domingo, 21 de novembro de 2010

SEXO AOS SESSENTA - Sex at Sixty

Esta coluna sempre preocupada em auxiliar ao próximo, talvez seja um caminho para chegar ao reino dos céus, vem aqui dar uma aulinha de graça.
Uma queixa da turma do “depois dos cinqüenta” é que o bixo véio não se assanha por qualquer coisa e aí o índio véio se acovarda em tomar uma iniciativa, vá-la que o cara se percipite e dê vexame.
Ignóbil bobagem.
Existe de fato uma inversão. Em áureos tempos, talvez nem tão áureos assim, o “tipo” se assanhava por qualquer porquera o mangolão ia atrás. Depois, varia muito de homem para homem, a regra se inverte. O cara TEM de ir atrás, procurar fazer coisas que lhe dão prazer para que o velho índio de guerra se aprume e comece a gritar: E eu!? E eu!?
Ou seja, o homem precisa de mais estímulos para ver o instrumento funcionar.
Para os que não se acovardam por qualquer cosa, isto até acaba sendo uma vantagem. Ao perderem a pressa se tornam mais carinhosos, românticos, envolventes. Por isto, quando uma mulher mais jovem se envolve com um homem mais velho, costuma ter uma boa recordação do ocorrido (merchandising barato). A exceção daqueles que, por medo de falhar, de perder o levantamento da coisa, aceleram o processo. Aí a emenda sai pior que o soneto.
Portanto, vai aqui a mensagem, talvez redentora, para aqueles que se lembram de quando os Beatles surgiram. Não se preocupem com o estado do “animal” antes. Ele vai acompanhar vocês nos finalmentes. Cuidem, isto sim, dos mientras tanto.

OS QUE NÃO APRENDEM COM A HISTÓRIA ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LA


Vi que o Brasil se absteve de condenar o Irã por desrespeito aos Direitos Humanos. Não entendo. Dá idéia até que a gente até pode achar feio, mas não devemos nos meter nos assuntos alheios.
Imagino a seguinte cena. Da minha janela vejo os vizinhos baterem boca. Devo me meter? Acho que não. Vejo o marido putear a mulher de cima a baixo. Me meto? Acho que não, mas se for convocado a depor num processo de separação litigiosa acho que devo fazê-lo. Vejo o marido enfiar a mão nas fuças da mulher. Creio que, no mínimo, devo chamar a polícia. Vejo que o marido está tentando matá-la. Penso que, além de chamar a polícia, se tiver algum meio, devo tentar impedí-lo de continuar em seu desiderato (chic esta). Mas se meter em assuntos de outro país, mesmo que estejam cometendo crimes, nunca. Daí da para entender porque não fizeram nada com o Hitler e o Mussolini enquanto havia tempo. Deu no que deu. E por aí vamos.
Podem alegar que outros também não respeitam os Direitos Humanos. Então que se façam moções para condená-los.
Mas o silêncio cúmplice é tão criminoso quanto o próprio crime. Pode haver uma diferença de grau, mas é crime igual.

INTOLERÂNCIA E PRECONCEITO

Peguei no facebook da minha amiga Carla Zeglio.
Líder religioso do Mackenzie ataca lei contra homofobia e causa polêmica - vida - Estadao.com.br
www.estadao.com.br
Em manifesto publicado no site da universidade e retirado minutos depois, chanceler diz que projeto de lei 'interfere na liberdade' de orientação religiosa.
Têm pessoas que me lembram o deputado Justo Veríssimo do Chico Anísio. Têm horror a homossexuais, a negros, a pobres, a quem pensa diferente delas, a judeus, a muçulmanos, a velhos, a gordos, a ecologistas, e por aí vai. Pegam a Biblia, tem várias versões, encontram uma frase qualquer, retiram-na do contexto geral e põe na boca de Deus. E ai de quem as contrarie...
Durante a campanha eleitoral, disse a uma pobre coitada que me mandou uma propaganda da Dilma que eu votaria na Dilma se ela me explicasse porque o partido da Dilma sempre havia obstaculizado, de uma maneira, ou outra, a investigação do caso Celso Daniel; a punição dos membros do Mensalão; a razão pela qual o caso Erenice nunca fora percebido por quem estava ao lado. Além de me mandar um email irritadíssimo com a minha posição "sectária", me bloqueou no seu MSN, coisa que eu nem sabia que tinha. Imaginem pessoas como estas com poder na mão?
Uma amiga, que votou na Dilma me perguntou se me referia a pessoas como ela. Claro que não. Entendo que pessoas possam votar em quem bem entenderem. Mas, se vierem pedir o meu voto, que sejam capazes de ter argumentos e discuti-los, e não vir impor dogmas. Alias, não sei por que a minha amiga resolveu vestir uma carapuça que não lhe pertence.

domingo, 14 de novembro de 2010

SEXO AOS SESSENTA

Quando eu era guri, o sexo para os homens, acima dos sessenta anos, resumia-se, em sua grande maioria, ao sexo oral. Oral de Discurso. Ou seja, contavam no Clube Comercial as aventuras e façanhas que haviam realizado. Alguns mais ousados davam um tom de que a coisa pertencia a contemporaneidade. Mas acabavam, em geral, pelas costas, ridicularizados. Se os tratava como pobres fanfarrões.
Não deixava de haver uma boa dose de verdade nisto. Aqueles sessentões, em sua imensa
maioria, haviam fumado um monte, bebido todas, se alimentado mal e eram, em sua imensa maioria, sedentários de escol. Suas barrigas eram um atestado para estas palavras minhas.
Hoje as coisas mudaram. As mulheres se liberaram, o fumo deixou de ser obrigatório e, embora ainda se beba muito, a idéia do alcoolismo é levado em conta como doença; fazer exercícios virou rotina para muitos, pesadelo para outros tantos, como eu, mas ninguém contesta a utilidade e necessidade.
Resultado, os sessentões estão transando como nunca antes na História da Humanidade (nada como um plagiozinho adaptado). Para completar o quadro e para alegria destes indivíduos, entre os quais, a contragosto, me incluo, existem os eretógenos. Viagra, Cialis, Levitra, Helleva, os quais fazem a alegria da garotada, garantindo que “ele”, pelo menos, tenha um desempenho jovem, jóia, maneiro. Nem que seja com ele deitadinho de costas, a mulher vindo por cima, e ela encarregada da movimentação física. Ele fica encarregado dos gemidos, palavras de incentivo, elogios. Pode não ser o ideal, mas, pelo menos, funciona.
Aí vem um problema. O preço dos remédios neste paraíso tropical que chamamos Brasil.
Um comprimido de Viagra custa em torno de R$11,00.
Um comprimido de Cialis custa em torno de R$31,00.
Um comprimido de Levitra em torno de R$30,00.
Um comprimido de Helleva R$12,00.
Mientras tanto, em el país de los hermanos, my querida segunda pátria, el Uruguay,
Um comprimido de Plenovit, ou Vimax, que equivalem ao Viagra, com teste clínico, pelo menos de conhecidos e pacientes meus, custa aproximadamente R$1,50.
Um comprimido de Talis, que é o equivalente de Cialis custa em torno de R$5,00.
Estou falando de comprimidos que vem do Uruguay, ou da Argentina, que são países confiáveis, ou tão confiáveis como o nosso, em termos de qualidade da medicação.
Porque temos de ter uma legislação fiscal e de propriedade industrial tão desfavorável ao usuário?
E não fiquemos só nestas medicações. As estatinas, custam por aqui pelo menos 3 a 5 vezes mais do que lá. POR QUÊ? E, principalmente, por que nunca ninguém tomou uma providência efetiva para mudar este quadro?
Os sessentões eróticos, satíricos, bon vivants, luxurientos, penhoradamente agradecerão.
Total, poder dizer, ainda que nos chamem de machistas y otras cositas más – “Tchê lôco, di três onte!” – NÃO TEM PREÇO!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SEXO, VIAGEM E FEIJOADA

Todo mundo acha normal que, de tempos em tempos, a gente faça uma viagem e vá para um lugar diferente.
Paris, por exemplo.
Por que se faz isto? Para, simplesmente, se ver outras coisas, vivenciar novas situações. Depois se volta para a terra da gente e aquilo fica dentro de nós, como uma bela e gostosa experiência sensorial.
O mesmo a respeito da comida. Pode-se comer um feijãozinho honesto. Ou acrescentar um charquezinho e uma linguicinha. Ou se pode, ocasionalmente, comer uma baita de uma feijoada. Só que ninguém vai comer uma feijoada completa todos os dias.
Com sexo é a mesma coisa. Pode-se, e se deve, fazer de vez em quando uma extravagância. Para acrescentar algo ao cardápio da vida. Para encher o baú das recordações. Para poder um dia, quem sabe, dizer: Confieso que vivi.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SEXO E SEGURANÇA

Lá pelos idos do anos 70 eu, e o meu pai, entramos para ver o Monumento aos Heróis do Passo do Rosário (ver o post abaixo deste).
O chão, ao redor do monumento, estava coalhado de preservativos usados. Os românticos da época iam lá para transar, aproveitando a paisagem insana do dia, ou misteriosa da noite.
Agora, nenhuma camisinha era visível. Duvido que isto ocorra por conta dos motéis. Para mim isto me cheira ao medo de ser assaltado e passar por uma aventura sexual exótica e violenta.

E isto que todos os políticos, candidatos a algum cargo, falaram em “melhorar a segurança pública”.
Imaginete lôco, y si ellos no tuviessen esta preocupación?

MONUMENTOS

Em qualquer lugar do mundo os monumentos são cuidados, preservados, porque, além deles ajudarem a conservar uma parte da cultura de um povo, de uma nação, de uma instituição, et caterva, eles também servem para ajudar a impulsionar o turismo.
Perto de Rosário do Sul existe um monumento em homenagem aos que tombaram na batalha do Passo do Rosário, que freou as pretensões de argentinos e uruguaios pelas terras do sul do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Não sou do tipo ufanista, nem acho que a guerras possam se justificar com facilidade. Mas, muitos dos que ali morreram, acreditavam numa causa.
Talvez, se não fosse por eles, esta hora nós estivéssemos discutindo sobre quem seria o Melhor Jogador de Futebol do Mundo. Maradona, ou Di Stéfano? Ou quiçás, não haveriam dúvidas que o Maior Campeão de Fórmula 1 foi o Fangio, com o seu pentacampeonato, numa época em que o decidia uma corrida era “o braço” e não a tecnologia. Diríamos que Piquet e Senna, com seus mixes tri campeonatos, seriam meros aprendizes de feiticeiros.
Pois bem, o monumento, simples, espartano, está mal conservado. Bastavam três homens, durante uma semana por ano, e um homem durante três dias ao mês, para que o monumento, e o gramado ao seu redor, refulgissem em sua singeleza.
Quem para ali, fica deslumbrado com a paisagem, a famosa “imensidão do pampa”. Não havendo vento, o silêncio é “ensurdecedor”, como no dia em que passei ali.
Mas é uma pena. Não somos nem um país de ruínas. Somos um país que condena as ruínas a serem meras velharias, que tem de ser varridas para darem lugar ao Novo, cafona, supérfluo, descartável, mas Novo.
Aqui, o Coliseu já teria ido abaixo.

FALAR DOS OUTROS É FÁCIL

Vocês já imaginaram a Place de la Concorde, ou La Plaza de Mayo, ou Trafalgar Square, cheias de camelôs, que com suas barracas impedissem que se enxergasse o conjunto arquitetônico que as cercam?
Claro, proporções à parte, é o que se pode observar na Praça Internacional em Livramento. Uma praça de características suis generis, como poucas no mundo, está tomada pelos camelôs. Entendo que a Fronteira é pobre e que as pessoas precisam sobreviver. Mas será que a prefeitura de Livramento e a Intendência de Rivera não tinham capacidade de equacionar este problema?
Depois se fala que somos um povo sem História e sem Cultura. Mas o que ocorre aqui foi feito à vista de todos. Das autoridades ao simples cidadão. Poucos devem haver protestado e menos ainda os que devem haver tentado tomar alguma atitude. Depois falam de Ciudad del Leste...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Fragmentos de um diálogo sobre Sexo e Poder

Jamile disse...
Noooossa... Apesar de nunca cogitar na possibilidade, mas transar com mais de 5.000 mulheres parece ser humanamente impossível... talvez tal opinião faça parte da minha ingenuidade... mas me imaginei no lugar dele, nuuuunca que iria aguentar... 5.000 homens... acho que nem em dez vidas.

Carlos Eduardo Carrion disse...
Jamile, algumas prostitutas ultrapassaram fácil, fácil este número. Por isto, quando falam que os homens transaram com 6,8 mulheres e cada mulher transou com 3,2 homens (Números ficticios, meramente ilustrativos.) a gente diz: não fechou a conta!, é porque muitos destes homens transaram com prostitutas, e estas, já nem sabem mais com quantos homens transaram, ou mentem, por pudor, vergonha, MESMO QUE SEJA EM QUESTIONÁRIOS inidentificáveis. Se há uma coisa que eu não acredito são em números em estatísticas sexuais.
A pessoa mente até para si mesma.
Um abração
Carrion