terça-feira, 6 de maio de 2008

O PÚBLICO E O PRIVADO

O caso Ronaldo Fenômeno põe estes conceitos novamente em confronto.
Num primeiro momento todos parecem concordar.
Todo Homem (ou Mulher) Público tem direito a sua vida Privada.
-Certo?
-Não! A Prática nos diz que não.
E entre o que diz a Teoria e a Prática, a Prática, mais pragmática, mais verdadeira, mais concreta, acaba sempre tendo razão.
Aliás, um presidente, ou senador, norte-americano, de meados do século passado já dizia:
-Se um Homem se diz ser um Homem Público, ele é Público. Ele não consegue mais ser Privado. Tudo que ele fizer, e for por outro, ou outros, visto, público se tornará.
-Então ele não terá direito a uma Vida Privada?
-Direito ele terá, mas não conseguirá, na prática, com freqüência, exercer este direito.
-Mas um momento! Todo mundo tem direito a sua privacidade.
-Balelas! A Prática nos mostra que não é assim. E, com exceção de Idealistas, de Utopistas, de Teóricos, todo mundo sabe que é a Prática quem determina como o mundo deve ser. Pode não ser o ideal. Pode não ser ético. Pode não ser o que a Moral e os Bons Costumes dizem que deve ser. Mas é assim que acaba sendo.
Os que não se adaptam a esta realidade acabam por sofrer as conseqüências, por mais razões teóricas que tenham.
Não vou discutir a sexualidade do Ronaldo Fenômeno. Não vou discutir o indiscutível direito que ele tem de ter a vida sexual que entenda como adequada para ele. Só vou ter de avisá-lo:
-Tu és um Homem Público. Não te tiro o direito de fazeres o que bem entenderes de tua vida. Mas não posso tirar o direito, de quem quer que seja, de comentar sobre as tuas atitudes.
Posso pensar:
-Por que um sujeito com a grana que tu tens, foi escolher um travesti de aparência tão chinfrim?
-Por que dizer “eu não sabia que era um travesti?”, quando qualquer um não ingênuo é capaz de sentir-se afrontado, por perceber que estão menosprezando a sua inteligência, ao imaginar que alguém fica um tempo ao lado um travesti sem se dar conta que é um travesti, quando este alguém já saiu tantas vezes com mulheres, daquelas que despertam inveja em um querubim?
Mas só se pode fazer estas perguntas porque tu és um Homem Público. Se fosses um Chinelão Qualquer, ninguém, ou quase ninguém, teria sabido do ocorrido.
E nisto está a Glória e a Tragédia de ser Um Homem Público, ou um Chinelão Qualquer.

3 comentários:

Maroto disse...

eu ainda tenho esperança que ele se retrate e responda que depois da fila de mulheres lindas e imbecis com quem se relacionou, tinha esperança de encontrar um cérebro no travesti feio :P
Ficaria como lição para os demais homens, que precisam perceber que o dinheiro não conquista o direito à companhia das mulheres lindas e inteligentes. Como eu, por exemplo :D

Carlos Eduardo Carrion disse...

Maroto, minha querida
Pois a minha esperança é que ele dissesse.
-Sabe, eu tenho 230 milhões de dólares, já saí com um monte de mulheres e tinha curiosidade, vontade, sei lá o que, de ver como era com um travesti. Por que? Não posso fazer esta experiência?
Acho que calaria a boca de muita gente.

LADO B disse...

Pois é, o público e o privado.
Que merda dever ser para um homem público não ter direito a uma vida privada, pensando melhor ele até tem...só faltou inteligência para saber como vivê-la...O autor desse blog logo dava um jeito nisso!