Observando algumas crianças brincando e os pais que as acompanhavam não deixei de ficar pessimista em relação ao futuro.
Não vi, em momento algum, e eram uns três ou quatro pais e umas seis mães, alguém ter uma atitude firme quando alguma criança passava dos limites. Tudo dava margem para discussões infindáveis, quando não apelos melodramáticos, ou gritos inconseqüentes.
Tirando situações de risco muito evidentes, ou quando os pais, por cansaço, decretavam o “vamos embora”, a petizada levou todas de goleada.
Como mais tarde no colégio o mesmo vai acontecer. O aluno agora é cliente e, como todos sabem, o cliente tem sempre razão. As escolas só colocam limites in extremis.
Socialmente é a mesma coisa. Todo mundo tem medo de tomar uma decisão mais firme porque, entre outras coisas, não é politicamente correto.
Portanto, esperar o que da nova geração? Apenas aquilo que ela recebeu de formação e civilidade. E ela recebeu a idéia de que se tem de tentar ganhar no grito, ser mais ixperto, e acreditar na impunidade.
Talvez me tomem por um pessimista. É possível até que eu o seja, sem saber. Mas não vejo motivos para alvíceras.
domingo, 30 de novembro de 2008
NÃO HÁ LUZ NO FIM DO TÚNEL
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Um comentário:
Concordo contigo. Vejo muitas dessas cenas por aí e fico perplexa. Me parece que as pessoas já não querem se comprometer com mais nada, e nisso entra a própria educação dos filhos.
Abs.
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