terça-feira, 9 de novembro de 2010

MONUMENTOS

Em qualquer lugar do mundo os monumentos são cuidados, preservados, porque, além deles ajudarem a conservar uma parte da cultura de um povo, de uma nação, de uma instituição, et caterva, eles também servem para ajudar a impulsionar o turismo.
Perto de Rosário do Sul existe um monumento em homenagem aos que tombaram na batalha do Passo do Rosário, que freou as pretensões de argentinos e uruguaios pelas terras do sul do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Não sou do tipo ufanista, nem acho que a guerras possam se justificar com facilidade. Mas, muitos dos que ali morreram, acreditavam numa causa.
Talvez, se não fosse por eles, esta hora nós estivéssemos discutindo sobre quem seria o Melhor Jogador de Futebol do Mundo. Maradona, ou Di Stéfano? Ou quiçás, não haveriam dúvidas que o Maior Campeão de Fórmula 1 foi o Fangio, com o seu pentacampeonato, numa época em que o decidia uma corrida era “o braço” e não a tecnologia. Diríamos que Piquet e Senna, com seus mixes tri campeonatos, seriam meros aprendizes de feiticeiros.
Pois bem, o monumento, simples, espartano, está mal conservado. Bastavam três homens, durante uma semana por ano, e um homem durante três dias ao mês, para que o monumento, e o gramado ao seu redor, refulgissem em sua singeleza.
Quem para ali, fica deslumbrado com a paisagem, a famosa “imensidão do pampa”. Não havendo vento, o silêncio é “ensurdecedor”, como no dia em que passei ali.
Mas é uma pena. Não somos nem um país de ruínas. Somos um país que condena as ruínas a serem meras velharias, que tem de ser varridas para darem lugar ao Novo, cafona, supérfluo, descartável, mas Novo.
Aqui, o Coliseu já teria ido abaixo.

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