sexta-feira, 18 de maio de 2007

UM CRIME DE MESTRE ou A PRAÇA É NOSSA ou E A CRIATIVIDADE ONDE FICA?



Fui assistir UM CRIME DE MESTRE, com o Anthony Hopkins. Um filme policial que se vai desenrolando de um modo sui generis. Mas as cenas finais nos levam a um final americano. Decepcionante.
O que me fez sair duplamente irritado.
Primeiro porque se cria a expectativa de algo novo, que acaba não acontecendo.
Segundo, porque se é para ver algo repetitivo, A PRAÇA É NOSSA e a ZORRA TOTAL, são de graça. E se é para ser tratado como imbecil, que se seja tratado como um imbecil completo.
Neste filme, como em tantos outros, ou novelas, ou peças teatrais, o criador vai indo muito bem, mas, no final, falta-lhe a coragem de dar um desfecho cru, dolorido ou doloroso. E lá vamos nós para a velha história de que os bons vencerão e os maus serão punidos, estando Brasília aí para desmentir.
Diógenes andava nu, com uma lanterna na mão à procura de um homem. Não chego a tanto. Mas lamento que a tantos artistas falte o culhão necessário para não ter medo de mostrar o que tem vontade de mostrar, e não um conto da carochinha repetitivo. A não ser que a grande maioria dos autores sejam piegas, o que me deixaria desconsolado a respeito da Humanidade.
A título de consolo, os 90% iniciais do filme são muito bons.

Um comentário:

Marcia disse...

por isso gostei tanto de Sexto Sentido. aquele final, inteligente, justificando um roteiro quase sem falhas.

são raros os finais em que vc diz: este cara não me tratou como um idiota.