Em qualquer pesquisa de opinião pública, itens como saúde, educação, segurança, são ditos como prioritários. Na hora H, vejo que não, razão pela qual desconfio muito de pesquisas de opinião, ou de comportamento.
Vejamos no campo da saúde.
A quantidade de pacientes, que marcam uma consulta e depois não vão, passa dos 30%. Dos que vão e o médico pede exames, uma bela quantidade não faz o exame. Dos que fazem os exames, outro número significativo não pega os resultados. Destes, outra parcela não os leva de novo ao médico. E dos que levam, um outro grupo não faz o tratamento. Mas, logo ali, marca nova consulta.
Daí a dificuldade em conseguir marcar uma consulta, ou então a hiper-lotação das emergências, pois, nestes casos, se tem dor, pressa e um pronto atendimento, que, em geral, serve para aliviar e encaminhar o problema; não para resolvê-lo.
Um amigo meu, bom médico, que trabalha com convênios (pacientes de convênio faltam mais), me contou que, a única solução que achou, para não desatender quem precisava era: marcar mais pacientes do que seria o lógico para o horário de atendimento, por que, sempre os que faltavam, davam o tempo necessário para os que iam; ou atender por ordem de chegada. Resultado, os pacientes eram sempre atendidos, mas tinham de esperar. Isto porque marcando horário não dava.
É pena, mas este é um dos problemas da Saúde.
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