexta-feira, 1 de junho de 2007

O ÍDOLO - parte II

Boa pinta, que home da frontera nunca acha home bonito. Quando muito boa pinta e assim mesmo só despôs duns trinta anos, prá ninguém ficá pensando mal do vivente. Rico, mais de 400 quadras de sesmaria, lotadas de gado, e com as ovelhas só prá preenche as frestas, sempre em cima de um carro com motor grande, não estas porquerias de 1.0, 1,4 e por aí vai afora. Isto é motor prá lambreta, que é côsa pra fresco.
Mas principalmente, era putanhero de primera linha. Entrava no Chalé Verde e era só seu E. prá cá, seu E. prá lá, e não qué um uisquizinho seu E., seu E. venha conhece a Mercedes, acabô de chegá, quasi virge, só tá aqui por que tem de ajuda a vó que tá na Santa Casa e assim por diante, porque puta é assim mesmo, sentiu o chêro das bijujas e já ficam tudo alçada prá pega uma berba na grana do vivente. Bom, se entrava no Piano Drink a babação de ovo era de pega nojo. Se jogavam nele como mosca na bosta. Mas não era só puta. Era empregadinha, arrumadeira de hotel, guria de loja. E nós só ali. Babando e batendo punheta. Prá piorá pro nosso lado, comia as madamas, as filhas mais velhas das madamas, e era casada, soltera, desquitada, abandonada do marido. Só viúva não; dizia que era prevalecimento.

2 comentários:

Balbé, Cláudia disse...

Adorei encontrar vc via web. Apesar de estar precisando muito de conversar com vc. Eu e a Paula estamos em Brasília. E sempre vc nos vem á lembrança. Estou diluíndo minhas neuroses e mitoses...e me liberando, aos poucos.
Em breve, estarei em PoA e faço questão que conversemos.
Faze-me falta, sua sinceridade de Livramento, risos
Tosta, mas edificante.
PS.: Cresci, tá? E muitos dos méritos, são seus...
Um beijo
Cláudia Balbé

Anônimo disse...

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