sábado, 18 de abril de 2009

DEIXEM AS CRIANÇAS BRINCAR

Hoje eu passei pelo Parcão e vi um pai dizendo para a filha:
-Fulana, se tu não vieres pedalando na bicicleta eu vou guardar ela no carro (A menina estava
carregando a bicicletinha, parecia querer continuar carregando e mais, parecia estar achando legal carregar a bicicletinha.)!
Tudo bem, imagino um zeloso pai querendo que a filha usasse corretamente a bicicleta. Mas, pombas, a menina estava ali para ter aulas de ciclismo ou para se divertir???
Mais adiante uma mãe com outra menininha se encontra com outra mãe com um menininho. E começa:
-Fulaninha, dá um beijo no Fulaninho. Fulaninha, dá um beijo na tia X (Mãe do Fulaninho). Fulaninha, mostra o teu brinquedo para o Fulaninho (Neste meio tempo o Fulaninho e a Fulaninha haviam sentado no chão e se divertiam com a areia, não estavam nem aí para os brinquedos.). Fulaninha, olha só a bola do Fulaninho. Fulaninha, conta pra tia X o que é que tu
ganhou da vó.
Nesta hora eu já estava em retirada e não vi o desenrolar do resto do diálogo (Monólogo?), mas de longe, pelo que observei, continuava no mesmo tom, com as mães querendo que os filhos fizessem isto, ou aquilo.
Afinal, mesmo com a melhor das intenções, o que estas pessoas querem criar? Seres humanos que tem de descobrir seus caminhos, aí sim, ajudados pelos mais velhos, nos momentos de dificuldade, ou marionetes?

Um comentário:

Telejornalismo Fabico disse...

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toda geração muda em relação a anterior, dentro daquilo que é possível mudar.

mas tá dose, grosso modo, vivenciar essa relação pães e filhos de hoje.
ao mesmo tempo que querem normatizar tudo permitem.

e criam permissivos normatizados: pros iguais eles são educadinhos, pros diferentes são insensíveis.

quero alguns dos bons costumes de volta, rapidinho.




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