sexta-feira, 25 de maio de 2007

EU E A PENA DE MORTE

Vai e volta e alguém propõe a volta da pena de morte, a oficial, pois a versão pirata está no mercado em profusão e a muito tempo.
Vou dar a minha opinião.
Sou a favor da pena de morte.
Mas somente para aqueles que, reincidentemente, cometerem crimes graves, assassinatos com extremos de crueldade, estupros, violência contra crianças e incapacitados, tráfico de drogas, serial killers et caterva.
Minha idéia se baseia no seguinte.
Não acredito na pena de morte como elemento inibitório para celerados. Só os não facínoras é que se assustam com a idéia da chegada da Parca. As pessoas soem imaginar que os pulhas pensam como elas. Isto é bobagem. Se assim o fosse, não seriam eles perversos, ou seríamos nós os iníquos.
A pena de morte teria a função de eliminar um problema, um risco, uma despesa do estado que poderá empregar este dinheiro para a Saúde ou para a Educação, onde há possibilidade de haver um retorno positivo. Além de se evitar mais um foco de rebeliões, fugas, massacres.
A razão dela só ser aplicável em reincidentes, e não apenas por conta da gravidade de um crime isolado é para que se evitem os erros judiciarios, para errar seria necessário falhar duas vezes. Por outro lado, um ser humano pode, num momento da vida, cometer um crime hediondo e não repeti-lo nunca mais. Porém, um que cometa um crime terrível, que seja capturado, punido e volte a delinquir no mesmo nível, em termos práticos é irrecuperável. Só acrescentará despesas sem retorno.
E, para os que me vierem com o lero-lero de que uma vida é sagrada, eu responderei que deixar certos indivíduos vivo é apenas uma maneira condenar outros a morte. E, se me falam que isto é uma mera possibilidade, eu retrucarei que a vida, a realidade, mostram que isto ocorre num número que supera, em muito, o número de vidas poupadas pela não aplicação da pena de morte.
Também se condenam a morte inocentes quando as verbas que poderiam ser aplicadas em tratamentos médicos, que podem ser caríssimos, são aplicadas em viagens do Fernandinho Beira Mar, ou na manutenção de um preso per omnia seculum seculorum.
Finalmente, o nosso medo em nos tornarmos assassinos legais nos inibe, deixando o campo livre para os homicidas continuarem a sua faina.
A imprensa dá eco aos protestos daqueles que dizem fulano demorou x tempo para morrer. O que ninguém diz é que a pessoa depois de um choque de milhares de volts, ou de uma dose brutal de secobarbital, mais cloreto de potássio e curare, ou de ter o corpo perfurado por uma dezena de balas, ou de ..., ... não tem a menor noção do que se passa com ela. É o que ocorre quando nos submetemos a uma anestesia (não confundir com analgesia ou sedação), ou a um eletrochoque. O paciente refere que simplesmente apagou, não havendo sequer tido a noção de que perdera a consciência.
Por isto sou a favor da pena de morte.
Para reincidentes de crimes gravíssimos.

Um comentário:

Marcia disse...

ai, tá bem.
respeito a opinião, mas sou contra.

quero prisões de segurança máxima e o fim da corrupção policial.
quero que apodreçam na cadeia.
quero a mudança desta lei absurda que só dá o máximo de 30 anos, não importa o crime.
quero prisão perpétua, sem direito a condicional, sem direito a diminuição da pena.

quero mudar tudo, mas não quero a pena de morte.
quero que construam mais prisões.
que invistam no sistema penitenciário, que sejam mais rigorosos, que formem mais juízes, que julguem com mais severidade.
não me importo que meus impostos alimentem os presos.
prefiro que eles estejam lá, em condições mais decentes, mais humanas, vigiados ao extremo, produzindo alguma coisa de útil se isso for possível, medicados quando necessário.

nenhuma sociedade que usa a pena de morte se tornou mais segura.
se o cara sabe que vai morrer, aí mesmo é que ele mata.
ele sabe que a vida dele já não vale nada, vai valer menos ainda.