domingo, 6 de maio de 2007

EDUCAÇÃO E CRIMINALIDADE

Quando leio que a solução para o problema da criminalidade que viceja, abunda e açoita o nosso país depende da Educação, fico a pensar.
Ou eu sou ingênuo e ignorante, ou os outros é que o são.
Ou eu não sei ler o que o mundo me mostra, ou são os outros é que não sabem.
Ou eu sou um pessimista de carteirinha, ou os outros são otimistas delirantes.
Claro que acredito nos valores da Educação. Da necessidade de Educação. Mas da Educação em sua concepção mais integral, mais ampla possível. Como cita Flávio Josefo. Nosso país todo mundo sabe a Lei. Antes mesmo de aprenderem a ler, já lhes é ensinada a Lei. Não é como nos outros que, só quando o sujeito comete um crime é que ele vem a saber o quanto aquilo é delituoso e punível. (A tradução é minha e dependeu da minha interpretação.)
Mas, enquanto não se ensinar as normas de convivência, E SE AS FIZER CUMPRIR, o resto é balela. O sujeito utilizará os seus conhecimentos, só para usar a expressão em voga, para o mal.
Será um criminoso mais educado, refinado, talvez sutil. Mas nem por isto menos criminoso.
Dos lugares que conheci, nenhum era seguro sem uma boa dose de repressão, castigo. Claro, as punições sujeitas a regras, normas, conceitos, bem claros e definidos. Nada de deixar ao livre arbítrio, ao bel prazer de um tiranete, às necessidades momentâneas de uma oligarquia caprichosa. E muitos destes lugares tinham um nível de alfabetização, e econômico, inferior ao nosso. Mas faziam cumprir a Lei.
Esta história de um único remédio, para solucionar problemas tão complexos, sempre me dá uma sensação de enfaro. É querer resolver as dificuldades da vida por slogans.

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