As ditaduras de direita costumam ter poucos defensores. Normalmente abonados que tem muito a perder e preferem que lhes cerceiem a liberdade, ou a dos outros, de preferência, a perder dinheiro, propriedades. Ou os que se locupletam com a corrupção e as negociatas.
Já, como dizia, acho eu, o Delfim Neto, nos estertores da nossa ditadura, que a vantagem das ditaduras de direita é que elas eram biodegradáveis. As de esquerda soem durar bem mais tempo.
Entrementes alguns me acusam de ser de direita, (Logo eu que era contra a ditadura brasileira, a uruguaia, a argentina e a chilena, que eram, ao que me consta, ditaduras de Direita.), porque critico a cubana, ou os que a apóiam, ou idolatram.
Esclareço pois o que se segue:
Critico, a priori, qualquer ditadura, seja qual for seu viés.
Critico a cubana por ser uma ditadura.
Critico os que loas tecem a ela, porque fecham os olhos para suas arbitrariedades, ou, pior ainda, tentam justificá-las.
Irrito-me ainda mais com aqueles que tentam justificar, esta, ou aquela ditadura, porque no passado patati patatá. Usando este argumento chegarei sempre a Caim e Abel. Ou seja, nada teria solução.
Agora soube de mais uma. Desde a subida do Raul Castro ao poder, mais de 10 000 (DEZ MIL) cubanos fugiram do país, tentando chegar aos EUA via México. Uma viagem bem mais longa e, conseqüentemente, mais perigosa.
Porque negar às pessoas o direito de emigrar, viajar, estabelecer-se ainda que temporariamente no exterior.
Para alguém se por ao mar, em um caminhão, transformado em barco, por exemplo, sem a mínima segurança, é porque a coisa realmente está muito ruim. Ou serão todos estes loucos? Ou serão todos estes adeptos de aventuras radicais?
Como se dizia nos tempos d’antanho: Cartas para a redação.
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