segunda-feira, 22 de outubro de 2012

SEXO ANAL - O PECADO NEFANDO - ( palavras chaves - sexo anal, coito anal, sodomia, sodomita, pecado mortal )

SEXO ANAL – O PECADO NEFANDO


Lendo algumas coisas sobre a Santa Inquisição, que tudo tinha de inquisição e nada de santa, pude perceber que, ao lado de pecados que interessavam diretamente a ela, como negação de fé, alteração de conceito de fé, ataque a própria Igreja, ou Seus Representantes, interpretação das Santas Escrituras, bruxarias, feitiços e por aí vai; uma parcela, importante, dos seus esforços repressivos ia no sentido de reprimir a sexualidade.

Dentro desta repressão, havia uma hierarquia a respeito dos “pecados sexuais”. Adultério, bestialismo, prostituição, pedofilia, tudo isto era pecado, mas o grande, o imenso, o do qual nem se deveria falar, tal a aversão que deveria provocar, o abominável, o execrável, o infando, ligado a pessoas de má índole, malvadas, perversas; o que denotava ou revelava impiedade, desprezo pela religião; que era ímpio, sacrílego, moralmente degradado; corrupto, depravado, capaz de levar o sujeito à fogueira (ao contrário do que se pensa, nem todos os pecados levavam a fogueira). Era o “pecado nefando”, ou seja, o coito anal, a sodomia (o termo “gomorria", de Gomorra, que representaria a violência, a falta de lei, nem sequer existe nos nossos dicionários), “o uso do vaso posterior”, o homossexualismo, quando penetração anal havia, o mesmo nas relações conjugais.

Tão forte foi, e é ainda hoje este conceito, que até hoje é a forma de prazer sexual habitual, corrente, mais reprimida, mais criticada. A própria Medicina que de início não o aceitava de forma alguma; usando argumentos bacteriológicos, anatômicos, fisiológicos, patológicos em geral, para não falar nos argumentos da área da psique, agora, a contragosto, o aceita, mas com uma série enorme de pré-condições, pré-requisitos. Que não são utilizados para valer para tentar conter, com a mesma intensidade, a churrascada de domingo com os seus colesteróis, triglicerídeos polissaturados, o álcool, e os doces em abundância, só para dar um exemplo corriqueiro.

Até hoje me pergunto o por quê?

Porque não é procriativo? Existem diversas formas de atividade sexual que não são procriativas e são bem mais aceitas. Porque existe um penetrado (passivo) e um penetrador (ativo)? Pelo amor de Deus, estamos cercados de atividades com este caráter em outros campos e elas não causam clamor.

Suspeito que seja por conta de ser uma atividade que gera muito prazer em quem sabe fazer, gosta e aproveita (respeitadas algumas limitações, como todas as formas de prazer tem de ter algum tipo de limitação).

Mas se alguém souber de uma razão mais clara, por favor, me avise.









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