domingo, 14 de novembro de 2010

SEXO AOS SESSENTA

Quando eu era guri, o sexo para os homens, acima dos sessenta anos, resumia-se, em sua grande maioria, ao sexo oral. Oral de Discurso. Ou seja, contavam no Clube Comercial as aventuras e façanhas que haviam realizado. Alguns mais ousados davam um tom de que a coisa pertencia a contemporaneidade. Mas acabavam, em geral, pelas costas, ridicularizados. Se os tratava como pobres fanfarrões.
Não deixava de haver uma boa dose de verdade nisto. Aqueles sessentões, em sua imensa
maioria, haviam fumado um monte, bebido todas, se alimentado mal e eram, em sua imensa maioria, sedentários de escol. Suas barrigas eram um atestado para estas palavras minhas.
Hoje as coisas mudaram. As mulheres se liberaram, o fumo deixou de ser obrigatório e, embora ainda se beba muito, a idéia do alcoolismo é levado em conta como doença; fazer exercícios virou rotina para muitos, pesadelo para outros tantos, como eu, mas ninguém contesta a utilidade e necessidade.
Resultado, os sessentões estão transando como nunca antes na História da Humanidade (nada como um plagiozinho adaptado). Para completar o quadro e para alegria destes indivíduos, entre os quais, a contragosto, me incluo, existem os eretógenos. Viagra, Cialis, Levitra, Helleva, os quais fazem a alegria da garotada, garantindo que “ele”, pelo menos, tenha um desempenho jovem, jóia, maneiro. Nem que seja com ele deitadinho de costas, a mulher vindo por cima, e ela encarregada da movimentação física. Ele fica encarregado dos gemidos, palavras de incentivo, elogios. Pode não ser o ideal, mas, pelo menos, funciona.
Aí vem um problema. O preço dos remédios neste paraíso tropical que chamamos Brasil.
Um comprimido de Viagra custa em torno de R$11,00.
Um comprimido de Cialis custa em torno de R$31,00.
Um comprimido de Levitra em torno de R$30,00.
Um comprimido de Helleva R$12,00.
Mientras tanto, em el país de los hermanos, my querida segunda pátria, el Uruguay,
Um comprimido de Plenovit, ou Vimax, que equivalem ao Viagra, com teste clínico, pelo menos de conhecidos e pacientes meus, custa aproximadamente R$1,50.
Um comprimido de Talis, que é o equivalente de Cialis custa em torno de R$5,00.
Estou falando de comprimidos que vem do Uruguay, ou da Argentina, que são países confiáveis, ou tão confiáveis como o nosso, em termos de qualidade da medicação.
Porque temos de ter uma legislação fiscal e de propriedade industrial tão desfavorável ao usuário?
E não fiquemos só nestas medicações. As estatinas, custam por aqui pelo menos 3 a 5 vezes mais do que lá. POR QUÊ? E, principalmente, por que nunca ninguém tomou uma providência efetiva para mudar este quadro?
Os sessentões eróticos, satíricos, bon vivants, luxurientos, penhoradamente agradecerão.
Total, poder dizer, ainda que nos chamem de machistas y otras cositas más – “Tchê lôco, di três onte!” – NÃO TEM PREÇO!

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, meu nome é Carina Martins, sou jornalista do portal iG e gostaria de entrar em contato para uma matéria. Como posso fazer? Meu email é cmartins@ig.com

Obrigada

Anônimo disse...

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