domingo, 23 de novembro de 2008

AFRODISÍACOS

É freqüente me perguntarem sobre afrodisíacos. Além disto vivo lendo manchetes a respeito de dietas e alimentos afrodisíacos. Ou de coisas afrodisíacos.
Lamento ser um chato desmancha prazeres, mas a rigor a grande maioria
das coisas que dizem ser afrodisíaco, que a gente lê, não tem o poder afrodisíaco que dizem que teriam, ou que nós desejaríamos.
Tirando alguns alimentos que contém hormônios, a possível existência de ferormonios para o ser humano, visões eróticas, quer do corpo, quer da atividade sexual, o resto tem uma ação afrodisíaca meramente subjetiva.

A questão toda é porque a nossa erotização é toda ela baseada em símbolos que elegemos, ou que aceitamos que nos imponham.
Estes símbolos devem nos remeter a idéia de algo bom e erótico. A partir daí definimos que aquilo é afrodisíaco para nós.
O vermelho é sensual porque nos foi criada a idéia de que ele é uma cor sensual. Depois racionalizamos, porque não agüentamos não saber o porquê das coisas, e nos explicamos, ou aceitamos a explicação, de que na natureza a cor da mucosa vaginal, da glande, etc. e tal, são avermelhadas. Mas se a pessoa receber outra informação a respeito do vermelho, associando a cor a algo muito desagradável, a cor vermelha será brochante para ele.
Portanto, será afrodisíaco para você, aquilo que você associar com prazer sexual, ou aquilo que você, por uma questão de fé, aceitar como
afrodisíaco.
Ou hormônios, ou ferormonios (se existirem), ou situações sexuais que para você forem eróticas.

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