Antes que alguém pense que troquei de time esclareço que não. Não por uma homofobia. Apenas porque não troquei e porque homens não me atraem.
O português de que falo é o da língua.
Chegam-me comentários, diria críticas, se é que um ser tão perfeito como eu pode ser criticado, por usar palavras raras ou vetustas.
Esclareço que não faço isto por ser um fóssil, um snob. Faço-o pela singela razão de que tenho prazer em escrever certas palavras. Ou brincar com elas. Ou com as próprias regras desta gramática que me parece, frequentemente, obtusa.
Sou um peralvilho que se maravilha com sílfides, que se enleva com pulcretudes, que se extasia com a sonoridade, ilecibrice e blandícia da palavra bunda.
Algumas palavras são para serem ouvidas como jóias antigas. Não são para serem usadas amiúde. Devem vir à luz só ocasionalmente.
Outras, servem para despertar o pasmo, o enlevo, o arrebatamento, pelo extraordinário, e bizarria que elas expressam ou do que imaginamos que elas expressem.
Ou seja, as palavras também são como pequenos brinquedos que uso para folguear. E eu gosto muito de brincar.
2 comentários:
peralvilho?
é um peralta que come polvilho?
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acho que é um pomar de peras muito antigo.
desses que um dia produziu poire e agora só dá folhas.
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