quinta-feira, 1 de abril de 2010

NÓS E OS NARDONI

Mesmo quem não se grudou nos noticiários sabia que havia um julgamento em curso e que se tratava do caso de um pai e uma madrasta que supostamente haviam matado uma menina, filha do primeiro, enteada da segunda.
As provas contra o casal eram contundentes. A condenação era esperada e era quase uma convicção nacional.
Quando foi lida a sentença, as pessoas em frente ao Fórum torciam como se torce por um time de futebol. Quando a condenação foi confirmada houve uma comemoração como se um gol fosse cometido.
Por que isto?
Ouso pensar que ao lado de várias probabilidades se alinha esta.
Se comemorava como nós, não Nardonis, somos sadios. Nós que tantas vezes tivemos vontade de dar um peteleco, uma palmada, um pontapé na bunda, um croque na cabeça, talvez até uma esganada numa criança arteira, ou gritona, ou chorona, ou... , conseguimos nos conter e não nos transformarmos em um Casal Nardoni.
Nós não fazemos aquilo!
Estarei tão errado em pensar assim?

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