O blog de um sujeito que descobriu que o caminho do sofrimento, do ascetismo, da crença, só leva a mais sofrimento, a mais pobreza, ao entorpecimento da capacidade criativa.
domingo, 30 de setembro de 2007
O CORPO NA MODA, ou, A MODA DO CORPO III
Continuando a minha tese de que um corpo bonito também é fruto de uma moda e que esta também é fruto de uma circunstância, entramos no helenismo e a continuação dele, que é a civilização romana dos séculos II AC até II DC. Talvez como subproduto de uma maior abundância alimentar (para as elites evidenment), talvez porque o corpo passa a representar o recipiente da cultura erótico-sexual-pornográfica que se instala definitivamente, ele necessita, sem abrir mão da estética, ser agradável ao toque, ao embate entre os corpos. Isto exige que ele, o corpo feminino, seja mais fornido, mais roliço. A estatuária e pintura da época refletem isto com clareza. Mesmo uma matrona da aristocracia romana, que deveria representar a seriedade em pessoa, a virtude, era representada, logicamente, vestida, mas deixando adivinhar que existia um corpo com “sustança”, como se diria na Macondo da minha infância.
Um cara que, depois de acreditar em idealismos, em perfeições, na esquerda, na direita, em Deus nunca levei muita fé, menos ainda nas religiões, passou a se dar conta que sempre se pode viver melhor. Que o prazer tem de ser criado, que é bom te-lo e porque ele é o elemento fundamental deste estado, sei lá de que, que chamamos de felicidade.
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