quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A BANALIDADE DA VIOLÊNCIA






Talvez tenha alguém imaginado que eu estava me referindo exclusivamente a nazistas, judeus, campos de extermínio, no post anterior.



Ledo engano.



Também me referia a estes. Mas estava pensando em tempos mais hodiernos.



Quando alguém desvia milhões da saúde, por exemplo, é tão carrasco, tão genocida, como Rudolf Höss (Comandante em chefe de Auschwitz) ou Eichmann (desculpem se sobrou ou faltou um m ou um n, mas é que estou com preguiça em pesquisar. Bom era aquele tempo em que tinha o revisor. Ele se encarregava disto).



Se alguém me alegar que este indivíduo, o que desvia, verbas da saúde, não mate ninguém diretamente, eu ponderarei que a maioria dos líderes nazistas também não matou diretamento. Até mesmo não assinaram sentenças de morte direta. Mas assinaram documentos que levaram milhões a morrer.



Assim como quem desvia dinheiro da saúde também leva milhares a morrer, simplesmente assinando os documentos que levaram ao desvio destas verbas.






Um comentário:

Telejornalismo Fabico disse...

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vivemos em tempo de banalização da morte. tudo é over, são centenas, milhares, milhões.
e nem assim há comoção.

roubar e deixar morrer é algo que não choca mais.

acontece todo dia, seja no hospital público, seja nas luxuosas salas dos caros planos de saúde privado.

ganhar dinheiro com a morte virou padrão. e os coveiros é que são mal-vistos ainda.



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