sábado, 5 de julho de 2008

E AÍ SENHORES e SENHORAS?

Uma garota de programa me contou.
Filha de de uma família de classe média em decadência e não querendo seguir a trilha do declínio social como uma inevitabilidade, aceitou o convite de uma amiga e começou a fazer programas.
Comentários dela que eu acredito serem verdadeiros.
O máximo que conseguiu ganhar em um emprego, dos ditos decentes, foi R$500,00.
Sua faculdade custa R$1000,00 por mês. É uma boa faculdade. Tem mais 6 colegas na mesma aula que custeiam os seus estudos da mesma maneira.
A mãe e o irmão, que é doente, consomem outros R$1000,00. O pai se mandou há um bom par de anos.
Com 2 a 3 programas por semana fatura uns R$3000,00 por mês. Fora um trabalho “honesto” ligado a sua faculdade (+ R$400,00).
Não se sente culpada. Pode escolher os clientes.


Não vem com o velho chavão: “Não vejo hora de largar esta vida!” A não ser depois de formada.
Alguém se habilita a censura-la? A jogar-lhe pedras? Alguém tem alguma fórmula que permita que ela continue a estudar, ajudar a família, levar uma vida normal e não apenas de sobrevivência? Se tiver, por favor, deixe a receita na sessão “comentários”.

10 comentários:

Maroto disse...

já tive alunos e alunas que faziam coisas muito mais aviltantes para custear os estudos. Encher o saco alheio com telemarketing e ao mesmo tempo ser humilhada por um controlador de setor que urrava com as funcionárias, por exemplo. Vender droga que ainda por cima sabia que estava carimbada. A lista é grande e nojenta... se a moça escolhe os clientes e ganha quinhentinhos, só aconselho que use boa camisinha e faça exames médicos periódicos.

LADO B disse...
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LADO B disse...

Meu comentário anterior acabou não atendendo ao solicitado, ou seja, uma receita. Não estavas querendo saber minha opinião a respeito do caso. Receitas geralmente são soluções que se apresentam e se prescreve para quem precisa. No entanto, o que funciona pra um não é eficaz em outro. Diante disso eu diria que receitas para mudar a situação da jovem podem ser muitas, mas acredito que ela tem inteligência bastante para ter experimentado senão todas, muitas delas. A receita que mais se adequou a necessidade dela com certeza é a que elas está fazendo uso. Doses homeopáticas nunca combinaram com quem quer efeito rápido e imedíato.

LADO B disse...
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Maroto disse...

eu me habilito, sim, Lado B. A conexão entre os programas da garota e agências de escort + tráfico de drogas não está no post do Carrion, só no teu comentário. Pelo que entendi a garota não está traficando mulheres, nem usando ou vendendo drogas. Se ela não está fazendo mal a ninguém, qual é o problema?

LADO B disse...
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LADO B disse...
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LADO B disse...

No teu blog, urubu, teu post do politicamente correto tem um pouco haver com isso, não acha? esse negócio de fazer de conta que não nota, que é normal, que é melhor esconder embaixo do tapete....até que acontece com nosso filho, e aí...bom melhor eu já ter aceito como coisa natural, afinal não prejudica ninguém, nao é mesmo!

Maroto disse...

golpe baixo essa do politicamente correto, Lado B! Se tem uma coisa que eu não sou é politicamente correta, pelo contrário, eu sou quase grosseira de tão direta. O que eu disse lá no primeiro comentário é que já tive alunos que faziam coisas que considero mais aviltantes que cobrar por sexo para pagar a faculdade. Por exemplo, azucrinar a vida alheia com telemarketing enquanto é humilhado pelo supervisor oito horas por dia. Isso é melhor do que fazer sexo por dinheiro? Também já tive aluno que vendia droga, e carimbava, com pó de vidro, gis, sei lá o que, para 'render' mais (esse foi pego e expulso. A moça do telemarketing não).
Se fosse com o meu filho, ou com a minha filha, eu diria que não há justificativa no mundo para fazer mal a si mesmo ou aos outros, e humilhação está incluída nessa idéia de 'fazer mal'. Muito menos para pagar faculdade, já que diploma não é condição de felicidade.Votlando ao assunto mais polêmico, não acho que prostituição seja uma profissão assim tão horrenda. Acho é que deveria ser legalizada inclusive porque isso ajudaria a evitar abusos. Se a prostituição pudesse ser exercida por gente que se considera talentosa e com vocação para isso e com carteira assinada, assistência de saúde, garantia de segurança, décimo terceiro, férias, por que não?

LADO B disse...
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