terça-feira, 21 de abril de 2009

REFLEXÃO

Assisti domingo, pela terceira vez, no cine Cult o “Três Homens e um Destino – no original Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo”. Um western do Sergio Leone, com música do Enrico Morricone, estrelado pelo Lee Van Cleef e Clint Eastwood.
Mais tarde assisti o último 007.
Neste último filme uma sucessão de clichês, de efeitos especiais, correrias, mortes, explosões. As peripécias eram inverossímeis, e muitas vezes as cenas não se encaixavam, mas ali estavam para dar lugar a mais um efeito espetaculoso.
No anterior houve mortes em abundância, mas a história tinha coerência. Havia suspense e este durava um bom tempo até ser resolvido.
Ambos os filmes foram, são, sucessos de bilheteria. Ou seja, tem muita gente que gosta do 007 de agora, como tinha gente que gostou daquele western.
No western se via o filme, se tinha sentimentos e emoções e se era obrigado a pensar no trama.
No 007 se vê o filme e nele uma série enorme de cenas de ação. Não há espaço para pensamento ou reflexão.
Houve uma mudança enorme.
Me pergunto:
Mudou a maneira das pessoas pensarem, ou as pessoas (a massa) pararam de pensar, ou não mais querem pensar.Será que estou sendo apenas um saudosista, ou um constatador?

Um comentário:

Marcia disse...

adoro os 007. mas não tem introspecção. é só ação, aventura, o bem contra o mal, força física e charme. uns filmes são melhores que outros, mas todos têm frias homéricas, risíveis. isto é 007, aquele que tem licença para matar (e não seria bom?).

já o clássico de Leone é outro papo. de outra estirpe.

eu gosto de ambos. :P