domingo, 9 de novembro de 2008

OBSERVAÇÕES DO DIA A DIA

Tenho horror a fazer força física, com exceção daquela para a atividade sexual, como sou de Livramento é bom deixar isto bem claro.
Por conta disto sempre fugi de ginástica & assemelhados.
Infelizmente chega um momento da vida em que não se tem opção. Ou se faz ginástica ou a casa cai. Não é bem a casa. Cai tudo. Mas tuuuudo mesmo. Sem papo.
Aí que tenho de ir numa academia. Como um amigo meu que tinha horror a ter de dirigir. Sempre tinha um baita de um carrão. Só no meio do luxo e do conforto fazia o que não gostava de fazer. Eu também sou assim. Para fazer ginástica tenho de fazer numa academia chiquésima. Se não, seria insuportável.
No meio do luxo, do conforto, cercado das frescuras da mundanidade até que eu consigo fazer os meus exercícios.
Bom, mas todo este discurso é só para trazer algumas observações.


Sexta-feira de tarde, a academia cheia, todo mundo naquela do eu sou feliz e vou fazer uma festa, dos carros, 7 em cada 10 são cinzas ou prateados.
No domingo de manhã passo na frente da Igreja São Manoel na hora da missa. De cada 10 carros 7 são pretos.
O que será que esta diferença espelha?

Pessoas dizendo que são isto, ou aquilo. Cada vez que alguém se auto-elogia, ou se apresenta como o ......... . Tenho a impressão que fala isto só para esconder o oposto que vive dentro dele. Então temos os espertos, os bons de negócio, os caras que tem mulher sobrando, os bons de cama, os macho barbaridade, os que dizem a verdade na lata, ou as mulheres poderosíssimas.

Uma mulher dos sessenta toda sedutora encurralando um homem também dos 60. Se vê que ele não quer nada com ela, mas tem medo de recuar e passar por cagão. E fica ali. Recuando, lentamente, com as mãos na frente à guisa de proteção, olhando de uma maneira ansiosa como se esperasse a chegada da cavalaria americana que iria salva-lo da morte nas mãos dos bárbaros apaches (só quem viu os politicamente incorretos filmes de cowboys da década de 50/60 pode entender isto perfeitamente). A que situações os resquícios do nosso machismo nos leva frente a maior liberação das mulheres.

A maior parte das mulheres levanta pesos maiores do que eu. Correm mais do que eu. Malham mais do que eu. Mesmo as da minha faixa etária. Acho que do ponto de vista físico não tô com nada.


Numa academia, com poucas exceções todo mundo parece ser feliz, poderoso, comoeuestoubem, e, principalmente, só com meia dúzia de neurônios funcionando. Deve ser para não sentir a chatura que é fazer exercício e não desviar energia para outra coisa que não sejam os músculos.
Ou pode ser só a minha visão, que tenho horror de fazer exercícios físicos. Desde pequenininho, lá em Livramento.

Um comentário:

Débora Elman disse...

é teu ponto de vista! Primeiro,as academias não precisam ser um espaço apenas para fazer ginástica.As pessoas fazem desses lugares pontos de encontro, que podem servir de bálsamo para a solidão, até porque sexta feira é um dia pesado para quem não tem um amor para passar dois dias e esquecer das mazelas do trabalho, dos colegas e dos chefes...E , por isso, compaixão pode ser uma palavra que pode combinar com musculação.