segunda-feira, 9 de março de 2009

Eu (quase) sexagerário e o General do Exército Morto - Parte II

Um dos seus livros se chama “O General do Exército Morto”. Nele, um general alemão, do pós-guerra (Tem hífen? Não tem hífen? Ó dúvidas cruéis!) recebe a incumbência de ir até a Albânia para buscar os corpos dos soldados alemães que ali tombaram durante a Segunda Guerra Mundial. O livro conta a sua Odisséia no cumprimento da tarefa, ao mesmo tempo em que esboça um pouco de tudo que se passou ao longo do conflito. Vai encontrando os corpos e prepara-os para serem repatriados. Mas aqueles cadáveres têm pouco significado para ele. Em pouco tempo está louco de vontade de terminar a sua missão. Mas sempre ocorre algo que o leva a prosseguir um pouco mais.
Em breve estarei fazendo sessenta anos. É inevitável que eu pense um pouco a respeito deste fato. Não se trata nem da constatação que eu cheguei lá, ou de que estou ficando velho. Poupem-me de tais bisonhices.
Também não vou querer passar a idéia de que tal efeméride passa em brancas nuvens pela minha mente. Sou de uma época em que aos sessenta se virava um sexagenário. Ou seja, alguém a beira da decrepitude.

“O sexagenário ao descer do bonde tropeçou e teve de ser levado pela Assistência Pública ao mais próximo nosocômio para ser atendido pelo facultativo de plantão!”
SEGUE

Um comentário:

Anônimo disse...

Hedonista: não viramos nada da noite pro dia... tampouco ao soprar as temidas 60 velinhas!
Tudo depende de como encaramos a vida ao longo do tempo... de como a experiência lapidou nossas expectativas. No mínimo, serás um sessentão assanhado... se ainda tiveres gás... inteligente e divertido, por que não???
Não sei o dia exato em que o ciclo se completa (pois aqui não foi declinado...) em todo caso, FELIZ ANIVERSÁRIO adiantado!
E como se fala por aí:
Hasta los 120!!!
(Que nada mais é do que 2 vezes 60... já pensou?)
Anônima (gênero feminino!)